JHS
(Durval de Moraes)
Cruz de carne a sangrar sobre o Calvário.
Fim de vida no céu de um fim de dia...
Silêncio, solidão, treva, agonia,
Vindo os olhos fechar ao Solitário!
Hóstia de expiação da grei sombria?!
Oh! Que loucura, Excelso Visionário!
É quanto restará do teu fadário,
Fria carne a morrer na noite fria?
Dá-me que eu beba, Pecador sem crime,
Nas cinco fontes dessas cinco chagas,
O sangue que alimenta e que redime...
E dando leve pela vida escura,
Entre as bênçãos dos homens e entre as pragas,
Tua Cruz, teu Amor, tua Loucura.