quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

O mal menor visto como bem!

“Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra.”
Gênesis 1,28


Uma ordem estabelecida por Deus mais clara que essa é impossível. Objetiva e simples como as coisas de Deus são. Frase que causa horror ao mundo, incômodo aos egoístas e impacta aqueles casais ditos “católicos” que ainda não compreenderam bem o sentido do Sacramento.  Uma frase que deveria estar na ponta da língua de todo aquele que almeja o matrimônio como estado de vida ou ensinar e encaminhar nesse estado de vida seus filhos.
Que hoje a nossa cultura – paganizada – prega normas hedonistas que tentam destruir essa ordem divina, isso é fato; que inúmeros padres (por má formação ou não) por medo de serem devorados pelo mundo, por status ou por qualquer outra razão pouco católica e covarde deixaram de pregar o que é simples, como as coisas de Deus são, isso é fato; que tudo a nossa volta corrobora para que essa ordem estabelecida por Deus aos casais seja esquecida e vista como algo ultrapassado, inviável e impossível, isso também é fato, mas comprovar (com fatos) o erro disseminado entre nós, católicos, não nos dá o direito de tentarmos combatê-lo com outros erros ou com duplicidades ou ensinamentos ambíguos, não! A ordem estabelecida por Deus é simples, como as coisas de Deus são simples.
Se a Igreja, por ser Mãe e Mestra, permite (não aprova) o espaçamento de filhos por métodos naturais, num caso de EXTREMA necessidade (algo a ser analisado entre o casal com reta intenção e com o acompanhamento de um sacerdote CATÓLICO), eu não posso pegar esse mal menor (pois não deixa de ser um mal; um espaçamento de filhos é a ausência do bem [fim primeiro do matrimônio] por um determinado tempo) e utilizá-lo como uma solução para aqueles que estão perdidos entre os métodos artificiais (mal maior) que além de ir de encontro com a ordem estabelecida por Deus (“Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra.”) é abortiva. O raciocínio é falho e as consequências são perigosíssimas, pois não se mudará aqui a mentalidade maculada e sim apenas a suavizará e o que é pior fará com os demais vejam um mal (mesmo que menor não deixa de ser um mal) como um bem e quem faz isso é a serpente... eu não posso lidar com esse assunto (primordial) como eu trato uma recuperação de um acidentado que precisa passar por etapas de recuperação, não! O fato de um caso ou outro ser permitido o uso de veneno (cobra) para a recuperação de um picado, não me permite indicar veneno de cobra para todos os casos, não deixa de ser veneno, ou seja, se a Igreja, permite (não aceita, que fique bem claro) que um ou outro casal, por um determinado tempo e por motivos justos e reais espacem os filhos, ela como que utiliza de um tratamento (para a picada da cobra) para aquele caso específico, mas isso não significa que o remédio para o grande mal desse catolicismo atual cômodo, ignorante, egoísta, hedonista esteja nisso. Quer curar essa grande ferida existente entre nós, ensine a Verdade (o bem), a ordem estabelecida por Deus e que não deve (por nós leigos) ser acrescida independente se o resultado primeiro possa parecer positivo, não, o mal maior não se cura com o mal menor e sim com o bem.
"A opinião de São Paulo é que as núpcias devem ser contraídas por motivo da prole. Quero, continua o bispo de Hipona, quero que as moças se casem, para procriarem os filhos e serem boas mães de família". (A Igreja e seus mandamentos e sacramentos por Monsenhor Henrique Magalhães). E sabemos que essa ordem estabelecida por Deus traz consigo outra responsabilidade que é a educação da prole, não basta tê-los é necessário tê-los e educá-los para pertencerem e amarem a Deus, mas isso fica para outra oportunidade, se necessário.

Indigna escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia de Paula

Em tempo:

1 - O Método de Ovulação Billings tem sido divulgado como um mal menor, mas aos que não têm base moral, encararão esse permissão (e não aceitação) como um bem e que "pode" ser praticado como regra e não como exceção (sic).

2- Não estou a julgar se o método citado tem outros benefícios, o que digo é que ele sendo usado como método natural contraceptivo (mal menor) não pode ser tido em alta valia como o bem (procriação).

3- O mal só é combatido com o bem (na regra), e não com sua parcela menor (em alguns casos, por exceção), portanto, não me venham dizer que é possível salvar a humanidade com um mal menor, quando a verdade está disponível com o simples e imutável. Quer fazer um bem aos casais ou futuros casais? Simples, uma frase curta e profunda! “Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra.”