Por Teodomiro Tadeu Viana Franco
Qual mãe que morre dando ao filho a vida,
Tu, meu Jesus, no topo do Calvário,
Dando-me o ser — qual mãe esmorecida —
Morres de dor, exangue e solitário.
E teu Sangue deixaste-me no erário
Da Igreja, e, quando caio, sucumbida,
Nele encontro, ó Divino Perdulário,
Novo ser, como a fênix renascida. . .
E achaste pouco... E morres cada dia
Por mim na Missa, e vens na Eucaristia
— Qual mãe — nutrir-me com teu doce leite...
Oh ! vem, Jesus, e vive em mim, de sorte
Que eu morra a tudo: e, quando vier a morte,
Sê no Céu minha vida e meu deleite.