A profissão da fé consiste em manifestar a própria crença em certas ocasiões, por palavras ou por obras.
Professaram a sua fé os três jovens da fornalha ardente na presença do rei; professaram-na os 7 irmãos Macabeus com sua mãe; professou-a S. Pedro dizendo: “Tu és o Cristo, Filho do Deus Vivo!”; O contrário é a negação da fé e a apostasia da fé. S. Pedro negou a fé no adro do Sumo Sacerdote. O rei Salomão apostatou da verdadeira fé; tornou-se idólatra, a bem de suas mulheres pagãs. A igreja nos incita à profissão da fé realizando procissões.
Por que devemos professar também exteriormente a nossa fé?
Devemos professar também exteriormente a nossa fé, porque a profissão de fé é necessária para a salvação e, por isto, ordenada por Jesus Cristo.
1) Diz S. Paulo: “Se crer, de coração, para a justiça; mas de boca faz-se a profissão para a salvação”. Já é razão bastante para professarmos exteriormente a nossa crença, o dever que temos de servir a Deus de corpo e alma. Além disto, a nossa natureza sente a necessidade de manifestar exteriormente os sentimentos interiores. Quem não professa a fé, perde-a, como se perde a facilidade de um idioma, não o praticando. 2) Cristo nos encarece a profissão de fé, dizendo: “Quem me professar perante os homens, a esse eu professarei perante meu Pai, que está no céu.” Diz mais: “Quem se envergonhar de mim e de minhas palavras, dele também o Filho do Homem terá vergonha quando vier na sua glória”.
Quando é que estamos obrigados a professar nossa fé?
Estamos obrigados a professar a nossa fé quando a gloria de Deus ou a salvação do próximo o exigirem.
Quem quisesse estar professando a fé a cada momento (p. ex. fazendo seguidamente o sinal da cruz), ridiculariza a si mesmo e a religião. Eis porque adverte N. Senhor: “Não deis aos cães o que é santo, nem atireis aos porcos as vossas perolas!”. Se inimigos da religião nos importunarem com perguntas acerca da nossa crença, despachemo-los com brevidade. Mas, se é a autoridade competente que inquire, devemos professar as cores. Assim fez Cristo ao Sumo Sacerdote.
De que modo recompensa Deus os que professam a fé?
Deus recompensa os que professam a fé, distinguindo-os neste mundo e depois da morte.
1) A S. Pedro que professara impávido a divindade de Cristo, Jesus fez imediatamente chefe dos apóstolos. Os três jovens da fornalha ardente, tendo professado com coragem a sua fé em Deus, foram por Ele protegidos do fogo e grandemente honrados pelo rei. 2) A quem tiver de sofrer pela fé, são aplicáveis as palavras de N. Senhor: “Bem aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus”. E mais: “O que perder a vida por minha causa, a encontrará”. Chama-se confessor aquele que é perseguido pela fé; mártir o que morre pela fé. Nas imagens apresentam-se os mártires com uma palma na mão; é a palma da vitória. Há cerca de 16 milhões de mártires. Nenhuma religião pode apresentar coisa semelhante.
Por que motivos acontece, Às vezes, que católicos reneguem a sua fé?
Acontece, Às vezes, que católicos reneguem a sua fé em virtude de respeito humano ou por dinheiro.
Certos homens são como lebres: amedrontam-se com espantalhos. Com receio de ataques, deixam de professar a sua fé – Até por dinheiro alguns abandonam a fé; assim p. ex. na esperança de um casamento rico. Às vezes só no leito de morte reconhecem o erro.
Qual é a forma mais freqüente dos cristãos católicos professarem a fé?
A forma mais freqüente dos cristãos católicos professarem a fé é o sinal da cruz.
O sinal da cruz é para os católicos mais ou menos o que vem a ser a farda para os servidores do Estado.