terça-feira, 26 de março de 2013

Porque cobrir as imagens Santas



O ato de cobrir as imagens fundamenta-se no luto pelo sofrimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, que leva os fiéis a meditar ao contemplar essas santas imagens cobertas. Obrigatório cobrir, com véus roxos, todas as cruzes e imagens expostas ao culto da Santa Igreja. No Missal Romano de S. Pio V, terminada a Santa Missa do Sábado que precedia o Domingo da Paixão, vinha esta rubrica: “Antes das Vésperas, cobrem-se as Cruzes e Imagens que haja na Santa Igreja. As Cruzes permanecem cobertas até ao fim da adoração da Santa Cruz, na Sexta-Feira Santa, e as imagens até ao Hino dos Anjos (Glória a Deus nas Alturas) no Sábado Santo”. Vê-se que era um costume ligado às duas últimas semanas da Quaresma, através do qual se desejava centrar a atenção dos fiéis no mistério da Paixão do Senhor. Para que na meditação da Santa Paixão, ficasse em destaque e as imagens dos Santos, cobria-se para dar sinal profundo recolhimento. Donde vem este costume? Certamente da tradição da Santa Igreja.


Os sagrados são cobertos de roxo, que simboliza a tristeza, a dor e a penitência. O pano é retirado após Cristo ressuscitar.

O cântico de Verônica durante a procissão do enterro do Senhor. 

Primeiramente, falemos um pouco sobre Verônica, cujo nome deriva-se de “veros icona” (imagem verdadeira), pelo fato de segundo a Tradição da Igreja, ela ter enxugado o rosto de Cristo a caminho do Calvário, e a imagem do rosto de Cristo ter ficado gravada milagrosamente no véu. Este episódio não consta na Sagrada Escritura, apenas na Tradição da Santa Igreja. O nome de Verônica é que se trata da mesma mulher curada por Jesus da hemorragia (cf. Lucas 8,43-48). 

Pois bem, na procissão Verônica canta a lamentação: “Ó vós todos que passais pelo caminho, parai e vede se há dor igual à minha dor.” Ressaltando a dor do Cristo que padece pela humanidade. Note-se que é comum cânticos e lamentações em velórios, conforme o testemunho de São Marcos e S. Mateus.