Monsenhor Francisco Pascucci, 1935, Doutrina Cristã,
tradução por Padre Armando Guerrazzi, 2.ª Edição, biblioteca Anchieta.
III.
— ATOS DO CULTO
São
atos principais do culto público: — a santa Missa — o Ofício divino — a
administração dos sacramentos — as bênçãos — as procissões religiosas — as
exéquias.
1.º
A SANTA MISSA
Noções
fundamentais
19. - Ato central do culto católico
é o sacrifício da Missa, no qual Jesus, Pontífice eterno de nossa fé, por
meio dos seus sacerdotes, se oferece, embora de modo incruento, ao eterno Pai
pela salvação do mundo, assim como Ele Se ofereceu no Calvário no dia da
Parasceve ou sexta-feira santa.
Ponto culminante na vida da Igreja,
a sacra liturgia o revestiu das mais esplêndidas formas, de modo que a santa
Missa, especialmente quando celebrada em rito solene, com assistência de
ministros sagrados, que circundam o celebrante, as sacras melodias e as
cerimônias prescritas, — constitui uma espécie de drama sacro de encantadora
beleza e sugestão.
Considerada sob esse aspecto geral,
a santa Missa compõe-se de fórmulas de orações e cerimônias.
As
fórmulas de oração são de duas espécies: umas, invariáveis, isto é, iguais
em todas as missas; constituem o que se chama o Ordinário da Missa. Outras, variáveis, — segundo os diversos tempos
ou as diversas festas; as próprias de uma festa ou comuns a mais de uma. Temos
assim no Missal o Próprio do Tempo, o
Próprio dos Santos e o Comum dos Santos.
As
cerimônias (inclinações, genuflexões, atitudes das mãos, dos olhos, etc.)
têm um significado moral e místico. São determinadas pelas rubricas, assim
chamadas porque escritas em vermelho no Missal.
Antigamente, a Missa dividia-se em Missa dos catecúmenos e Missa dos fiéis. A primeira chegava ao
ofertório, à qual podiam também assistir os catecúmenos
(que se preparavam para receber o batismo) e algumas classes de penitentes, ao
depois, despedidos pelo Diácono. O restante era chamado Missa dos fiéis, porque participavam dela só os batizados.
Partes
principais
20. - Podemos dividir a missa em
seis partes principais: a) a preparação ao sacrifício; b) a instrução; c) a
oferta; d) o cânon; e) a comunhão; f) a ação de graças.
Preparação
21. - O sacerdote, aos pés do altar,
com o Salmo Judica Me e o Confiteor, reconhece a própria indignidade
e fraqueza, mas, confiando na misericórdia ao Senhor e na intercessão dos
santos, cujas relíquias estão encerradas na mesa, sobe ao altar, implorando de
Deus o perdão.
Passa para o lado esquerdo do altar e lê o Introito (dois versículos e Gloria Patri), que nas missas solenes se canta durante a confissão do
sacerdote. Antigamente, era um salmo mais ou menos longo, que se cantava
enquanto o celebrante ia profissionalmente da Sacristia ao altar. Daí, Introito, ou entrada. Depois do
introito, o sacerdote no meio do Altar recita uma tríplice invocação às três
pessoas da S. S. Trindade, em língua grega (Kyrie
eleison, Christe eleison, Kyrie eleison) e, a seguir, Gloria in excelsis, cântico de alegria
e louvor, que se omite em tempo de luto e penitência. Saudados os fiéis com o Dominus vobiscum e convidados a rezar (Oremus), recita as orações ou coletas,
assim designadas, porque resumem os pedidos que o sacerdote apresenta a Deus
em nome dos fiéis reunidos.
Instrução
22. - Esta parte compreende:
a)
a
Epístola, extraída do Antigo ou Novo
Testamento. Antigamente eram essas lições mais longas e numerosas, como há
disto memória nas missas do sábado das Quatro Têmporas;
b)
o
Gradual com Alleluia, ou o Tractus,
constam de alguns versículos outrora cantados nos degraus do púlpito. São por vezes seguidos da Sequencia, espécie de hino rimado, como
ocorre nos dias de Páscoa, de Pentecostes, do Corpo de Deus, etc.;
c)
o
Evangelho, que nos dias festivos os
párocos explicam e comentam aos fiéis com a Homilia;
d)
o
Credo ou Símbolo Niceno-Constantinopolitano,
que certas vezes se omite.
Oferta
ou oblação
23. - Saudado novamente o povo com o
Dominus Vobiscum, convidando-o a
rezar (Oremus), o sacerdote recita
uma antífona, que leva o nome de Ofertorio;
antigamente se cantava, enquanto os fiéis faziam a oferta do pão e do vinho
para o sacrifício e as ofertas aos pobres, às viúvas, ao clero e às diversas
obras da Igreja. O sacerdote, então, descobre o cálice e oferece ao Senhor
sucessivamente a hóstia na patena e o cálice, com o vinho, no qual derrama algumas
gotas de água, para recordar o sangue e água que saíram do costado de Nosso
Senhor e simbolizam a união da natureza divina com a natureza humana em Jesus
Cristo ou ainda a união do povo cristão, que Jesus Cristo associa a Seu próprio
sacrifício.
Lava, depois, as mãos, a fim de
lembrar a inocência necessária para se aproximar do altar, e convida os fiéis à
oração com o Orate fratres. O
sacerdote recita algumas orações ou secretas, porque, ditas em surdina, nelas
implora do Senhor acolha as ofertas dos fiéis e lhas troque pelas graças
divinas.
Cânon
24. - Com conclusão das secretas, o
sacerdote convida os fiéis a levantarem o coração a Deus (Sursum corda). Recita, então, o Prefacio
ou introdução ao Cânon, hino de ação de graças, onde enumera os títulos que o
Senhor tem ao nosso reconhecimento.
Termina este com o Sanctus ou Trisagio, hino triunfal em honra à Divindade. Isaias o ouvira
cantar pelos Serafins diante do trono do Altíssimo.
Segue-se o Cânon propriamente dito. Vai do Sanctus
ao Pater Noster e compreende as orações antes, no decurso e depois da
consagração. Diz-se Cânon ou regra,
porque encerra a ordem ritual da consagração eucarística. É um complexo de
orações devotas que o sacerdote recita com voz submissa, mãos estendidas, em
ato de orante. Primeiro, conjura o Pai das misericórdias a aceitar a oferta a
ser-lhe apresentada: depois, recordando-se da Igreja, de que é ministro e
representante, invoca as bênçãos de Deus sobre o Sumo Pontífice, sobre o Bispo
e sobre os fiéis vivos, cuja lembrança especial ou memento faz ali.
Para dar maior eficácia à sua
súplica, invoca o auxílio da Igreja triunfante, da B. Virgem Maria, dos
Apóstolos e dos mais celebres mártires de Roma. Traça várias vezes o sinal da
cruz sobre a hóstia e o vinho, invocando a onipotência de Deus para mudá-los
no corpo e no sangue de Jesus Cristo. E eis-nos já na parte essencial da Missa:
— a consagração.
O sacerdote, em nome de Jesus
Cristo, pronuncia sobre as oblatas a fórmula sacramental, isto é, as palavras
proferidas por Jesus Cristo na última ceia sobre o pão e o vinho, e realiza-se
desfarte a transubstanciação, ou a conversão
do pão no corpo e do vinho no sangue de Nosso Senhor. Apenas consagrados os
Divinos mistérios, o ministro sagrado se prostra adorando-os e os ergue ao
alto, à vista do povo, para que os adore genuflexo e profundamente inclinado.
Seguem-se várias orações, em que o
sacerdote, como rezara antes pelos vivos, reza agora pelos que o precederam e
dormem o sono da paz. Pede, ainda, por si e pelos assistentes para que sejam um
dia associados aos santos na glória, enunciando o nome dos mais celebres
mártires de um e de outro sexo.
Comunhão
25. - Parte integrante do sacrifício
eucarístico é a Comunhão. O
sacerdote, depois de breve exorto, recita o Pater
Noster e em voz baixa a prece Libera
nos para obter a libertação de todos os males passados, presentes e futuros e o
beneficio da paz divina. Segue-se a fracção da santa hóstia, que, ao passo
que simboliza a morte violenta do Cordeiro divino, era antigamente sugerida
pela necessidade de fragmentar-se o pão eucarístico em muitas partes pequeninas
para a comunhão do povo.
Uma pequena parte da hóstia é posta
no cálice, a fim de indicar a reunião da alma e do corpo, da carne e do sangue
na Ressurreição. Vêm, depois, o Agnus Dei
e algumas orações, em cuja primeira o sacerdote implora a paz; e nesse ponto,
nas missas solenes, troca-se o ósculo
da paz entre o sacerdote e os ministros sacros. Confessada a própria indignidade,
o sacerdote comunga do Corpo santíssimo e do precioso sangue de Jesus Cristo.
Depois disto, efetua-se a comunhão dos fiéis. Outrora se fazia sob as duas
espécies, mas, no século XIII, foi reduzida só à espécie do pão. Para que não
reste nenhuma gota do Sangue precioso e nenhum fragmento da santa Hóstia,
prescreve a rubrica duas abluções, uma de vinho somente e a outra de vinho e
água.
Ação
de graças
26. - O sacerdote, cobrindo o
cálice, lê um versículo chamado Communio,
que recorda o salmo cantado, tempos idos, durante a comunhão dos fiéis.
Saudado o povo com o Dominus vobiscum, recita algumas orações
de agradecimento, ditas Post-communio. Seguem-se nova saudação aos fiéis
e o Ite, Missa est, palavras que
significam: Ide, foi despachada.
Outras vezes diz-se: Benedicamus Domino
(bendigamos ao Senhor) — e nas missas dos Defuntos: — Requiescant in pace (repousem em paz). — O sacerdote, após uma
oração à S. S. Trindade, dá ao povo a bênção, que se omite nas missas de
finados. Recita, por último, o princípio do Evangelho de São João, ou qualquer
trecho do Evangelho, segundo as circunstâncias.
No fim, depois das missas rezadas,
se acrescentam algumas orações prescritas por Leão XIII e Pio X, orações que o
atual Pontífice Pio XI quer se apliquem a obter do Senhor a paz religiosa na Rússia.
2.º
— Ofício divino
27. - Ato do culto público é também
o Ofício divino, oração vocal que a Igreja prescreve ser diariamente recitada,
em horas estabelecidas, por pessoas designadas para isso, isto é, pelos que
receberam o Subdiaconato ou estejam investidos de um beneficio eclesiástico ou
hajam emitido a profissão em um Instituto religioso, com essa obrigação.
O Ofício divino, em substância,
remonta aos tempos apostólicos. Lemos, de feito, nos Atos dos Apóstolos, que o Espírito Santo descera enquanto oravam na
hora de tercia; que São Pedro subira à
parte superior da casa à hora de sexta;
que Pedro e João subiam ao templo à hora
nona, para a oração etc. Quanto à forma, no princípio, não havia regra:
recitavam-se os salmos e os hinos, e lia-se a S. Escritura. Mais tarde, essas
orações foram coordenadas paulatinamente com regras precisas, em livros, que
se chamaram breviários ou compêndios das fórmulas de orações a ser recitadas e
das rubricas a se observar em tal
recitação.
O divino Ofício divide-se em noturno
e diurno, e compreende sete horas. O noturno é constituído de Matinas e Laudes: o diurno, das horas ditas menores, isto é, Prima, Tercia, Sexta e Nôa, além das Vésperas e Completas.
O Ofício divino compõe-se do Saltério, isto é, da coleção de 150
salmos davídicos, distribuídos pelas várias horas dos sete dias da semana; de
lições extraídas da Sagrada Escritura, do Velho e Novo Testamento; de trechos
do Evangelho, com homilias de algum santo doutor; de resumos da vida dos santos;
de hinos, versículos, antífonas e preces (oremus), tudo harmonicamente
distribuído de modo a constituir, não só uma oração súplice ao Senhor, mas
ensino e alimento espiritual para os que, recitam.
3.º
— Administração dos Sacramentos
Ritos
e preces para cada Sacramento
28. - A Igreja na administração dos
sacramentos acompanha a parte essencial, estabelecida por Nosso Senhor Jesus
Cristo, e por isso invariável, de ritos especiais e orações, para melhor
fazer-lhes compreender a essência e a eficácia.
- BATISMO — Esse ato solene, inicial da vida cristã, é acompanhado de preces magníficas e ritos expressivos. A Igreja começa por dispôr a alma do candidato ao Batismo, expulsando-lhe o demônio, que imperava pelo pecado original. O sacerdote assopra ao rosto do candidato, para significar que o Espírito de Deus já o vai dispondo a acolher a graça da regeneração cristã. Nos lábios do aspirante coloca um grãozinho de sal, para exprimir a divina Sabedoria do Evangelho que doravante deverá informar-lhe a vida. Segue-se a renuncia formal ao demônio e às suas obras pecaminosas, que o candidato pronuncia antes de ser admitido a confessar solenemente o símbolo da fé. O sacerdote unge com óleo bento, dito por isso mesmo dos catecúmenos, o peito e as espáduas do batizando, para que a divina graça lhe torne fácil e suave o exercício das virtudes evangélicas. Confere-se, então, o batismo derramando água três vezes sobre a cabeça do eleito, em nome do Padre e do Filho e do Espírito Santo. O sagrado rito acaba pela unção do sacro Crisma à cabeça do novo cristão, pela imposição da veste cândida, símbolo da inocência que ele deve conservar até à morte, e pela entrega do círio acesso, símbolo da fé.
- CRISMA. — O Bispo, ministro ordinário desse Sacramento, tendo as mãos estendida sobre a testa do crismando, invoca o Espírito Santo, para que lhe desça à alma a enchente dos sete divinos dons; unge-lhe depois a fronte com o Sagrado Crisma e dá pequenina palmada à face do crismando, como para o exercitar às lutas que, soldado de Jesus Cristo, deverá suster contra os inimigos da alma; conclui, por fim, o sacro rito implorando o Divino Espírito para tornar a alma do crismando um templo sacro de Deus.
- EUCARISTIA. — Quando falamos da Santa Missa, vimos os ritos que acompanham a oferta do sacrifício da nova lei, pela qual Jesus perpetua Sua permanência entre nós.A Eucaristia conserva-se, efetivamente, nos templos sacros para estar sempre à disposição dos fiéis que lhe querem prestar adoração, especialmente na ocasião das exposições solenes ou procissões eucarísticas. De modo particular, a Santíssima Eucaristia conserva-se para a comodidade dos que se acham em perigo de morte. A comunhão, que estes recebem, tem o nome consolador de viático, porque Jesus com a sua visita vem sustentar as forças espirituais do moribundo na perigosa viagem do tempo à eternidade.
- PENITÊNCIA. — Esse sacramento se administra regularmente na igreja, no lugar estabelecido para se ouvirem confissões, chamado confessionário, ou tribunal de penitência, porque o sacerdote ali exerce o ofício de juiz. O sacerdote, em sinal do seu poder espiritual, se reveste da estola de cor roxa, símbolo da penitência. À formula de absolvição, em virtude da qual se realiza por instituição divina a remissão dos pecados, faz preceder e seguir outras devotas preces, estabelecidas pela Igreja.
- EXTREMA UNÇÃO. — Para conferir esse sacramento, ungem-se com o óleo dos enfermos, bento pelo Bispo na Quinta feita santa, os órgãos principais dos sentidos, seja porque representam, a bem dizer, a sede das várias doenças corporais, cuja salvação se quer impetrar de Deus pela eficácia do sacramento, seja porque os sentidos são comumente os veículos por meio dos quais a alma se aparta de Deus para buscar a sua satisfação nos prazeres corporais. Os efeitos desse sacramento, tanto para a alma quanto para o corpo, são admiravelmente expressos nas orações que acompanham e seguem as opções.
- ORDEM SACRA. — As ordens maiores (presbiterado, diaconato e subdiaconato), as menores (ostiarado, leitorado, exorcistado, acolitado), e a tonsura, cerimônia eclesiástica de adscrição ao Clero, são solenemente conferidas nos Sábados das Quatro Têmporas, no Sábado anterior à Dominga da Paixão e no Sábado Santo, durante a Missa celebrada pelo Bispo, na qual os novos sacerdotes são imediatamente admitidos a consagrar juntamente com o Bispo a Santa Eucaristia. A colação das ordens vem acompanhada de uma série de orações, exortações e cerimônias, dirigidas para lembrar aos fiéis, especialmente aos que recebem as ordens, a grande dignidade do sacerdócio; os deveres que impõe e a necessidade do auxílio divino para lhe corresponder.
- MATRIMÔNIO. — Ministros deste sacramento são os próprios cônjuges. O sacerdote assiste como testemunha principal, autorizada e exigida pela autoridade da Igreja. Ele benze o anel nupcial, símbolo da fé que os esposos juram manter um ao outro. O rito é acompanhado da celebração do sacrifício divino, durante o qual o ministro de Deus invoca sobre a nova esposa a enchente das divinas bênçãos de virtude, graças, fecunda prosperidade e dilatada vida.
4.º
— Bênçãos
Varias
espécies de bênçãos
29. - Sob esse título compreendemos:
1.º- A Bênção com o SSmo. Sacramento,
que soe dar-se em forma solene com o Ostensório ou em forma privada com a
Hóstia Santa encerrada na pyxide.
2.º- As fórmulas das outras bênçãos
se encontram no Missal, no Pontifical e no Ritual. São atos de culto ou
cerimônias eclesiásticas, pelos quais, mediante orações nesse sentido, se
invoca a graça de Deus e o auxílio divino sobre qualquer pessoa ou coisa.
Assim por ex. a bênção dos Abades, a
bênção das casas, a bênção das velas, das palmas, das cinzas, etc.
São sacramentais; por isso, o seu efeito depende principalmente da
vontade de Deus, mas, em parte, também das nossas disposições.
5.º
— Procissões
Procissões
ordinárias e extraordinárias
30. - As procissões são cortejos
religiosos em que eclesiásticos e leigos procedem ordenada e devotamente,
precedidos da cruz, recitando orações e cânticos sacros, para o quádruplo fim
de louvar, agradecer, aplacar ao Senhor e implorar-Lhe graças.
As procissões podem ser ordinárias e extraordinárias. Ordinárias,
as que se fazem cada ano em dias determinados e prescritos pelas Rubricas, como
na bênção das velas na festa da Purificação da Virgem Maria (2 de Fevereiro),
na bênção das palmas na Dominga de Ramos, nas Ladainhas maiores na festa de São
Marcos (25 de Abril), nas Ladainhas menores ou Rogações nos três dias
precedentes à festa da Ascensão e em honra do Santíssimo Sacramento na festa
do Corpus Domini.
Extraordinárias
são as ordenadas por uma causa transitória, como para implorar a chuva, fazer
cessar qualquer flagelo, honrar as relíquias de um santo, etc.
Exéquias
Cerimônias
fúnebres
31. - São atos de culto público,
também, as Exéquias ou Funerais, cerimônias com que a Igreja
circunda de todas as honras os restos mortais de seus filhos, mortos no ósculo
da paz. O clero os acompanha, da casa à igreja, com a recitação dos salmos:
sobre o cadáver, deposto no meio da igreja e circundado de círios, símbolo da
fé, celebra as exéquias, chamadas
também absolvição, aspergindo-o com
água benta; e finalmente o conduz ao cemitério com a oração augural suplicando
que os Anjos lhe conduzam a alma ao paraíso. Muitas vezes, antes das exéquias,
recita-se o ofício dos mortos ou celebra-se a missa de Requiem.