As colunas de tua casa
um plano para a felicidade da família
pelo
Vigário José Sommer, 1938
1.ª Coluna: a Fé
2.ª Coluna: Confiança em Deus
3.ª Coluna: Oração em família
4.ª Coluna: A Cruz na parede
1.ª Coluna: a Fé
2.ª Coluna: Confiança em Deus
3.ª Coluna: Oração em família
4.ª Coluna: A Cruz na parede
___________
Uma peça de admirável suntuosidade,
uma coluna de próprio, atravessada por veias de ouro, mostra-nos a santa fé. Daí
se reflete por toda a casa luz e beleza. É a Santa Missa.
Não é apenas um crucifixo sem vida; não!
— é o próprio Salvador que Se torna presente, sacrificando-Se por nós na cruz, Ele
consuma de novo o sangrento sacrifício da cruz. É o mais importante
acontecimento do mundo, o sacrifício do Gólgota, que se renova na Igreja! O
altar torna-se um monte Calvário.
Lá se encontra o mesmo Salvador, o
mesmo amor, a mesma imolação que outrora na primeira sangrenta Sexta-feira da
Paixão! — E quão de perto se tocam a idéia do sacrifício divino do Gólgota e a
da vida de sacrifício no matrimônio! A vida matrimonial significa vida de
sacrifício. O matrimônio, conscienciosamente compreendido, é até um grande e
contínuo sacrifício, que por vezes se eleva até o heroísmo. Em renuncia e
paciência no sofrimento pode às vezes exigir algo de sobre-humano, onde iriam os
cônjuges buscar força para isso, de onde lhes provêm maior consolo e mais
fortaleza que ao pé da cruz, do altar, onde dia por dia se consuma o mais
doloroso sacrifício?
A esposa e mãe sente particularmente
no Santo Sacrifício da cruz e do altar ressoar cordas afins! Ela também precisa
de maior força. Toda a sua vida, toda a sua condição é propriamente apenas de
dedicação, de abnegação, de sacrifício, é viver e consumir-se pelos outros. —
Se não se aproxima do altar, em companhia da Mãe Dolorosa e sob a Cruz do Filho
de Deus, então não sei de onde lhe virá a alegria no espírito de sacrifício e a
corajosa força de vontade para a sua vida de renúncia.
Grandiosa e bela como o sol brilha a
santa Missa, iluminando a família. Mas ainda não é essa toda sua bênção. Nela
sussurra também misteriosamente sobre nossos altares uma fonte de felicidade.
No lago de Achen encontrei, há
muitos anos, uma nobre senhora protestante de Würzburg, que um domingo me
acompanhou à santa Missa.
Desde a moléstia do marido
frequentava a Igreja Católica. Então, dizia ela, sentia a necessidade de orar
pelo esposo mortalmente enfermo.
Como suas Igrejas estavam todas
fechadas durante o dia, tinha ido ao templo católicos. Lá se rezava tão bem e
muitas bênçãos e por fim a conversão à Igreja Católica devia à frequentação da
Santa Missa. — Nada lamentava mais do que ter Lutero fechado para tantas almas
esta fonte de bênçãos. — Tinha razão. Imaginamos que viesse hoje alguém e alta
noite derramasse ouro num lugar dificilmente accessível. Todos poderiam ir buscá-lo,
quando quisessem. Quem deixaria de ir? Ninguém: Na Santa Missa, dia por dia,
não somente aos domingos, se derrama coisa de maior valor ainda. Na consagração
corre de novo sobre nossos altares o precioso Sangue do Salvador, como outrora
na cruz.
De novo se Lhe abre o amoroso Coração
para derramar juntamente com torrentes de Seu Sangue sagrado, também as bênçãos
de Suas graças sobre a terra sequiosa. Cada gotinha desse Sangue preciosíssimo
vale mais que um mundo inteiro, cheio de ouro e pedras preciosas. Comodamente
podes hauri-lo. Não é uma hora impossível, quase a todas as horas da manhã
mana a fonte, abre-se misteriosamente a torrente de graças para cada um que
vem. É preciso muitas vezes apenas um pouquinho mais de compreensão para o
tesouro supremo de nossa Igreja, e alguma boa vontade.
E se vós mesmos não podeis, mandai
então ao menos vossos filhos. Assim era no tempo antigo, quando ainda se
pensava catolicamente e se apreciavam as graças da Igreja: alguém da família
devia também nos dias de trabalho ir à santa Missa. Era o portador de bênçãos
para todos os outros membros da família. — Procedes acaso prudentemente, deixando
de ir? Convenceste que perdes assim ocasião de buscar a felicidade, tua e de teus
filhos.