Nota do blogue: Iniciarei hoje a transcrição de uma volumosa e esplêndida obra intitulada A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos, do célebre Padre J. Berthier, M.S. Esse livro já se encontra em arquivo PDF.
P.S do dia 31/01/2014: (incompleto, mas livro já existente no blogue em PDF)
P.S do dia 31/01/2014: (incompleto, mas livro já existente no blogue em PDF)
Indigna escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia de Paula
CUIDADOS CORPORAIS
I- Cuidados que reclamam a vida e a saúde da criança
II- A ama da criança
III - Do sustento
IV- O estado
V- Uma palavra acerca da agricultura
VI- Da economia
CUIDADOS ESPIRITUAIS
I- Zelo
II- Batismo
III- Da educação; sua necessidade
IV- A grande obra da Mãe
V- Do concurso do Pai, na educação dos filhos
VI- Das criadas e das governantas
VII- Do Preceptor
VIII- Das casas de educação
IX- Do convento
X- Da duração da educação
DA INSTRUÇÃO
I- Da instrução intelectual
II- Recreios
III- Das recompensas
IV- Da instrução religiosa, sua necessidade
V- Duas verdades que se devem ensinar às crianças - 1.ª Parte
V- Duas verdades que se devem ensinar às crianças - 2.ª Parte
VI- O Catecismo
VII- Da obrigação de incutir cedo a virtude à criança
VIII- Do temor de Deus
IX- Do horror do pecado mortal
X- Do amor de Deus
XI- Do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo
XII- Do espírito do mundo
XIII- Da pureza
XIV- Do amor do trabalho
XV- Do desprendimento dos bens da terra
XVI- Da submissão à autoridade
XVII- Do respeito e da submissão para com os pais
XVIII- Da bondade para com iguais e superiores
II- A ama da criança
III - Do sustento
IV- O estado
V- Uma palavra acerca da agricultura
VI- Da economia
CUIDADOS ESPIRITUAIS
I- Zelo
II- Batismo
III- Da educação; sua necessidade
IV- A grande obra da Mãe
V- Do concurso do Pai, na educação dos filhos
VI- Das criadas e das governantas
VII- Do Preceptor
VIII- Das casas de educação
IX- Do convento
X- Da duração da educação
DA INSTRUÇÃO
I- Da instrução intelectual
II- Recreios
III- Das recompensas
IV- Da instrução religiosa, sua necessidade
V- Duas verdades que se devem ensinar às crianças - 1.ª Parte
V- Duas verdades que se devem ensinar às crianças - 2.ª Parte
VI- O Catecismo
VII- Da obrigação de incutir cedo a virtude à criança
VIII- Do temor de Deus
IX- Do horror do pecado mortal
X- Do amor de Deus
XI- Do amor de Nosso Senhor Jesus Cristo
XII- Do espírito do mundo
XIII- Da pureza
XIV- Do amor do trabalho
XV- Do desprendimento dos bens da terra
XVI- Da submissão à autoridade
XVII- Do respeito e da submissão para com os pais
XVIII- Da bondade para com iguais e superiores
Há entre a Igreja do Céu e a da
terra uma maravilhosa harmonia: assim como no Céu, há diferentes graus na
beatitude e na glória, o mesmo sucede na terra, onde há diversos estados
livres, onde os homens podem merecer recompensas particulares.
Dignos de Deus que os estabeleceu,
todos estes estados são santos; mas nem todos têm a mesma perfeição, nem a
mesma utilidade para a salvação. O mais elevado é, sem contradição, o
episcopado, encarregado de perpetuar através dos séculos a missão de Jesus Cristo
sobre a terra; em segundo lugar coloca-se a vida religiosa, em que o homem, num
sacrifício absoluto, se consagra a Deus todo inteiro. Vem depois a virgindade,
que, segundo a linguagem dos Santos Padres, atraiu o Filho de Deus à terra,
povoa o Céu de eleitos, e faz a glória do sacerdócio católico. Enfim
apresenta-se o casamento cristão, um dos sete sacramentos da lei nova, chamado
pelo Apóstolo uma honrosa aliança. Instituído para aperfeiçoar nos esposos o
seu amor mútuo, pode este sacramento, quando as almas são ávidas de santidade,
sustentá-las em sublimes alturas.
Citemos, para exemplo, Santo
Henrique, imperador da Alemanha. Mandou chamar, já no leito de morte, os pais
de Santa Conegundes, sua esposa, e alguns príncipes da corte, e, tomando a mão
da santa imperatriz: «Eu vos recomendo, lhes disse, a que me destes por esposa;
ei-la aqui. Recebi-a virgem, e virgem vo-la entrego.» Perfeitos imitadores de
Maria Mãe de Deus e de José, seu casto esposo, tinham, durante mais de vinte
anos, vivido na mais santa e virginal das uniões.
É certo que, segundo a palavra de S.
Jerônimo, «Deus não impõe a vida dos anjos, contenta-se em ensiná-la»; convida
ao mais perfeito, mas sem obrigar ninguém. Além da castidade perfeita, guardada
no casamento, por livre e mútuo consentimento dos esposos, resta outro encargo
glorioso, revelado por S. Paulo, nos mais expressos termos à esposa cristã: «A
mulher, diz ele, santifica-se, dando filhos»; grande missão, que associa de
alguma sorte a esposa ao poder fecundo e aos admiráveis desígnios do Criador.
Desgraçadas mil vezes as mulheres,
que, renunciando por um lado ao heroísmo de uma castidade absoluta, e cedendo,
por outro lado, por uma fraca desconfiança da Providência e do futuro, ao
terror egoísta das santas fadigas da maternidade, transgridem duma forma grave
as santas leis do casamento cristão. Erram nas vias tenebrosas do egoísmo e da
sensualidade, que vão dar à perdição. Felizes, pelo contrário, aquelas cujas
entranhas santamente fecundas deram à terra e ao Céu filhos numerosos.
Nas trevas da idolatria, a mulher
pagã, sem compreender toda a dignidade da sua missão, era nobremente altiva da
sua fecundidade.
É conhecida a história de Cornélia.
Pediu-lhe um dia uma dama romana, que lhe mostrasse as suas jóias. — «Espere
alguns instantes», respondeu a nobre mãe; e quando os seus filhos vieram das
escolas de Roma: «eis aqui, diz ela, mostrando-os, as jóias de Cornélia».
Quanto mais não se deve alegrar a
mãe cristã! Com efeito, na criança gerada nas suas entranhas descobre a sua fé um
ser imortal, feito à imagem de Deus. O seu primeiro passeio é para a Igreja, a
fim de ser considerado Filho de Deus, e isento da mácula do pecado original. A
sua primeira palavra será para chamar o Pai do Céu, ao mesmo tempo que o da
terra. Ao primeiro raio da sua inteligência nascente, à primeira pulsação afetuosa
do coração, começará a elevar-se até ao seu Criador, pelo conhecimento e pelo
amor. Formado por uma mãe piedosa, esta criança promete vir aumentar o número
dos que fazem a felicidade em louvar a Deus e em servi-lO; porque as lições da
mãe têm, sobre seu filho, um império de doçura e de persuasão, a que nada
saberia resistir.
«O homem, tanto no moral, como no
físico, é apenas o que a mulher o fez, disse o Padre Ventura. A mesma mãe que
lhe deu a vida do corpo, por seu sangue, lhe deu a vida da inteligência, por
sua palavra. »
«É ordinariamente a mulher que faz a
felicidade ou a desgraça da família, e que é o grande instrumento, a grande
alavanca da sua moralidade ou da sua corrupção. Muitas vezes até a família toda
inteira nada mais é, do que aquilo que a mulher a faz. Não é mais do que o
espelho das suas boas qualidades ou de seus defeitos, das suas virtudes ou dos
seus vícios.»
Que salutar influência não
exerceriam as mães se, com dedicação generosa, com santa perseverança, se
pusessem resolutamente à obra! Por elas, não seria só a família, seria toda a
sociedade regenerada!
É para ajudar a mulher cristã nesta
obra, que nós publicamos este livro.
Sem dúvida que cairá bastantes vezes
nas mãos de mães que têm dedicado todos os seus esforços ao desejo de
instruírem os seus filhos. Mas quantas, no meio das solicitudes e dos cuidados
da vida não têm perdido de vista algumas das suas obrigações! Este livro é
destinado a recordar-lhas todas. Também fizemos, quanto pudemos, para nada lhe
omitir, e ao mesmo tempo nada exagerar.
E sendo bastante difícil tratar da
educação, procuramos um concurso em toda a parte, onde o podemos encontrar. E
para dar mais peso aos nossos conselhos, preferimos citar, a falarmos nós
mesmos. Aí ficam, pois, numerosos exemplos tirados dos livros santos, dos
Padres da Igreja e dos moralistas.
Que Nosso Senhor, por intercessão de
Maria, abençõe este humilde trabalho, para Sua maior glória, e salvação das
almas, resgatadas por Seu sangue!