Através das janelas ornadas de verde
penetram os raios de sol.
A avó está sentada e dorme durante todo o dia.
O seu cabelo é branco e no seu rosto
cavou o tempo sulcos profundos,
e a seus pés, ajoelhada, brinca uma criança.
"Porque dormes durante todo o dia?"
pergunta ingenuamente a pequena.
"O avó, tu não és bela!
Teus cabelos são feios e na fronte
tens umas rugas tão grandes!
A mamã é muito mais bela!
Que bela que é a mamã!"
A avó fitou a pequena favorita:
"A beleza passa veloz e o tempo fez-me isto
mas também a mamã vai envelhecer".
Paira um hábito de tristeza.
"Oh, não! a mamã será sempre bela!"
(A mãe, pelo Cardeal Mindszenty)