segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

3. - Necessidade da esperança


Cônego Júlio Antônio dos Santos
O Crucifixo, meu livro de estudos - 1950


A esperança é para a salvação de absoluta necessidade.
Com efeito, não podemos alcançar a salvação sem cumprirmos a vontade de Deus. Ora Deus quer expressamente que confiemos na fidelidade de Suas promessas e esperemos firmemente a bem-aventurança eterna.
Há, pois, um preceito formal direto que impõe a todos o dever de esperar e fazer atos de esperança.
São Paulo, escrevendo a Timóteo, diz-lhe: "Ordena aos fiéis que não esperem nas riquezas incertas, mas sim no Deus vivo". (I Tim; VI, 17). Aos Hebreus diz de uma maneira ainda mais positiva: "Cumpre que aquele que se quer aproximar de Deus, creia que Ele existe e que é remunerador." (Heb. XI, 6).
Este dever da esperança, é de tal modo obrigatório, que a condição indispensável de salvação : "É pela esperança que nos salvamos diz o grande Apóstolo”. (Rom. VIII, 24).
Não só temos obrigação de conservar a esperança habitual que recebemos no batismo, senão também de fazer atos formais de esperança: 1.º quando chegamos ao uso de razão; 2.º quando somos gravemente tentados de desesperação; 3.º no artigo de morte; e, enfim, muitas vezes no decurso da vida.