“Crescei e
multiplicai-vos e enchei a terra.”
Gênesis 1,28
Uma ordem estabelecida por Deus mais clara que essa
é impossível. Objetiva e simples como as coisas de Deus são. Frase que causa
horror ao mundo, incômodo aos egoístas e impacta aqueles casais ditos
“católicos” que ainda não compreenderam bem o sentido do Sacramento. Uma frase que deveria estar
na ponta da língua de todo aquele que almeja o matrimônio como estado de vida ou
ensinar e encaminhar nesse estado de vida seus filhos.
Que hoje a nossa cultura – paganizada – prega normas
hedonistas que tentam destruir essa ordem divina, isso é fato; que inúmeros
padres (por má formação ou não) por medo de serem devorados pelo mundo, por status ou por qualquer outra razão pouco
católica e covarde deixaram de pregar o que é simples, como as coisas de Deus são, isso é
fato; que tudo a nossa volta corrobora para que essa ordem estabelecida por
Deus aos casais seja esquecida e vista como algo ultrapassado, inviável e impossível,
isso também é fato, mas comprovar (com fatos) o erro disseminado entre nós,
católicos, não nos dá o direito de tentarmos combatê-lo com outros erros ou com
duplicidades ou ensinamentos ambíguos, não! A ordem estabelecida por Deus é
simples, como as coisas de Deus são simples.
Se a Igreja, por ser Mãe e Mestra, permite (não aprova) o
espaçamento de filhos por métodos naturais, num caso de EXTREMA necessidade
(algo a ser analisado entre o casal com reta intenção e com o acompanhamento de
um sacerdote CATÓLICO), eu não posso pegar esse mal menor (pois não deixa
de ser um mal; um espaçamento de filhos é a ausência do bem [fim primeiro do matrimônio] por um determinado tempo) e utilizá-lo como uma solução para aqueles que
estão perdidos entre os métodos artificiais (mal maior) que além de ir
de encontro com a ordem estabelecida por Deus (“Crescei e multiplicai-vos e
enchei a terra.”) é abortiva. O raciocínio é falho e as consequências são
perigosíssimas, pois não se mudará aqui a mentalidade maculada e sim apenas a suavizará e o que é pior fará com os demais vejam um mal (mesmo que menor não deixa de ser um mal) como um bem e quem faz isso é a serpente... eu não posso lidar com esse assunto (primordial) como eu trato
uma recuperação de um acidentado que precisa passar por etapas de recuperação,
não! O fato de um caso ou outro ser permitido o uso de veneno (cobra) para a
recuperação de um picado, não me permite indicar veneno de cobra para todos os
casos, não deixa de ser veneno, ou seja, se a Igreja, permite (não aceita, que fique bem
claro) que um ou outro casal, por um determinado tempo e por motivos justos e
reais espacem os filhos, ela como que utiliza de um tratamento (para a picada da cobra) para aquele caso específico, mas isso não significa que o remédio para o
grande mal desse catolicismo atual cômodo, ignorante, egoísta, hedonista esteja
nisso. Quer curar essa grande ferida existente entre nós, ensine a Verdade (o bem),
a ordem estabelecida por Deus e que não deve (por nós leigos) ser acrescida independente
se o resultado primeiro possa parecer
positivo, não, o mal maior não se cura com o mal menor e sim com o bem.
"A
opinião de São Paulo é que as núpcias devem ser contraídas por motivo da prole.
Quero, continua o bispo de Hipona, quero que as moças se casem, para procriarem
os filhos e serem boas mães de família". (A Igreja e seus mandamentos e
sacramentos por Monsenhor Henrique Magalhães). E sabemos que
essa ordem estabelecida por Deus traz consigo outra responsabilidade que é a
educação da prole, não basta tê-los é necessário tê-los e educá-los para
pertencerem e amarem a Deus, mas isso fica para outra oportunidade, se
necessário.
Indigna escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia de Paula
Em tempo:
1 - O Método de Ovulação Billings tem sido divulgado
como um mal menor, mas aos que não têm base moral, encararão esse
permissão (e não aceitação) como um bem e que "pode" ser praticado como
regra e não como exceção (sic).
2- Não estou a julgar se o método
citado tem outros benefícios, o que digo é que ele sendo usado como método
natural contraceptivo (mal menor) não pode ser tido em alta
valia como o bem (procriação).
3- O mal só é combatido com o bem
(na regra), e não com sua parcela menor (em alguns casos, por exceção),
portanto, não me venham dizer que é possível salvar a humanidade com um mal
menor, quando a verdade está disponível com o simples e imutável. Quer fazer um
bem aos casais ou futuros casais? Simples, uma frase curta e profunda! “Crescei e multiplicai-vos e enchei a terra.”