Vendo a dona de casa, eu direi de que estofo é a esposa e a mãe, leitora.
Pois pela primeira se conhecem as outras duas. As mãos, os olhos, os pés da primeira nada mais são do que o amor de esposa, o devotamento de mãe manifestando-se num outro setor.
É o coração de esposa e de mãe descrevendo outras órbitas.
Pois pela primeira se conhecem as outras duas. As mãos, os olhos, os pés da primeira nada mais são do que o amor de esposa, o devotamento de mãe manifestando-se num outro setor.
É o coração de esposa e de mãe descrevendo outras órbitas.
Por ter amor aos seus, quer a mulher vê-los contentes e alegres a seu lado, confiados nos seus desvelos e na intuição do seu coração. Cansa-se, dirige a casa, estabelece uma ordem, trata da economia, da estética do lar, só porque ama muitíssimo o marido e os filhos.
Perante as dúvidas e os planos pergunta-se constantemente: Será isto útil ou prejudicial ao bem-estar dos meus? Esta preocupação vale por um princípio na sua vida.
Rico proveito tira a mulher de tudo isso. Primeiramente, não trata com descaso as pequenas coisas, as "ninharias" de cada dia. Para seu amor tudo é importante. Sabe que como jóia no coração se pode engastar com elegância até um copo de água, uma luz acesa, uma porta abeta a seu tempo.
Escapa depois daquela falta tão comum hoje em dia: ter a casa arrumada e enfeitada ... para os de fora. Sua maior alegria é receber elogios do marido e dos filhos. Não lhes prefere os elogios das visitas que gabam o bom gosto, etc.
Somente deste amor é que nasce aquele calor benfazejo do lar. Vê, leitora, na casa teu coração terá a missão do sol da natureza. Pela manhã, a luz taumaturga do sol acorda as flores, a passarada, as abelhas, a seiva das árvores. Há vôos, há perfumes, há gorjeios naquelas horas.
Percebendo que "por querer bem" é que cuidas da casa, as crianças serão como abelhas, como aves ao redor de ti. Se faltar o sol, se vier o frio, as aves se encolhem, as abelhas se ocultam, as crianças "não amadurecem". Sim, com a idade, deve haver uma maturação progressiva ao teu lado, dona de casa, que, ao mesmo tempo, és esposa e educadora.
Crescendo, irá a criança abrindo os escaninhos do coração, expondo os segredos à mamãe. E assim continuamente, até se formar aquela convicção de que na casa, junto de mamãe, há um remanso aonde não vão as tempestades, há um canto sempre com sol onde as sombras e o frio nunca se estendem.
Dificilmente serás uma boa esposa e mãe, se não fores igualmente boa dona de casa, leitora.
(As três chamas do lar - Pe. Geraldo Pires de Souza)