Cônego Júlio Antônio dos Santos
O Crucifixo, meu livro de estudos - 1950
1
- A esperança deve ser firme
À
firme convicção de que Deus é infinitamente bom, misericordioso e fiel, e de
que Jesus Cristo nos mereceu todos os bens, chama-se confiança de Deus. Esta
virtude é a raiz da esperança. Quanto mais vigorosa for esta raiz, mais firme é
a nossa esperança.
2
- A esperança deve ser constante
Devemos
ter esperança em Deus, em todas as circunstâncias da nossa vida, mas, sobretudo,
nas tentações: Deus não deixa tentar acima das nossas forças; - nas aflições: Deus
mede a pena ou a expiação pelas forças de cada um; - nas privações: Deus não
abandona os Seus. "Remetei para o Senhor todas as vossas inquietações, diz São
Paulo, porque Ele tem cuidado de vós." (I Ped. V, 7).
3
- A esperança deve ser prudente
O
justo deve esperar. Deus proverá a todas as suas necessidades, contanto que
seja fiel a graça e se esforce por adquirir os bens que espera de Deus. "Buscai
primeiramente o reino de Deus e a Sua justiça, diz Jesus Cristo, e tudo o mais
vos será dado por acréscimo." "Nunca vi o justo abandonado, diz o profeta David,
nem a sua raça mendigando pão."
-
O pecador pode ter esperança em Deus quando se arrepende sinceramente dos seus pecados. "Deus, diz ainda o profeta David, não despreza um coração contrito e humilhado."
Ninguém
deve expor-se à tentação sob pretexto de que Deus o livrará nem pensar que se há
de salvar só porque Jesus Cristo morreu pela sua salvação.