quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Maternidade da Santíssima Virgem Maria

Fonte: Escravas de Maria
11/10 Quinta-feira
Festa de Segunda Classe
Paramentos Brancos


O Primeiro Concílio de Éfeso foi realizado em 431 na Igreja de Maria em Éfeso, na Ásia Menor o primeiro dos quatro dogmas marianos é o da Maternidade Divina da Santíssima Virgem  Maria. Foi convocado pelo imperador Teodósio II e debateu sobre os ensinamentos cristológicos e mariológicos de Nestório, patriarca de Constantinopla. Cerca de 250 bispos nele estiveram presentes. O concílio foi conduzido em uma atmosfera de confronto aquecido e recriminações, e condenou o nestorianismo como heresia, assim como o arianismo e o sabelianismo ório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, mas que Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas uma da outra e, por consequência, negava o ensinamento tradicional que a Santíssima Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (em grego Theotokos), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (em grego Cristokos), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza divina. Os adversários de Nestório, liderados por São Cirilo, Patriarca de Alexandria, consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita e inseparável da natureza divina e humana em Jesus Cristo e acusavam Nestório de heresia, para condená-lo, São Cirilo apelou ao Papa Celestino I, o papa concordou e concedeu à Cirilo sua autoridade para depor Nestório e excomungá-lo. Porém, antes da intimação chegar, Nestório convenceu o imperador Teodósio II para convocar um Concílio ecumênico, para que os bispos defendessem os seus pontos de vista opostos. Assim que foi aberto, o Concílio denunciou os ensinamentos Nestório como errôneos e decretou que Jesus era uma apenas pessoa, e não duas pessoas distintas, Deus completo e homem completo, e declarou como dogma, que a Santíssima Virgem Maria devia ser chamada de Theotokos, porque ela concebeu e deu à luz Deus como um homem. Os eventos do concílio criaram um cisma importante, provocando a separação da região da Síria, formando a Igreja Assíria do Oriente.  

Aos 22 de junho de 431, este dogma foi solenemente definido pelo Concílio de Éfeso explicitamente a Maternidade Divina de Nossa Senhora. Assim, o Concílio de Éfeso, do ano 431, sendo Papa São Clementino I (422-432) definiu se expressou: “Que seja excomungado quem não professar que Emanuel (Cristo)é verdadeiramente Deus e, portanto, que a Santíssima Virgem Maria é verdadeiramente Mãe de Deus, pois deu à luz segundo a carne aquele que é o Verbo de Deus”.     

São Bernardo, num de seus sermões sobre a Anunciação, demora-se em observar Maria no exato momento de seu sim à Maternidade Divina, um sim que mudaria os rumos da história, que recriaria o mundo, que possibilitaria uma nova e eterna comunhão entre Deus e as criaturas. "Ó Virgem piedosa, o pobre Adão, expulso do paraíso com sua mísera descendência, implora a tua resposta. Implora-a Abraão, implora-a Davi; e os outros patriarcas, teus antepassados... suplicam esta resposta. Toda a humanidade, prostrada a teus pés, a aguarda. E não é sem razão, pois do teu consentimento depende o alívio dos infelizes, a redenção dos cativos, a libertação dos condenados, a salvação de todos os filhos e filhas de Adão, de toda a tua raça. Responde depressa, ó Virgem! Pronuncia, ó Senhora, a palavra esperada pela terra, pelos infernos e pelos céus. O próprio Rei e Senhor de todos, tanto quanto cobiçou a tua beleza, deseja agora a tua resposta afirmativa, porque por ela decidiu salvar o mundo. Agradaste a ele pelo silêncio, muito mais lhe agradarás pela palavra ... Se tu lhe fizeres ouvir a tua voz, ele te fará ver a nossa salvação".

São Boaventura (+1274): "Os coros dos anjos, com vozes incessantes, te proclamam: santa, santa, santa, ó Maria, Mãe de Deus, mãe e virgem ao mesmo tempo! Os céus e a terra estão cheios da majestade vitoriosa do Fruto do teu ventre! O glorioso coro dos apóstolos te aclama Mãe do Criador! Celebram-te todos os profetas, porque deste à luz o próprio Deus! A imensa assembléia dos santos mártires te glorifica como Mãe do Cristo. A multidão triunfante dos confessores prostra-se diante de ti, porque és o Templo da Trindade!".

Epístola  
Eclesiástico 24, 23-31 

23.Cresci como a vinha de frutos de agradável odor, e minhas flores são frutos de glória e abundância.24.Sou a mãe do puro amor, do temor (de Deus), da ciência e da santa esperança,25.em mim se acha toda a graça do caminho e da verdade, em mim toda a esperança da vida e da virtude.26.Vinde a mim todos os que me desejais com ardor, e enchei-vos de meus frutos;27.pois meu espírito é mais doce do que o mel, e minha posse mais suave que o favo de mel.28.A memória de meu nome durará por toda a série dos séculos.29.Aqueles que me comem terão ainda fome, e aqueles que me bebem terão ainda sede.30.Aquele que me ouve não será humilhado, e os que agem por mim não pecarão.31. Aqueles que me tornam conhecida terão a vida eterna. 

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Evangelho
São Lucas 2,43-51     

43.Acabados os dias da festa, quando voltavam, ficou o menino Jesus em Jerusalém, sem que os seus pais o percebessem.44.Pensando que ele estivesse com os seus companheiros de comitiva, andaram caminho de um dia e o buscaram entre os parentes e conhecidos.45.Mas não o encontrando, voltaram a Jerusalém, à procura dele.46.Três dias depois o acharam no templo, sentado no meio dos doutores, ouvindo-os e interrogando-os.47.Todos os que o ouviam estavam maravilhados da sabedoria de suas respostas.48.Quando eles o viram, ficaram admirados. E sua mãe disse-lhe: Meu filho, que nos fizeste?! Eis que teu pai e eu andávamos à tua procura, cheios de aflição. 49.Respondeu-lhes ele: Por que me procuráveis? Não sabíeis que devo ocupar-me das coisas de meu Pai?50.Eles, porém, não compreenderam o que ele lhes dissera.51.Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso. Sua mãe guardava todas estas coisas no seu coração.