É a boa linguagem essencial à formação intelectual. A nossa condição de homens - seres inteligentes e sociais - impõe-nos a expressão verbal, tanto em benefício do próprio pensamento como por necessidade de comunicação ... para a educação não basta falar. Importa falar bem, isto é, exprimir-se com precisão e correção, pronunciar devidamente as palavras e mesmo entoná-las de acordo com a posição que ocupam no pensamento e na frase.
Essa aprendizagem começa no colo materno. A criança ouve e reproduz os sons. Se reproduz mal é porque apenas se inicia. O tempo, a ajuda e o esforço lhe darão a forma perfeita. Mas, se lhe falam mal, ela imita erros e deformações.
Pronúncias deformadas, finais truncadas, vícios de linguagem, cacoetes, etc., aprendidos do berço fixam-se, às vezes, para toda a vida. Há casos que nem as escolas superiores corrigiram. O descuido com rr e ll finais, de tão mau gosto, é muito freqüente entre nós.
Fazem mal os que adotam as inevitáveis deformações de falar das crianças, em vez de sempre pronunciar bem e empregar o termo devido, para lhes ir impregnando beneficamente o subconsciente. Incapazes ainda de articular devidamente as palavras, compreendem-nas no entanto.
O baixo nível cultural das amas é mais um motivo para cuidarem dos filhos pessoalmente as mães, e promoverem a educação das suas empregadas.
(O que fazer do seu filho - Pe. Álvaro Negromonte)
PS; grifos meus