quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Dia de todos os Santos

Fonte: Escravas de Maria
01/11 Quinta-feira
Festa de Primeira Classe dia de todos os Santos
Paramentos Brancos


Dia de Todos os Santos festa em “honra a todos os santos, conhecidos e desconhecidos”. No fim do segundo século, professos cristãos começaram a honrar os que haviam sido martirizados por causa da sua fé e, achando que eles já estavam com Cristo no céu, oravam a eles para que intercedessem a seu favor. A comemoração regular começou quando, em 13 de maio de 609 ou 610 DC, o Papa Bonifácio IV dedicou o Panteão — o templo romano em honra a todos os deuses romanos exterminados e ficando santos do Cristianismo. — a Maria e a todos os mártires. A data foi mudada para novembro quando o Papa Gregório III (731-741 DC) dedicou uma capela em Roma a todos os santos e ordenou que eles fossem homenageados em 1.° de novembro. É possível que a comemoração britânica medieval do Dia de Todos os Santos tenha sido o ponto de partida para a popularização dessa festividade em toda a Igreja cristã.” Os irlandeses costumavam reservar o primeiro dia do mês para as festividades importantes e, visto que 1.° de novembro era também o início do inverno para os celtas, seria uma data propícia para uma festa em homenagem a todos os santos.” Finalmente, em 835 DC, o Papa Gregório IV declarou-a uma festa universal. Esta tradição de recordar (fazer memória) os santos está na origem da composição do calendário litúrgico, em que constavam inicialmente as datas de aniversário da morte dos cristãos martirizados como testemunho pela sua fé, realizando-se nelas orações, missas e vigílias, habitualmente no mesmo local ou nas imediações de onde foram mortos, como acontecia em redor do Coliseu de Roma. Posteriormente tornou-se habitual erigirem-se igrejas e basílicas dedicadas em sua memória nesses mesmos locais.   
                                                                                                                                    
O desenvolvimento da celebração conjunta de vários mártires, no mesmo dia e lugar, deveu-se ao fato frequente do martírio de grupos inteiros de cristãos e também devido ao intercâmbio e partilha das festividades entre as dioceses/paroquias por onde tinham passado e se tornaram conhecidos. A partir da perseguição de Diocleciano o número de mártires era tão grande que se tornou impossível designar um dia do ano separado para cada um. O primeiro registro (Século IV) de um dia comum para a celebração de todos eles aconteceu em Antioquia, no domingo seguinte ao de Pentecostes, tradição que se mantém nas igrejas orientais. Com o avançar do tempo, mais homens e mulheres se sucederam como exemplos de santidade e foram com estas honras reconhecidos e divulgados por todo o mundo. Inicialmente apenas mártires (com a inclusão de São João Baptista), depressa se deu grande relevo a cristãos considerados heróicos nas suas virtudes, apesar de não terem sido mortos. O sentido do martírio que os cristãos respeitam alarga-se ao da entrega de toda a vida a Deus e assim a designação "todos os santos" visa celebrar conjuntamente todos os cristãos que se encontram na glória de Deus, tenham ou não sido canonizados (processo regularizado, iniciado no Século V, para o apuramento da heroicidade de vida cristã de alguém aclamado pelo povo e através do qual pode ser chamado universalmente de beato ou santo, e pelo qual se institui um dia e o tipo e lugar para as celebrações, normalmente com referência especial na Santa Missa).

Santa Maria escrava, Mártir

Maria morreu em 300 DC e era uma escrava de um romano chamado Tértulus. Foi convertida ao cristianismo e estava sempre a orar e a jejuar o que despertava certa desconfiança da sua “Dona”(Algo parecido com a nossa Sinhá, na época da escravatura) que era muito superticiosa. Durante as perseguições do Imperador Diocleciano, Tértulus que gostava muito dela, usou de todos os meios para que ela renunciasse ao cristianismo, tendo inclusive a açoitado e a prendido em uma cela escura, com apenas pão e água, por 30dias. Mas de nada adiantou. Acabou  presa e entregue ao procônsul com a acusação de ser uma cristã, a despeito dos esforços de Tértulus para salva-la. Os “Atos do Martirio” de Santa Maria, a escrava, escritos por escribas romanos que tinham ordem de enfatizar apenas o martírio, quase nada dizem sobre ela. 
                  
Maria foi duramente martirizada para renunciar a sua fé. Os “Atos” dizem diz que o seu martírio foi tão terrível, que afinal, os espectadores exigiram a sua libertação e ela foi entregue a custódia de um soldado. Santa Maria, a escrava o converteu e ele a ajudou a escapar. Diz a tradição que a paz com que enfrentou seu martírio teria convertido vários espectadores inclusive Tértulus . Diz ainda que ela teria morrido em conseqüência do seu martírio. Outra versão diz que ela teria conseguido sobreviver e veio a falecer bem mais tarde, feliz e de morte natural. Não obstante, ela é venerada como mártir, devido a intensidade dos seus sofrimentos. 
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Epístola
Apocalipse de São João 7,2-12      
                                                                                                                                              
2 Vi ainda outro anjo subir do oriente; trazia o selo de Deus vivo, e pôs-se a clamar com voz retumbante aos quatro Anjos, aos quais fora dado danificar a terra e o mar, dizendo: 3 Não danifiqueis a terra, nem o mar, nem as árvores, até que tenhamos assinalado os servos de nosso Deus em suas frontes. 4 Ouvi então o número dos assinalados: cento e quarenta e quatro mil assinalados, de toda tribo dos filhos de Israel; 5 da tribo de Judá, doze mil assinalados; da tribo de Rubem, doze mil; da tribo de Gad, doze mil; 6 da tribo de Aser, doze mil; da tribo de Neftali, doze mil; da tribo de Manassés, doze mil; 7 da tribo de Simeão, doze mil; da tribo de Levi, doze mil; da tribo de Issacar, doze mil; 8 da tribo de Zabulon, doze mil; da tribo de José, doze mil; da tribo de Benjamim, doze mil assinalados. 9 Depois disso, vi uma grande multidão que ninguém podia contar, de toda nação, tribo, povo e língua: conservavam-se em pé diante do trono e diante do Cordeiro, de vestes brancas e palmas na mão, 10 e bradavam em alta voz: A salvação é obra de nosso Deus, que está assentado no trono, e do Cordeiro. 11 E todos os Anjos estavam ao redor do trono, dos Anciãos e dos quatro Animais; prostravam-se de face em terra diante do trono e adoravam a Deus, dizendo: 12 Amém, louvor, glória, sabedoria, ação de graças, honra, poder e força ao nosso Deus pelos séculos dos séculos! Amém. 
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Evangelho                                                                                                                         
São Mateus 5,1-12

1 Vendo aquelas multidões, Jesus subiu à montanha. Sentou-se e seus discípulos aproximaram-se dele. 2 Então abriu a boca e lhes ensinava, dizendo: 3 Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! 4 Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! 5 Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! 6 Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! 7 Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! 8 Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! 9 Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! 10 Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! 11 Bem-aventurados sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. 12 Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.