sexta-feira, 26 de julho de 2013

Conselhos sobre vocação (para meninos de 12 a 18 anos) - Parte 21

Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI.

CONSELHOS SOBRE A VOCAÇÃO

Padre J. Guibert
(Superior do Seminário do Instituto Católico de Paris)
edição de 1937


CONCLUSÃO

102. — Conheceis, jovem amigo, o que o Evangelho refere dos Magos do Oriente que vieram em Belém para adorar o Menino Jesus.

Uma estrela brilhou no céu. Ao redor deles talvez ninguém a reparasse. Reconheceram-na eles, porém, como o sinal do Deus e disseram uns aos outros: «É o sinal do grande rei: vamos oferecer-lhe nossos presentes.»— Com efeito, seguiram a estrela que os guiou até o presépio onde repousava o Menino Deus: «Ali, entraram em casa, prostraram-se aos pés de Jesus e Lhe ofereceram seus tesouros, ouro, incenso e mirra.»

Jesus, uma vez descoberto e adorado, «voltaram eles para sua terra seguindo caminhos novos,» e a tradição conta que perante seus concidadãos foram os primeiros apóstolos do Evangelho.

Toda vossa própria história se resume nestas poucas palavras.

Vistes no céu brilhar a estrela do grande Rei. Vossos amigos não perceberam a mesma luz, porque Deus não concedeu a todos semelhantes privilégios. Por uma graça especial, o astro divino feriu-vos as vistas, a voz divina ressoou até vosso coração e dissestes: «Seguirei a estrela e irei até os pés do grande Rei que me chama.» E desde então resolvestes fazer as primeiras tentativas para satisfazer o imperioso dever de vosso coração. Agora que encontrastes Aquele que a estrela designava, agora que estais aos pés do Cristo Jesus, agora que estais seguro de vossa vocação, abri todos vossos tesouros; dai tudo: o espírito, o coração, a vontade, o próprio corpo; Deus gosta de possuir todas vossas faculdades; quer tê-las todas para empregá-las na mais bela das causas. Durante o período da formação, sede totalmente «entregue á graça de Deus.»

E depois de conhecer e adorar o Rei Jesus, depois de Lhe dar tudo, depois de aprender os segredos e experimentar a poderosa ação d’Ele, ireis, por caminhos novos, pregá-lO entre o povo. Nestes labores do apostolado, longe das doçuras inefáveis do primeiro encontro com Jesus, trabalhareis sem cansaço, sem desânimo.

Enfim na extremidade do caminho que seguireis sem vos desviar para um lado nem para outro, encontrareis o Mestre, que estará a vossa espera e Lhe direis: «Senhor Jesus, agradeço-Vos por me terdes chamado e preferido a tantos outros que valiam muito mais do que eu. Por vossa graça percorri até o fim a áspera senda do dever; remeto-Vos meu espírito que guardou Vossa fé divina, meu coração que guardou Vosso puro amor, minha vontade que guardou Vossos mandamentos; comigo, apresento-Vos a colheita de almas que reuni ao longo da estrada e, por causa delas, suplico-Vos que me recebais em vossa misericórdia.» E Jesus responder-vos-á: «Bom e fiel servo, entrai na alegria de vosso Mestre.»