terça-feira, 28 de junho de 2016

UM POUCO DE DIVERSÃO


14 - A ARTE DE SE FAZER OBEDECER (Parte II)

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


III - EXERCÍCIO DA EDUCAÇÃO 

14 - A ARTE DE SE FAZER OBEDECER (Parte II)

• De três a sete anos, a formação dos automatismos continua sob outra forma: não se trata mais de “domesticar” a criança (os educadores não são domadores de feras), mas de despertar-lhe o senso da obediência e fazer com que nela se exerça essa faculdade. Seu primeiro esforço deve fixar esse ponto: obedecer. Que a criança saiba que existem na vida necessidades iniludíveis, porque é “assim mesmo”. O poder de sugestão de um “é assim mesmo”, dito com calma, persuasão e firmeza, é imenso; o garotinho deve sentir que há nisso uma espécie de fatalismo maravilhoso, que tudo simplificará se aceito. Se nos zangamos para dizer a frasezinha tão importante, se nos enervamos, tudo estará perdido e o resultado será o oposto do que esperamos. 
• Se a criança resiste às vossas ordens, dadas com bondade e doçura; se faz ouvidos de mercador quando, reunindo toda a vossa energia, falais com firmeza e decisão, adotai, então, os meios que julgardes de maior influência sobre o espírito
• À medida que a criança crescer, é melhor agir sob a forma de sugestões do que sob a forma de ordens imperativas: “Acho que farias melhor assim... Não achas que deves fazer isto no teu próprio interesse?... Acho que no teu lugar agiria desse modo...”
• A imaginação pode facilitar o cumprimento de certos deveres fastidiosos; ela distrai as teimosias e é preservativo contra choques brutais; um garotinho se recusa desesperadamente a largar um tinteiro de que se apoderou; ordens e rogos exasperam sua oposição; catástrofe iminente; mas, alguém baixa o tom de voz, põe um dedo nos lábios e murmura: “Psiu, nada de barulho. Isso faz “dodói” no tinteiro... ” Com mil precauções, a criança fascinada põe de novo o objeto em seu lugar; o drama está conjurado. (Outro exemplo: a mamãe, cujo filho chora, finge que dá volta à chave na altura da testa: “Cric, crac! Vamos fechar a torneirinha das lágrimas!”)

terça-feira, 21 de junho de 2016

III - EXERCÍCIO DA EDUCAÇÃO/ 14 - A ARTE DE SE FAZER OBEDECER

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


III - EXERCÍCIO DA EDUCAÇÃO 

14 - A ARTE DE SE FAZER OBEDECER

Colaboradores de Deus, tendes sobre vossos filhos uma autoridade que não se origina da Lei, nem do Estado, nem da Tradição, mas no próprio Deus. Essa autoridade assumirá uma expressão diferente à medida que a criança crescer; podeis mesmo delegá-la, mas não podeis renunciar totalmente a ela enquanto a criança não atingir a idade adulta.
• É preciso sustentar com energia que fazer a educação de um filho é necessariamente exercer sobre ele uma autoridade e exigir-lhe que obedeça. E a criança a quem se deixasse “fazer tudo”, sob pretexto de respeitar sua liberdade, correria o risco do tornar-se um ser malfazejo contra o qual, depois, dever-se-ia empregar a força bruta como defesa. Este seria o preço a pagar. E não temos de nos inquietar aqui em saber se convém dizer que a natureza é boa ou se convém dizer que é má. Verificamos apenas, como um fato, que as crianças não são espontaneamente — e não se tornam sem que as ajudemos — o que devem ser. Em consequência disso, dizemos ser necessário intervir em suas vidas.[1]
• Se Deus vos deu autoridade sobre os filhos, foi para exercê-la visando ao seu maior bem e na medida desse maior bem.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

13. SER E PARECER UNIDOS

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13. SER E PARECER UNIDOS

Um dos problemas mais graves da educação é o do bom entendimento entre os educadores. A criança começa por desconcertar-se quando se choca com a desinteligência entre os que têm por missão guiá-la. Depois, tendo percebido a falha em que seu capricho possa infiltrar-se, disso se aproveita ao máximo com enormes riscos para a sua formação.
• Se é verdade que os educadores em geral (família, escola, clero) deveriam, no interesse da criança, assinalar positivamente um mútuo acordo, o princípio é mais valioso ainda para o entendimento sem fissura que deve existir entre papais e mamães, pois aqui se acrescenta um elemento afetivo de alta voltagem, e todo sinal de dissensão entre os pais reage dolorosamente no coração do filho, mesmo que aí encontre uma vantagem imediata.
• Eis algumas regras vitais que os jovens esposos jamais deveriam infringir:

terça-feira, 14 de junho de 2016

Amantes de livros!


12. TER MEDIDA E PONDERAÇÃO

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12. TER MEDIDA E PONDERAÇÃO

Evitai na criança a tensão nervosa, a estafa física e moral. Para assimilar tudo o que se lhe diz ou ensina, a criança tem necessidade de períodos de tranquilidade. É preciso que possa viver um pouco à vontade.
• Vigiai vossos filhos, mas não estejais sempre a espioná-los.
• Estar todo tempo “atrás” de uma criança só serve para fatigá-la sem resultado e impedi-la de ser ela própria.
• Seriai os esforços pedidos à criança. Seu ponto de saturação é depressa alcançado. Não o ultrapasseis. É preciso deixá-la respirar. Montaigne diz que a atenção da criança é de pequena capacidade: é preciso não enchê-la com muita coisa ao mesmo tempo.
• Cumpre evitar todo exagero com as crianças, porque elas tomam ao pé da letra o que lhes dizemos. Um excesso de elogios pode ser tão funesto quanto um excesso de censuras. 

A família livre

Fonte: Blog do [cultor]

"Conheci muitos casamentos felizes, mas nenhum compatível. 
A única finalidade do casamento é combater permanentemente 
e ultrapassar o instante em que a incompatibilidade é evidente, 
pois homem e mulher, como tais, são incompatíveis."


G.K. Chesterton, “Disparates do mundo”, p. 42-46.

Consideraremos as tendências políticas e cósmicas apenas naquilo em que ferem esse teto único e ancestral. Pouquíssimas palavras bastarão para tudo o que quero dizer sobre a família em si. Abandonarei as especulações sobre a sua origem animal e os pormenores da sua reconstrução social; o meu único fito é tratar da sua palpável onipresença. Ela é uma necessidade da humanidade; é (se assim o quiserem) uma armadilha, uma prisão, para a humanidade. (...)
Pode dizer-se que esta instituição do lar é a única instituição anárquica que existe. O mesmo é dizer que é mais antiga do que a lei e se firma fora do Estado. Pela sua natureza, rejuvenesce ou corrompe-se pelo jogo das indefiníveis forças do costume ou do parentesco. Não se entenda que o Estado não tem autoridade sobre as famílias ou que a autoridade do Estado não possa e deva ser invocada em muitos casos anormais; mas, na maioria dos casos de alegrias e desgostos de família, o Estado não tem nunca que intervir. Não é certo dizer-se que a lei não deve interferir; o certo é não poder fazê-lo. Tal como há domínios demasiado distantes dos caminhos da lei, outros há demasiado próximos: assim, é mais fácil a um homem ver o Polo Norte do que a sua própria coluna vertebral. Tanto escapam à vigilância os problemas minúsculos e próximos como os grandes e remotos problemas, e as reais dores e alegrias familiares constituem um flagrante exemplo disto mesmo. Se uma criança pede a lua, o polícia não pode satisfazê-la, mas também não a pode fazer calar.

quinta-feira, 9 de junho de 2016

Matrimônio: Maria e José



Quero falar-vos de um matrimônio que formou uma família: o de Maria e José.

Para se explicar a singularidade destas núpcias, importa ter presente uma verdade: pode haver casamento sem haver união física.

Isto pode verificar-se por três razões: porque os sentidos, já saciados, se tornaram insensíveis; porque os esposos, depois de se terem unido, fazem voto a Deus de renunciarem ao prazer para se dedicarem aos mais sublimes êxtases do espírito; e, finalmente, porque os esposos, não obstante o casamento, fazem voto de virgindade, renunciando aos direitos recíprocos. E a virgindade torna-se o fulcro desta união.

Uma coisa é renunciar aos prazeres da vida conjugal pela saciedade experimentada; outra é renunciar a eles antes de se terem experimentado, para formar apenas uma união de corações, como nas núpcias de Maria e José.

Eles se uniram como duas estrelas que nunca se conjugam, enquanto as suas luzes se cruzam na atmosfera.

Educação


quarta-feira, 8 de junho de 2016

RELATO AMIGO

Nota do blogue: Quando encontrei -- por graça divina -- esse livro num sebo, sabia que ele daria frutos... agradeço imensamente a dona da página A Mulher Forte (quase 51 mil curtidas) por ter multiplicado o que recebeu dessa leitura. Deus a recompense. Irei criar um marcador no blogue divulgando o seu trabalho, pois sou fã da página.

Forte abraço, querida!
Unidas no Coração do Crucificado.

Letícia de Paula

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"Nós mulheres temos uma grande missão como esposas e mães. Mas, infelizmente, poucas tem a noção da grandeza de seu estado. Pensava em fazer algo para suprir essa carência, sem sucesso, sem nenhuma idéia...

Um dia, por acaso, encontrei o blog A grande guerra, onde pude aumentar a minha fé através das várias leituras lá disponíveis. Mas minha maior surpresa foi um livro intitulado: "A mulher forte". Li, reli, e me deliciava a cada página deste livro e os conselhos destinados as casadas. Foi aí que pude confirmar que a santidade não era coisa só para religiosos, que todos eram chamados, desde que cumprissem e BEM os deveres de seu estado. Sem muita pretensão criei a página "A mulher forte", onde compartilhava os trechos do livro. Hoje, um ano depois, a página cresceu e tenho a graça de dividi-la com uma amiga-anjo que me muito me ajuda e ensina, isso para nos mostrar que todos buscam o caminho da perfeição, todos o anseiam e aspiram, o que falta mesmo é direção, principalmente para as mulheres. Depois deste livro fui pesquisar e traduzir vários livros destinados às mulheres cristãs para poder compartilhar com minhas seguidoras, mas essa sementinha foi plantada pelo blog: "A grande guerra".

Agradeço imensamente à Letícia e à Grande guerra por abrir os meus olhos para a vocação de meu estado, e ter colaborado com a criação de nossa página. Deus lhe pague, querida Letícia!"

sábado, 4 de junho de 2016

Contra a maré do mundo

"Não se deixe envolver pela Grande Mentira — a dos falsos valores, a da propaganda, a das modas, a do que "hoje em dia" todo mundo pensa e faz — é um imenso desafio para os cristãos, que devem estar bem conscientes de que precisam de muita firmeza na fé e de muita fortaleza de caráter para serem autênticos, para serem eles mesmos, para serem "diferentes", e não se deixarem envolver pelas aliciantes falsificações do mundo."

Francisco Faus em A Língua.


sexta-feira, 3 de junho de 2016

Amantes de livros!


Restauração

Nota do blogue: Com esse post encerramos a divulgação desse ótimo curso do Padre Paulo Ricardo. Nele é oferecido algumas orientações de como lutar contra esse vício. Recomendo vivamente.

Letícia de Paula
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AMIZADES

Fonte: Blog do [cultor]

Jacques Leclercq, “Meditações sobre a vida cristã”
  

"A minha vida está na minha alma e a amizade é encontro de almas. 
Nada engrandece tanto a minha alma como encontrar outra."


É apenas um homem. Tem um corpo opaco, como todos os homens, gracioso ou disforme, pouco importa. Trocamos algumas frases; de súbito vejo a sua alma e ela mergulha na minha. Abre-se-me. Ultrapassa-se o corpo e o fraseado abstrato sobre assuntos impessoais: a sua alma está ali, fraternal, e abre-se à minha porque os seus horizontes são os meus. Somos como irmãos contemplando juntos uma paisagem.

É totalmente diferente da camaradagem.
A camaradagem ou companheirismo é contato material. O homem tem necessidade dos seus semelhantes e não suporta estar só. O camarada mobila a vida. Caminhar a dois, torna o passo mais ágil e o companheiro de acaso basta para isto. Cantar em conjunto dilata o peito e gera a alegria de viver. A solidão pesa.
Mas a amizade é outra coisa.
A amizade forma-se nas regiões profundas de onde parte a claridade da minha alma e é dali que ela brota. Provém de se reconhecer no amigo a própria luz interior. Sentimo-nos compreendidos: o amigo vibra com as coisas que nos fazem vibrar, entusiasma-se por aquilo que nos entusiasma; partilha das nossas admirações, das nossas simpatias e das nossas antipatias.
Se tenho uma convicção da qual ninguém partilha, à minha volta, e subitamente encontro alguém que pensa exatamente como eu e reage da mesma forma, em situação idêntica, logo alguma coisa se abre em mim como uma flor e eu me converto em outro homem.