Por Laura Wood
Traduzido por Andrea Patrícia
Nota da tradutora:
O texto de hoje é curtinho, mas bastante significativo.
As pessoas dizem que a vida doméstica é estreita e estupidificante, uma prisão para o intelecto. As feministas há muito tempo alegam isso.
Eu acho que você poderia dizer que é verdade, mas somente se você achar que a história humana é tediosa, as leis da natureza são tediosas, o amor é tedioso, o nascimento é tedioso, crianças são tediosas, a personalidade é tediosa, a mente é tediosa, a moralidade é tediosa, a morte é tediosa, macho e fêmea são tediosos, o sexo é tedioso, a doença é tediosa, os beijos são tediosos, as orações são tediosas, a literatura é tediosa, a filosofia é tediosa, a poesia é tediosa, Deus é tedioso, as estações são tediosas, a música é tediosa, as árvores são tediosas, a luz do sol é tediosa, as estrelas são tediosas, a neve é tediosa, o orvalho é tedioso. Se tudo isso é verdade, o lar não é o que parece: uma fonte de ideias e verdades, uma universidade e um museu, um laboratório para o curioso, uma galeria para tudo o que é humano. Se o lar é tedioso, a vida em si é um deserto.
Original aqui.