1 de julho
Festa do Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo
Instituída em 1849 pelo Papa Pio IX em ação de graças pela vitória alcançada pelos exércitos franceses e pontifícios sobre a revolução, que expulsara de Roma o Pontífice, a festa do Preciosíssimo Sangue foi elevada a rito duples de 1ª classe por Pio XI, por ocasião de ocorrência do 1900º aniversário da morte do Salvador.
Deixando de parte as circunstâncias particulares que motivaram a instituição da festa, a liturgia dela recorda-nos sobretudo as graças de que somos devedores ao Preciosíssimo Sangue do Redentor. Para além da tragédia do Calvário e o golpe da lança que varou o lado de Jesus, procura fazer-nos compreender sobretudo o alcance que todo esse mistério dum Deus padecente envolve sobre a salvação das nossas almas (Ev.).
Com profundo sentimento de ação de graças, rodeemos de veneração e de amor o Sangue Preciosíssimo de Jesus, que o sacerdote oferece a Deus no altar.
Hino
Regurgitam de cânticos as praças e as ruas e a alegria fulgura como o sol na fronte de todos.
E vós, anciãos e crianças, saí em cortejo à rubra claridade dos trandões. Amém
Na presença do Sangue que Jesus Cristo, cravado na Cruz, derramou por inumeráveis feridas, saibamos que fica bem ao menos, pensar nEle com lágrimas.
O velho Adão, com o seu crime, tinha inoculado a morte no coração do homem. Porém a inocência e o extremado amor do novo Adão lhe restitui a vida.
Se o Pai supremo ouviu do alto dos Céus o grito do Filho na agonia, certamente que Se deixou aplacar e nos deu o Seu perdão.
Quem banhar as vestes neste Sangue, apagar-lhes-á toda a mancha. E ficará tão formoso na púrpura das cores que igualará os anjos e aprazerá ao Rei.
Que ninguém se extravie do caminho reto. É preciso tocar na meta final, onde Deus, que nos ajuda com a Sua graça, espera por nós com a coroa dos vencedores.
Sede pois propício, ó Pai onipotente, e recebei lá no alto dos Céus os que remistes com o Sangue do Vosso Filho e constantemente confortais com o Vosso Espírito de paz. Amém.
V. Resgastaste-nos, Senhor, com o Vosso Sangue.
R. E fizestes de nós o reino do nosso Seus.
(Extraído do Missal Quotidiano e Vesperal, por Dom Gaspar Lefebvre - 1951)