Num grande número de casos, as tendências à emancipação moral e intelectual, e o aparecimento das tentações especiais da puberdade, provocarão uma crise terrível que exigirá, da parte do educador, habilidade e clarividência para ser superada.
Essa crise atingirá primeiramente as orações e as práticas de piedade.
O adolescente será tentado a abandoná-las porque aí não encontra mais gosto nem facilidade e porque ele constata que um grande número de companheiros e de adultos que o cercam (até mesmo seus próprios pais), deixaram de ser praticantes. Sua vontade de ser, por sua vez, uma pessoa adulta e o receio de ser ridicularizado ou criticado pelos que o rodeiam, atuarão sobre seu amor-próprio no sentido da deserção.
O adolescente será tentado a abandoná-las porque aí não encontra mais gosto nem facilidade e porque ele constata que um grande número de companheiros e de adultos que o cercam (até mesmo seus próprios pais), deixaram de ser praticantes. Sua vontade de ser, por sua vez, uma pessoa adulta e o receio de ser ridicularizado ou criticado pelos que o rodeiam, atuarão sobre seu amor-próprio no sentido da deserção.
Uma das características do adolescente é o desejo de potência. É a idade em que ele começa a sentir-se forte, em que pretende agir por seus próprios meios e em que é tentado a recusar-se a qualquer constrangimento ou submissão. Daí um espírito de independência que não manifesta-se-á apenas em relação às obrigações familiares, mas também às religiosas.
A soberania de Deus aparecer-lhe-á como uma limitação à livre expansão da personalidade e muitos perderão a Fé, para não terem que obedecer às suas exigências. Ainda não foi suficientemente observado que a crise da Fé explica-se, muitas vezes, pelo sentimento de força e de potência dos adolescentes, que se opõe ao espírito de submissão e de obediência que caracteriza a vida religiosa.
(Pequeno Tratado de pedagogia - Cônego Jean Viollet)
PS: Grifos meus
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