[8 de abril de 1898 - Elisabete da Trindade]
Fere, fere, Ó tão caro sofrimento,
Fere, fere, Ó querida dor.
Tu que não poupaste o Salvador,
Sê aqui na terra minha doce esperança.
Fere, não posso viver sem ti,
Fere, a fim de que Jesus encontre em mim
Uma crucificada à Sua imagem
Que beba com Ele a amarga bebida.
Fere, a fim de que tenha a grande felicidade
De me assemelhar a Nosso Senhor,
Ao doce Jesus, meu divino modelo,
Jesus! felicidade da alma fiel.
Fere, saboreio tuas delícias
Na prova e no sacrifício,
Visto que quero consolar o Coração
De Jesus, meu Bem-Amado Salvador.
Não foste divinizada,
Ó dor, pelo Deus crucificado,
Jesus chorando durante a agonia,
Jesus que por mim dá a vida?
Quero tanto dar a minha,
A este Deus pobre, a este Deus sofredor,
A Jesus humilhado, Jesus moribundo
Mas, oh que sua graça me sustente!...
Porque nada posso sem seu socorro,
Mas com Ele que me fortifica
Serei forte, forte sempre,
Para amar, sofrer toda a minha vida!...