quarta-feira, 26 de setembro de 2012

OS CATÓLICOS E OS PADRES

Nota do blogue: Pediram-me que ajudasse numa carta de incentivo aos padres resistentes, para que se mantivessem firmes e não se deixassem vencer pelo cansaço do combate travado. Tendo isso em vista, transcrevo um discurso que pode ser aproveitado em parte no momento atual.

Indigna escrava do Crucificado e da SS. Virgem,
Letícia de Paula


P.S: Notas e grifos meus.


Padre Júlio Maria, C.SS.R.
As Virtudes, 1936.

Eu vos mostrei que as virtudes cardeais - temperança, força, prudência e justiça - que já existiam no paganismo, foram transfiguradas pela doutrina católica. Aplicando-as especialmente aos membros de certas classes sociais, demonstrei que o nosso homem de ciência, o nosso homem de letras, o nosso homem de Estado e o sectário, nem ao nível podem ficar dos pagãos, se as recusam.
Com as virtudes teologias, abrindo a doutrina católica, eu vo-lo demonstrei, novos e vastos horizontes ao espírito e ao coração do homem. Seguindo o mesmo método de aplicação sociológica, fiz sobressair a necessidade, no momento presente, da fé, principalmente para o operário; da esperança, principalmente para o industrial, e da caridade, principalmente para o capitalista. Passo a tratar das virtudes morais, das quais digo que não era possível, mas também não era necessário tratar senão nesta conferência.
O homem, no itinerário da vida cristã, encontra obstáculos que lhe impedem a segurança e a rapidez da viagem. Esses obstáculos não só provém do exterior, isto é, da ação das outras criaturas, mas principalmente das próprias paixões do homem viajor, que, para subjugar estas e vencer aqueles, precisa das virtudes morais, isto é, da humildade, da penitência, da abundância, da doçura, da mortificação, da castidade, da fraternidade e outras congêneres. Mas as virtudes morais são mais do que simples auxiliares da vida cristã; elas são a prova da divindade da doutrina católica pelos seus efeitos, e tão inerentes são à doutrina católica, que, onde quer que esta existe, é aceita e sinceramente praticada; tais virtudes não podem deixar de se manifestar. Vou provar isto com a psicologia e com a história.
Um homem repudiar a sua razão, o orgulho da sua inteligência, para aceitar verdades transcendentais; prostrar-se aos pés de outro, arrependido e acusando-se de seus pecados; perdoar as maiores injúrias, amar os seus maiores inimigos - não é só imolar o espírito no holocausto da fé, mas também substituir nas imolações do coração todos os seus amores humano pelo amor divino; estes são sob o ponto de vista psicológico, fatos individuais que ninguém contesta, porque todos os têm mais ou menos verificado, senão na própria pessoa, na pessoa de seus semelhantes. Igualmente, nós vemos, abrindo a história, que, antes do cristianismo os povos não só tocaram as últimas aberrações da inteligência, mas desceram às últimas torpezas do coração. A história anterior ao cristianismo é um colossal resumo de loucuras e sensualidades. A honestidade pagã não impediu a corrupção universal. As simples virtudes cardeais não bastaram para salvar os povos, que, entretanto, foram regenerados e salvos pelas virtudes morais: a humildade, a castidade, a fraternidade, etc.
Mas não só os efeitos psicológicos mostrando a transformação radical do homem, como os efeitos sociais mostrando a transformação dos povos, pela prática das virtudes morais, são manifestamente, pela sua desproporção com a miséria do homem e a miséria dos povos, efeitos elétricos, sem uma causa elétrica, nem fenômenos magnéticos, nem uma causa magnética, não pode haver também efeitos divinos, sem causa divina. Se, portanto, as virtudes morais são fenômenos divinos - divina é a doutrina que os produz, e à qual, tão inerentes e peculiares são esses efeitos, que, em primeiro lugar, só a doutrina católica é capaz de produzi-los: em segundo lugar, onde quer que ela seja sinceramente aceita e praticada, necessariamente os produz. Não é difícil verificá-lo. Basta analisar das virtudes morais estas - humildade, castidade, fraternidade - tão singulares na sua origem e nos seus efeitos, que os teólogos as denominam "virtudes reservadas", isto é, que só o catolicismo as possui e pratica.
Entregue aos impulsos de sua natureza corrompida pelo pecado original, o homem, sem a influência do catolicismo, nem é humilde, nem é casto, nem ama fraternalmente os seus semelhantes.
Inútil e ridículo, negar esta verdade. Inútil, porque a afirmação desta verdade todo homem a tem em si próprio. Ridículo, porque, a todo instante, essa verdade se mostra de modo evidente. Sem o contrapeso da religião, o orgulho domina o homem, que nem reconhece sua inferioridade em relação a outros homens, nem aceita lugar menos importante na hierarquia social. Esse orgulho implica sempre o ódio da superioridade, o ódio da igualdade e o desprezo da inferioridade. Substituir este orgulho por um juramento contrário - o ódio pelo amor da superioridade - é uma glória da doutrina católica, que só ela, produzindo esta fraternidade entre homens tão diferentes na sociedade pelo caráter, a inteligência, a fortuna, a posição, é também a única que produz o fenômeno da castidade na imolação do corpo, em holocaustos, de que muitos, é certo, têm desertado, mas de que um grande número de homens têm dado o exemplo em todas as épocas cristãs: o celibato, o sacerdócio, a virgindade.
É uma verdade, pois, não só perante a psicologia; como também perante a história, que não só as virtudes morais são fenômenos inerentes à doutrina católica, como também que, onde quer que a doutrina católica é sinceramente praticada, ela regenera as almas e salva os povos.
Agora, pergunto: se, como tantos o afirmam, somos um povo católico, por que razão entre nós nem a doutrina católica converte os incrédulos, que são em todas as classes um grandíssimo número nem a doutrina católica impede à nação nenhuma das sucessivas apostasias em que ela tem sacrificado as maiores verdades do catolicismo: o culto público a Deus o casamento, o ensino?!  
Dirão: "Os incrédulos é que têm feito isso". Mas então os incrédulos são em tão extraordinário número, que têm conseguido tudo isso? Eu já fiz, nesta pregação, a apologia do mau caráter, apologia tão mal compreendida, apesar de ter eu bem firmado que coisa pior do que o mau caráter, é o que aliás La Bruyére, um moralista, já afirmou: não ter caráter.
Pois bem; não duvido também hoje fazer a apologia dos incrédulos. Os incrédulos são homens como nós. Eles são dotados da mesma natureza. Eles também têm coração. Deles, não duvido, um certo número será sempre refratário à disciplina das verdades reveladas, tal o privilegio da liberdade humana, de que eles usam, rejeitando o catolicismo. Mas o maior número, é certo, vendo o fulgor da verdade católica não pode deixar de ser deslumbrado, e vendo o exemplo da virtude católica, não pode deixar de ser vencido. Para que negar aos incrédulos retidão, sinceridade, independência e bondade? Eles têm, sem duvida, a "honestidade", base sobre que deve repousar o edifício das virtudes sobrenaturais. Eles, sem dúvida; são homens "honestos". Mas então por que eles não se convertem?
Há em cada povo épocas singulares, em que dizer, a verdade inteira é para um homem o mais imperioso e ao mesmo tempo o mais doloroso dos seus deveres. Quis Deus que coubesse ao orador uma dessas época, e que tão doloroso dever seja o seu neste país. A pergunta que formulo, respondo eu próprio:
Dada a resposta, preciso justificá-la; e o faço com muitas e varias considerações.
Que é a penitência? Que é o católico? Que é a santidade? Que é o padre?
A penitência é o caráter imperecível do catolicismo. “Fazei penitência” – tal foi, na vida pública, a primeira palavra de Jesus Cristo.
Como "sacramento”, a penitência só existiu depois de Jesus Cristo. Como "virtude", ela é de todos os tempos; é o sentimento universal do gênero humano, desde a queda em Adão. Esse sentimento, não só Jesus Cristo o elevou à dignidade de sacramento, um característico infalível de verdadeira vida cristã. Lamento não poder tratar da confissão sacramental, por já tê-lo feito, em longas conferências no meu curso católico desta capital. Limito-me, por isso, a rápidas considerações, afirmando que a penitência sem a confissão é incompleta; mas a confissão sem a penitência é falsa. Por quê? Porque a penitência é a virtude moral que nos induz a detestar o pecado como ofensa a Deus, com o firme propósito de evitá-lo, e de satisfazer a justiça, a penitência não é só isso. É uma constante preocupação de nossa miséria; é um sentimento, que por toda a parte nos acompanha, do nosso nada; é a dor senão sempre viva, mas sempre real de sermos pecadores; é a sinceridade com que nos julgamos os indignos entre os pecadores. Assim considerada, a penitência implica sempre a humildade; e absolutamente não se pode compreender um católico que não seja penitente.
Ora não é fácil enumerar os diferentes matizes do nosso catolicismo. Nós temos, entre outras espécies, que longo seria enumerar, estas: "católico fantasista", o "católico do credo", o "católico dos mandamentos", o "católico de missa", o "católico de irmandades", o "católico autoritário"...
Ainda há outras espécies, que não posso enumerar, por falta de tempo.
Þ   O católico fantasista é aquele que vive de imaginação e quimeras, adotando os atos, da religião às suas faculdades imaginativas, aceitando os dogmas, não como a igreja os ensina, mas como ele os vê através do prisma variável da sua fantasia.
Þ   O católico sentimental (bem comum no sexo feminino) é aquele que tem acessos de piedade, coincidindo sempre com seus estados mórbidos, confessando-se e comungando, não principalmente para evitar pecados e corrigir defeitos, mas para satisfazer as exigências do temperamento.
Þ   O católico diletante é o que apenas se deleita na parte estética do catolicismo; que se concentra na devoção, nas magnificências e nos ornatos do templo, nas grandes festividades; que acha também na religião um perfume para embalsamar a sua família, mas não uma disciplina para lhe santificar a alma.
Þ   O católico do credo... esse é sempre herege dos mandamentos. Aceita os dogmas, admira-os... mas não se julga obrigado a cumprir, em todas as suas partes, o decálogo.
Þ   O católico dos mandamentos... é justamente o contrário. Aceita o decálogo, reconhece que é a grande lei a única capaz de salvar a sociedade moderna, mas, não acredita senão em certos dogmas, recusa os que lhe desagradam. Acha delicioso o céu; mas não suporta o inferno... O purgatório, talvez...
Þ   O católico de missas - em regra geral, esse é de infalível presença, aos domingos, no sacrifício do altar; mas de infalível ausência nas devidas ocasiões, no sacrifício dos lábios, isto é na confissão.
Þ   O católico de defuntos - esse é o que não acredita, pelo menos não crê firmemente nem no inferno, nem no purgatório; e, não obstante, podem as almas dos defuntos ter certeza de que eles, ou irão ajudá-los a sufragar, em sétimo e trigésimo dia, essas almas; ou, que, e isto não falha, porão suas assinaturas nos livros colocados à porta das igrejas, para serem os nomes publicados no dia seguinte, nos jornais, e, poderem eles próprios, os católicos de defuntos figurar nas missas sem terem ouvido as missas!
Þ   O católico de irmandades é o que inverte, modifica e transtorna a disciplina da igreja, querendo que os bispos consintam nas paróquias tantos vigários quantos são os irmãos de opa.
Þ   O católico autoritário é o que sabe mais do que os padres, os bispos, os teólogos, os concílios e o papa! Ele é católico, mas sem obediência... despreza só uma virtude, mas uma cuja violação é capaz de acabar com tudo neste mundo.(1)

Eis matizes do nosso catolicismo... Mas tudo isto é catolicismo falso, completamente divorciado do espírito de penitência que deve caracterizar o católico.
Um católico é um homem penitente; e a penitência não comporta nenhuma das falsificações apontadas.
Dirão que há católicos isentos de falsificação? Não nego; mas, a julgar, pelos resultados que vemos no Brasil, não podem ser muitos. Também há padres que escapam à outra falsificação de que vou tratar; mas, a julgar pelos mesmos resultados, bem raros devem ser, porque se a lei da penitência, entre os católicos, está tão degenerada, a lei da santidade, entre os padres, está em grande decadência.
Que é a santidade? Porventura a igreja exige de um padre que ele faça milagres e se torne facilmente canonizável? Não, sem dúvida. A igreja, porém, diz expressamente que o estado sacerdotal é um estado de santidade, e diz que a santidade é - a conformidade, não só com a lei de justiça que Deus gravou nos corações, mas com a lei mais alta que Jesus Cristo revelou ao mundo. Essa lei não obriga a todos no mesmo grau, mas é para todos a mesma, exigindo, porém, do padre, que é, quanto à dignidade e autoridade, a reprodução de Jesus Cristo, que o revestiu do seu sacerdócio, ser também na conduta o completo e perfeito imitador do Redentor.
São excepcionais os direitos do padre. Ele é o eleito de Deus, por Deus colocado acima de toda a criação. Ele é o mediador dos homens e, por isso mesmo, devendo receber destes as homenagens devidas a um ministério, que é a maior de todas as realezas. Excepcionais os direitos, mas também, excepcionais os deveres. Estes variam, segundo as considere o padre na sua vida interior ou na sua vida exterior.
Trato apenas da vida exterior e digo que esta, em relação às almas e à sociedade, se resume em três palavras: amar, dirigir, edificar.
Para o padre, amar as almas é imolar por elas todo seu coração; dirigir as almas - é imolar por elas todo o seu tempo e edificar as almas - é imolar por elas todos os vícios, todos os apetites, todas as paixões, dando às almas isso que faz a suprema força a suprema fecundidade, a suprema glória do padre: o exemplo.
No exemplo, mais que em tudo; sim, no exemplo das virtudes está a alavanca com que o padre move o mundo e eleva às almas à aceitação voluntaria da religião. Onde não há o exemplo o padre não ama; não dirige, não edifica.
Onde o padre não ama, não dirige, não edifica - a doutrina católica não é verdadeiramente a alma do sacerdócio, porque, como demonstrado ficou, as virtudes morais são inerentes à doutrina, e tão inerentes a ela, que onde quer que prepondere a doutrina, incessantemente se produzem essas virtudes.
Não julgo licito, sob o ponto de vista da santidade, negar a decadência do sacerdócio no Brasil; e como querer que sem a santidade dos padres os incrédulos se convertam e a Nação se salve ?!
A corrupção do sacerdócio judeu foi o maior obstáculo oposto à obra de Jesus Cristo, quando este apareceu.
Diz um historiador ilustre, o padre Didon:
"O sacerdócio estava aviltado. Tremia perante a autoridade pagã. Dos padres, uns eram verdadeiramente cépticos, sem fé na alma, na imortalidade, na ressurreição, na Providência Divina. Outros não conheciam das Escrituras senão a letra, sem penetrarem jamais no sentido que elas encerram. Outros, observadores fanáticos do rito, viviam absorvidos só pela prática exterior do culto. Faltava ao sacerdócio a pureza, o amor ardente de Deus, a misericórdia para com o próximo, a penitência, a justiça, a retidão. Se virtude havia, esta era como que máscara encobrindo a cobiça e o orgulho".
Tão acima está do sacerdócio antigo o sacerdócio da nova lei, tão superior e mais santo deve ser este. Eu não aplico os conceitos de Didon, em todo o rigor, ao sacerdócio no Brasil, mas, pelos resultados negativos da doutrina católica, tenho por justificada a afirmativa que fiz: - os incrédulos não se converteram e a Nação não recua de sua apostasia, porque nós somos, - católicos sem penitência e padres sem santidade.
- É tempo, entretanto, de tomar um expediente, e a Deus pedi me inspirasse em favor dos católicos e padres uma, idéia, um pensamento, um alvitre, que julgo ser o deste conselho que vou dar.
Resolvamos os católicos e os padres, resolvamos sem hesitação nem maior perda de tempo, dar, custe o que custar, aos incrédulos e à nação o exemplo de penitência e o exemplo de santidade; ou fugir para longe das cidades e das vilas. Tem o Brasil muitas matas, muitos rochedos e muitas cavernas. Vamos todos esconder nos esconderijos o nosso opróbrio, a nossa ignomínia. Talvez que os incrédulos, não vendo os testemunhos que damos em contrário à nossa religião, deixem de duvidar e se convertam. Talvez, também nos recônditos do Brasil, na vastidão das florestas, entre as feras, muito mais aproveitemos nós próprios, e reconheçamos a nossa culpa.
A agilidade do veado nos ensinará quanto é grande, na obra de Deus, a nossa indolência, não correndo nunca na estrada dos mandamentos, nem voando nunca às conquistas que o trabalho oferece.
O olhar da onça nos ensinará quanto é cruel o sentimento que uns aos outros votamos às vezes misturando de ódio a fraternidade deve existir entre católicos(2), para que ninguém os veja, digladiando, como os filhos de Jocasta, no mesmo seio maternal.
A sinuosidade da serpente nos ensinará as astucias com que na nossa devoção tentamos enganar o projeto de Deus, preferindo os caprichos de nossa vontade às lições maternais da igreja.
O rugido estridente do leão nos ensinará quanto somos covardes, engolindo a palavra, não soltando o verbo, na defesa e reivindicação dos direitos da Igreja...
- Quem é este, ó Deus, quem é este que acaba de fazer o que eu fiz hoje neste púlpito?! Quem é este que acaba de exprobrar aos católicos não serem penitentes, e de exprobrar aos padres não serem santos? É de todos os padres o mais miserável, porque o mais imperfeito na virtude e o mais distanciado da santidade... Como e por que o revestiste de missão tão alta?! Sem dúvida, por que não achaste em todo o Brasil um que pudesse melhor provar o que disseste pela boca de São Paulo: "Deus escolhe os homens mais fracos e mais vis, para com eles confundir os fortes e os poderosos". Isto, porém, nem me despoja da pena da minha miséria, nem me isenta da pena devida à minha maldade, tão grande quanto é grande o sacerdócio que só por minha culpa não me tem santificado.
Senhor! Vós bem o sabeis. Um só padre indigno basta para corromper uma nação inteira e atrair sobre ela os castigos da Vossa justiça. Senhor! Vós bem sabeis o que eu sou. Compadecei-Vos de mim, oh! Deus, pela Vossa infinita misericórdia.

Notas:

1- "Três coisas concorrem principalmente para formar e aperfeiçoar os Santos: os seus costumes simples, as virtudes que praticam, as graças que recebem. O homem de fé sente-se abrasado em amor para com a obediência, quando a encara debaixo destes três aspectos." (Meditações sacerdotais por R.P.Graignon. S.J, Tomo II, 1934).
2- "Amar-vos-eis uns aos outros, disse Cristo, como Eu vos amei a vós - "não como amam aqueles que corrompem a inocência ou a fé" comenta o imortal Agostinho (ln Joannis Evang. trato 65 c 13 - Migne PL t. 35 col. 1808-1809); "não como os homens se amam uns aos outros, simplesmente porque são membros da mesma raça humana, mas como amam quantos sabem e professam que todos os homens são filhos de Deus, filhos do Altíssimo no qual se deve formar e aperfeiçoar à semelhança de irmão do único Filho gerado". (Sobre a caridade Pio XII e os problemas do mundo moderno, tradução e adaptação do Padre José Marins, 2.ª Edição, edições Melhoramentos.)