Esse texto veio muito providencialmente, pois, tenho acompanhado mais de perto a educação dada as crianças de 1 a 3 anos em creches, seja por professores, auxiliares e mães... acompanhado o método pedagógico e a proposta de ensino e... que vontade de chorar, de rasgar as minhas vestes. Por tudo o que já li sobre educação católica infantil, de bons padres e vendo como as crianças são dominadas pela vontade própria e pelo instinto nessa idade, o que será delas se não há educação e sim perversão? Não há moral. Não há princípios. Não há Deus. Nem o que é necessário não há que é a educação física (tratos). Lamentável. Deplorável. Revoltante... no que chegou a sociedade, que valor a mulher da para seu papel de mãe?! Nenhum... tratam seus filhos como mercadorias ou "animaizinhos"! Que tristeza...
Rogo muito a Nossa Senhora que suscite pessoas com o propósito de formarem e educarem RIGOROSAMENTE seus filhos na FÉ, que queiram ser pais que se sacrificam pela santificação dos filhos, pais que se anulem para que haja santos. EDUCAR NA FÉ! Não adianta colocar no balé, na ginástica, na aula de inglês e informática, se não houver a educação (física, intelectual, moral e espiritual) alicerçada na FÉ, essas almas se perderão, quisera que uma criança não soubesse ler e escrever, tivesse apenas um par de sapatos furados, mas soubesse o valor do sinal da Cruz. Quantos pais irresponsáveis!
Ajude-nos, Mãezinha do Céu! Ajude-nos...
Indigna escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia de Paula
Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.
A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos,
do célebre Padre J. Berthier, M.S
Edição de 1927
III
- Da educação; sua necessidade
Regenerada
pelas águas do batismo, a criança cresce pouco a pouco, e bem depressa começa,
pelo seu sorriso, a dar o primeiro indício de inteligência. Então nascem novos
deveres para a mãe; é mister que desde então se aplique com zelo à grande obra
da educação. Educar a criança é cultivar o seu espírito, e o seu coração: o espírito
enriquecendo-o com os conhecimentos necessários ou úteis: o coração, sufocando
nele o gérmen das paixões e dos vícios, que crescem conosco, e implantando nele
o amor do bem e da virtude.
Em
grande número dos nossos Livros canônicos a obrigação que Deus deu à mãe de bem
educar os seus filhos, é expressa com tanta clareza, como força; e acerca deste
assunto, os mais sagrados interesses das crianças, os dos pais e os da própria
sociedade, se unem à voz de Deus, para repetir a todas as mães, pela boca do
grande Apóstolo: — «Educai os vossos filhos segundo a lei, e no temor do
Senhor» (S. Paulo ad Eph. VI, 4.)
O
homem não abandonará na velhice o caminho que tiver seguido na adolescência; e
é isso o que faz a desgraça quase irreparável de quem tiver recebido dos pais
uma má educação ou simplesmente nula.
Infeliz!
privado muito novo de sua mãe, ou tendo uma mãe negligente, sem ter ninguém que
lance no seu espírito a semente da divina palavra não sendo instruído nos seus
deveres de cristão; sem ninguém para vigiar pela sua inocência; sem ter quem
lhe arranque do coração os primeiros germens das paixões nascentes, e cultivar
as flores das virtudes cristãs. Que pode ser uma criança nestas condições?
Crescem as más ervas na terra inculta da alma, e o mal desenvolve-se, sufocando
todos os germens de bem. Fortificando-se nele diariamente, as tendências
perversas, deixam acrescer raízes cada vez mais profundas. Como é possível
deter os destroços desta torrente devastadora, que têm origem numa educação
má, ou simplesmente desprezada? Onde arrastarão a sua vítima? Talvez à
condenação eterna, porque a árvore cai para onde pendia. É, pois, bem de recear
que o mau, avergado sob o peso do pecado para os abismos do inferno, aí vã precipitar-se.
Ao
perigo duma condenação eterna, vêem muitas vezes juntar-se todos os males que o
vício arrasta atrás de si, para formar o triste apanágio do homem sem educação.
Além disso, o remorso que segue de perto a culpa, envenena todos os prazeres, e
não deixa um instante de sossego. E como poderemos ser felizes, estando
privados da amizade de Deus, nossa única felicidade neste mundo? De mais a mais
as doenças e até mesmo a morte, a miséria e o desprezo dos homens são muitas
vezes o castigo temporal daquele a quem os cegos pais não souberam ensinar a
combater as paixões.
Quem
não tem visto saúdes arruinadas pela libertinagem, fortunas dissipadas e
aniquiladas pela vida licenciosa, um nome ilustre, ou pelo menos estimado,
desonrado por quem o não soube usar? São esses ordinariamente os frutos amargos
duma educação má ou desprezada.
Mas
quanto são doces, pelo contrário, os frutos duma educação verdadeiramente
cristã? Instruída de seus deveres, e generosa em saber cumpri-los, uma mãe
segundo a vontade de Deus, vigia com piedosa solicitude, sobre aquele a quem já
deu a vida, mas a quem quer dar uma segunda vida, pela educação. Ensina-o a
conhecer e a amar a Deus; e reprimindo todos os movimentos viciosos que partem
do coração, prepara para a virtude essa alma ainda tenra, que semelhante à
cera, é susceptível de tomar todas as formas que lhe imprimirem. Protegida
pelos cuidados maternos, cresce a criança em sabedoria, ao mesmo tempo que em
idade; fortifica-se nela o hábito das virtudes, e conserva durante toda a vida
a recordação dos conselhos e das lições de sua mãe. Até ao fim da vida observa
a lei de Deus; ou, se num momento de fraqueza, se deixa transviar do caminho
que lhe traçaram, e se abandona à vontade das paixões, virá um dia de sossego,
em que, recordando-se dos cuidados piedosos com que sua mãe rodeou a sua
infância, sentirá correr lágrimas de arrependimento, que lhe purificarão o
coração. Não morrerá, pois, sem a esperança da felicidade eterna, que deverá a
uma educação cristã.
E
esta paz, que excede todo o sentimento, partilha segura de todos quantos amam
a Deus, a estima dos homens, o bom sucesso nos seus negócios, e uma saúde
florescente, não são outras tantas vantagens que o justo recebe muitas vezes
ainda neste mundo, e que deve a uma boa educação?—Visto, pois, que amais os
vossos filhos, e que tendes obrigação de lhes procurardes a felicidade e a
saúde, educai-os santamente, ó mães cristãs. Esquecer ou desconhecer este
imperioso dever, seria, além de os perder eternamente, atrair sobre as vossas
cabeças as mais horríveis desgraças.
Como
corre triste a vida dum grande número de mães! Quantos suspiros partem do seu
peito! Que torrente de lágrimas lhes inunda os rostos! Pobres mães! E às vezes
são elas a causa da sua própria dor! Desprezaram talvez a educação de seus
filhos, e eles, mal educados, despedaçaram mais tarde o coração materno por
seus erros, pelo infortúnio em que os lança o seu comportamento vicioso, pelo
perigo em que vivem de perder a sua alma, algumas vezes pela sua insubmissão e
até pelos ultrajes que infligem àquela que lhes não ensinou a lei de Deus, nem
o temor da sua justiça. Mães infelizes, que tanto abundam hoje infelizmente, é
com razão que chorais esse filho que se perde, ou para melhor dizer, que
tendes perdido. Chorai, chorai, sem cessar! Pelas lágrimas do arrependimento,
abrandais a ira do Senhor, que essa culpada negligência atraiu sobre vossas
cabeças!
Mas
vós outras que todas vos dedicais a formar cedo o vosso filho para a virtude e
a gravar na sua alma o temor de Deus, só tendes que regozijar-vos durante a
vossa vida, e à hora da vossa morte não será ele um motivo de tristeza: o próprio
Espírito Santo é que vo-lo revela. O comportamento cristão do vosso filho, a
estima dos homens e a benção de Deus que essa mesma estima lhe atrairá, farão a
consolação da vossa vida. Que felicidade não é para uma mãe pensar que,
formando seu filho para os deveres de cristão, não só recolherá dele o amor e
o respeito, mas ainda prepara um eleito para o Céu e um cidadão útil para a sociedade!
Podemos
dizer, a este propósito, que atualmente, mais do que nunca, carece a mocidade
de ser sã e verdadeiramente educada. Compreendida, como deve ser a educação,
lima o caráter, aperfeiçoando-o e abrandando-o ao mesmo tempo, sujeita-o a uma
dependência e a obrigações legítimas, e ao mesmo tempo que lhe comunica a
energia para santas resistência, inspira-lhe os nobres sentimentos e as
dedicações generosas. Vendo nós a geração atual, sem cessar revoltada contra a
obediência e o dever, unicamente apaixonada pelos gozos e o bem estar que a
enervam, como não devemos assustar-nos pela sociedade assim abalada até aos
fundamentos, e que devemos esperar dela, se uma boa educação dada à mocidade
não vier assegurar as bases deste conjunto vacilante, e suster as ruínas que
dentro em pouco desabarão infalivelmente?
A
mãe, pois, que desprezasse o grande dever da educação, tornar-se-ia culpada ao
mesmo tempo para com Deus, para com seus filhos, para consigo própria, e para
com a sociedade. Ah! Senhor, não permitais que uma só, das que nos lerem, cometa
semelhante crime! Todas — assim o esperamos —, abraçarão com coragem, sem
receios nem desfalecimentos, a nobre e laboriosa missão que Deus lhes impôs.
Mas, é essencial este ponto, a boa vontade não é suficiente; porque o primeiro
cuidado duma boa mãe deve ser instruir-se de tudo quanto exige a missão que
lhe é confiada, «porque, diz Mgr. Dupanloup, a educação é uma grande arte, e
uma ciência profunda e difícil; mas é a ciência necessária ao estado dos pais e
das mães; é o dever imperioso da sua vocação; ignorá-la, seria para eles a
maior das desgraças, uma desgraça inteiramente irreparável e sem desculpa,
porque nada é desculpável, quando se ignora o que se podia e devia saber. Seria
preciso, diz mais adiante o mesmo prelado, ter refletido nos princípios a
seguir na educação dos filhos, logo desde os primeiros tempos. Todavia quantas
alianças têem sido contraídas, quantas crianças se têem transformado em
adultos, sem que os deveres da educação tenham tomado corpo no espírito do pai
e da mãe!» E depois de cedo se terem compenetrado dos seus deveres, cumpre pôr
mãos à obra o mais breve possível. — «A primeira idade da vida, segundo o
pensamento de Fénelon, é onde se formam as mais profundas impressões, e por
conseguinte a que tem maior influência no futuro duma criança.» — «Se nos
ocuparmos cedo, diz Bossuet, da educação duma criança, então os bons ensinos
podem muito.» Mas que sorte espera a criança abandonada a si própria, falseada
nos seus primeiros desenvolvimentos, e privada duma santa cultura moral?