Por um indigno escravo de Nosso Senhor
“Se é preciso gloriar-se, é de minhas fraquezas que me gloriarei!”
(II Coríntios 11,30)
É uma ilusão comum a muitos tomar como virtude o medo e a confusão que tomam conta da alma depois do pecado. Enganados pelo sentimento de dor que se mistura com a inquietação, estas pessoas não se apercebem que seus problemas nascem de um orgulho oculto e uma presunção tola. Elas confiam em suas próprias forças; e quando, pela experiência do erro, percebem que estas forças não lhes são suficientes, elas se perturbam e ficam surpresas com suas quedas, sendo para elas algo inesperado; e vendo derrubado o apoio frágil que lhes asseguravam, elas caem no desânimo e medo.
Não sucede assim ao humilde, o qual confiando só no seu Deus e nada presumindo de si, em qualquer falta que ele cometa, ainda que lhe pese e esteja arrependido amargamente, ele não se inquieta nem se espanta, pois a tocha da verdade ilumina-o para que enxergue que tudo o que lhe sucedeu é proveniente de sua miséria e sua fraqueza.