Prática da pureza de intenção
Dizia Santa Maria Madalena de Pazzi, que Deus premeia as obras na proporção da pureza de intenção com que as praticamos. A prática desta virtude consiste:
1º - Em procurarmos em todos os exemplos e obras espirituais, que fizermos, agradar a Deus, e não a nós mesmos; porque a obra, feita por amor da própria satisfação, não pode obter de Deus nenhuma recompensa. Trabalham muitos, pregando, assistindo aos enfermos, a fazendo outras boas obras, e por que se buscam a si mesmos e não a Deus, perdem todo o merecimento.
Um sinal de querermos agradar a Deus nas obras, que fazemos, é não procurarmos nem louvores nem agradecimentos da parte dos outros: outro é não nos inquietarmos, quando a obra não tem o êxito que pretendíamos; e outro ainda é o alegrarmo-nos tanto pelo bem, praticado pelos outros, como se o fora por nós.
2º - Em diligenciarmos fazer todas as obras, ainda as mais indiferentes, como trabalhar, comer, dormir, passear e recrear-se honestamente, para dar honra a Deus, e satisfazer a Sua santíssima vontade: por isso que a retidão e pureza de intenção é a verdadeira alquimia celestial, por meio da qual o ferro se converte em ouro, isto é, o verdadeiro modo de tornar as ações mais ordinárias e comuns em atos de verdadeiro amor de Deus.
(Sagrada Família, por um padre redentorista, 1910)
PS: Grifos meus.
PS: Grifos meus.