Ato de amor perfeito e contrição perfeita,
atribuído a São Francisco Xavier
Não me move meu Deus, para querer-Te,
O Céu que me tens prometido,
Nem me move o inferno, tão temido,
Para deixar por isso de ofender-Te.
Tu me moves, Deus meu, move-me o ver-Te
Cravado em uma cruz, escarnecido;
Move-me o ver teu Corpo tão ferido,
Movem-me tuas afrontas e tua morte;
Move-me, enfim, teu amor e de tal maneira
Que, ainda que não houvesse Céu, te amaria,
E, ainda que não houvesse inferno, te temeria.
Nada tens que dar-me porque Te quero;
Porque, se não esperasse o que espero,
Te queria o mesmo que te quero.
(Retirado do livro: A contrição perfeita uma chave de ouro do Céu - Pe. J. de Driesch - pág. 32)