Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.
O BOM COMBATE
NA
ALMA GENEROSA
Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas
Pobreza
voluntária
Oh!
alma que Me ouves, não existindo pobreza no céu, desci à terra e dela fiz Meu
pão quotidiano, exaltando assim esta pobreza tão repelida pelos homens.
Abracei-a com amor, e desta pobreza fiz Minha morada, Meu pão quotidiano...
Oh!
Minha alma, resgatada com o Meu sangue, como praticas esta pobreza tão amada de
teu Jesus e praticada por teu Deus com tanta perfeição? Queres na realidade ser
perfeita? Desejas ser Minha fiel imitadora? Sinto que Me dizes: Sim, ó meu
Deus, desejo ser pobre à Vossa imitação.
E
sabes tu como Eu pratiquei esta pobreza, cuja base é a santa humildade?
Pratiquei-a
principalmente no Meu Coração, no Meu espírito, porque esta é que dá força
para praticar a pobreza exterior, isto é, dos bens caducos e das falazes
promessas que este mundo oferece.
Está
escrito, porque por Minha boca foi dito:
“Bem-aventurados
os pobres porque deles é o reino dos céus.” Oh! alma que Me ouves, o verdadeiro
pobre de espírito está sempre contente, porque nada deseja de bens temporais,
nem mesmo espirituais, pois, se conforma com o que lhe é dado. Reconhecendo sua
pobreza não se lastima, antes, na sua pobreza, reconhece que nada merece. A
este pobre de espírito acontece que goza de uma paz inalterável! E agora posso
te provar, que este pobre é bem-aventurado, porque estando em paz, Eu Me acho
no seu coração. O pobre é bem-aventurado, porque nada possuindo, possui a Mim.
E Eu só estou plenamente na alma do verdadeiro pobre de espírito. Provo o que
te estou dizendo. Onde Me encontras na Minha vida? Só na pobreza. No presépio,
no meio das palhas; na casa de Nazaré, a mais humilde e despida de todo o
conforto humano; no alto da cruz, despido de tudo deste mundo, morrendo em tão
dura cruz, tendo por descanso longos e pontiagudos espinhos! Onde mais Me
encontras como pobre? Em uma simples partícula de pão e em humilde tabernáculo,
que, por mais rico que seja, não deixa de ser uma obscura prisão! Não te
assusta, ó amada Minha, esta pobreza de teu Deus? Ah! esta pobreza exterior é
apenas uma leve imagem da pobreza interior, que Me fez assim abraçar a pobreza
exterior. Na Minha alma só se aninhava o desejo da humilhação, para te mostrar,
que a pobreza é um bem, sim, um salutar remédio, para desprender a alma, para
que livre possa voar até as regiões do infinito amor. Eu, despreocupado de tudo
o que me rodeava, somente sofria e expiava os vossos pecados.
Oh!
Minha alma, tu que desejas ser Minha fiel imitadora, sê na realidade pobre de
espírito, porque só aos verdadeiramente pobres de espírito é dado o dom da
contemplação e da união perfeita! Oh! enquanto a alma se achar amarrada pelas
vontades e paixões do coração, não poderá fazer um só coisa comigo.
Sim,
na verdade te declaro que ainda que as vossas vontades vos pareçam santas,
perturbam a nossa união. O verdadeiramente pobre já é Minha propriedade. Sim, a
pobreza foi sempre meu trono predileto neste mundo assim como o é também o
coração pobre.
Como
é bela esta pobreza voluntária, que dá, o céu à tua alma; sim, porque Eu sou o
céu e tu, sendo pobre na realidade, tudo deixando por Meu amor, ganhas tudo que
sou Eu. Ó bem-aventurada pobreza que faz guardar o próprio Deus! Agora, ó Minha
alma, Eu te pergunto, isto se chama pobreza? Ah! não, chama-se isto sabedoria,
desprezar a riqueza deste vale de lágrimas para ganhar a riqueza eterna! Sim,
Eu sou esta bela riqueza que enche os Santos de felicidade.
Oh!
pobreza cheia de sabedoria. Oh! como sois sábios os que a praticas à Minha
imitação!
Alma
que Me ouves, compreendeste bem a felicidade desta pobreza voluntária? Se não compreendeste
procura compreender, para seres uma copia perfeita de teu Jesus, que te fala somente
porque deseja tua felicidade.