quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Falar bem / educação começa pelo ouvido

É a boa linguagem essencial à formação intelectual. A nossa condição de homens - seres inteligentes e sociais - impõe-nos a expressão verbal, tanto em benefício do próprio pensamento como por necessidade de comunicação ... para a educação não basta falar. Importa falar bem, isto é, exprimir-se com precisão e correção, pronunciar devidamente as palavras e mesmo entoná-las de acordo com a posição que ocupam no pensamento e na frase.

Essa aprendizagem começa no colo materno. A criança ouve e reproduz os sons. Se reproduz mal é porque apenas se inicia. O tempo, a ajuda e o esforço lhe darão a forma perfeita. Mas, se lhe falam mal, ela imita erros e deformações.

Pronúncias deformadas, finais truncadas, vícios de linguagem, cacoetes, etc., aprendidos do berço fixam-se, às vezes, para toda a vida. Há casos que nem as escolas superiores corrigiram. O descuido com rr e ll finais, de tão mau gosto, é muito freqüente entre nós.

Fazem mal os que adotam as inevitáveis deformações de falar das crianças, em vez de sempre pronunciar bem e empregar o termo devido, para lhes ir impregnando beneficamente o subconsciente. Incapazes ainda de articular devidamente as palavras, compreendem-nas no entanto.

O baixo nível cultural das amas é mais um motivo para cuidarem dos filhos pessoalmente as mães, e promoverem a educação das suas empregadas.

(O que fazer do seu filho - Pe. Álvaro Negromonte)

PS; grifos meus

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Sete Dores de Nossa Senhora - 15 de Setembro

Celebrada já no século XVII com grande solenidade pelos servitas, a festa das Sete Dores de Maria só em 1817 foi estendida à Igreja universal, em memória dos sofrimentos que a Santa Igreja padecera na pessoa do Pontífice exilado e detido e depois restituído à liberdade por intercessão da Senhora.

São Pio X elevou-a em 1908 à categoria de 2ª classe e em 1912 fizou-a a 15 de setembro, oitava da Natividade. Assim como a festa das Sete Dores no Tempo da Paixão nos lembra a parte que Maria teve no sacrifício de Jesus, esta no Tempo depois de Pentecostes diz-nos da compaixão que a Mãe do Salvador sente para com a Igreja, esposa de Jesus e com Ele crucificada, e cuja devoção às dores de Maria aumenta nos tempos calaminosos que atravessa.
(Missal Quotidiano e Vesperal - Por Dom Gaspar Lefebvre - 1951 - pág.1605)
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As sete dores:

1ª - As profecias de Simeão sobre Jesus (Lc, 2, 34-35)
2ª - A fuga da Sagrada Família para o Egito (Mt, 2, 13-21);
3ª - O desaparecimento do Menino Jesus durante três dias (Lc, 2, 41-51);
4ª - O encontro de Maria e Jesus a caminho do Calvário (Lc, 23, 27-31);
5ª - Nossa Senhora vive e presencia o sofrimento e morte de Jesus na Cruz (Jo, 19, 25-27);
6ª - Nossa Senhora recebe o corpo do Filho tirado da Cruz (Mt, 27, 55-61);
7ª - Nossa Senhora contempla o corpo do Filho a ser depositado no Santo Sepulcro (Lc, 23, 55-56).
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Nossa Senhora é Rainha dos Mártires (Por Santo Afonso Maria de Ligório)

 Rainha dos mártires pelos seguintes motivos:

- Duração e intensidade de suas dores.
- Nossa Senhora padeceu sem consolo.

Jesus é chamado Rei das dores e Rei dos mártires, porque em sua vida mortal padeceu mais que todos os outros mártires. Assim também é Maria chamada com razão Rainha dos Mártires, visto ter suportado o maior martírio que se possa padecer depois das dores de seu Filho.

São João Evangelista é reverenciado como mártir, não tenha embora morrido na caldeira de azeite fervendo, senão haja saído dela mais robustecido, como diz o Breviário. Para a glória do martírio, segundo São Tomás, basta que uma pessoa leve a obediência ao ponto de oferecer-se à morte. Maria; no sentir do Abade Oger, foi mártir não pelas mãos dos algozes, mas sim pela acerba dor de sua alma.

Duração

Assim como a Paixão de Jesus começou com seu nascimento, diz São Bernardo, também assim sofreu Maria o Martírio durante toda a sua vida por ser em tudo semelhante ao Filho.

Mais iluminada pelo Espírito Santo que todos os profetas, compreendia melhor do que eles as predições a respeito do Messias, registradas na Escritura. Mas sem medida tornou-se essa dor, desde o dia em que a Virgem ficou sendo Mãe de Jesus. Sofreu daí em diante um perene martírio.

Intensidade

Pois entre todos os martírios foi o mais longo e também o mais doloroso. "Ó Virgem bendita, como a amargura do mar excede todas as amarguras, assim tua dor excede todas as outras dores", - desta forma explica Hugo de S. Vítor. E São Bernardino de Sena chega a dizer que a intensidade de seu sofrimento tão aniquiladora foi, que, dividida por todos os homens, bastaria para fazê-los morrer todos, repentinamente. Segundo São Boaventura, as mesmas chagas que estavam espalhadas pelo corpo de Jesus, se achavam todas reunidas no coração de Maria.

Nossa Senhora padeceu sem consolo

Não só ela sofreu dores indizíveis, como também as sofreu sem alívio algum, na Paixão de seu Filho. Padeciam os mártires os tormentos a que os condenavam maus tiranos, porém o amor de Jesus tornava as dores amáveis e suaves.

Quanto mais os santos mártires amavam, pois, a Jesus, menos sentiam os tormentos e a morte. Bastava-lhes a lembrança dos sofrimentos de um Deus crucificado para consolá-los. Podia, porém, nossa Mãe dolorosa achar consolo no amor a seu Filho e na lembrança de seu sofrimento?
Não; justamente esse padecimento era todo o motivo de sua dor. O Filho que vos podia dar consolo era a causa única de vosso penar, e o amor que lhe tínheis constituía todo o vosso martírio. Cada um com o instrumento de seu mártirio, representam-se os mártires: S.Paulo com a espada; S.André com a cruz; S.Lourenço com a grelha. No entanto Maria é representada com o Filho morto, nos braços. Só Jesus foi o instrumento de seu martírio, por causa do amor que lhe consagrava. Ricardo de S.Vítor reduz tudo isso à concisa sentença: Nos mártires o amor era um consolo nos sofrimentos, em Maria, pelo contrário, cresciam as penas e o martírio na proporção do amor.

(Glórias de Maria - Tratado II)

domingo, 13 de setembro de 2009

Exaltação da Santa Cruz - 14 de Setembro


14 de Setembro - Exaltação da Santa Cruz

Allelúja, alellúja.
Dulce lígnum, dulces clavos, dúlcia ferens póndera: quae sola fuísti digna sustinére Regem caelórum et Dóminum. Allelúja.

Aleluia, aleluia.
Ó bendito lenho e benditos cravos que tão suave peso sustentastes, só vós fostes dignos de sustentar o Rei e Senhor dos Céus. Aleluia.

Beijar a Cruz

O sofrimento que, na intenção de Deus, se destina a purificar-nos, a santificar-nos, a aproximar-nos Dele, a levar-nos ao Céu, produz infelizmente, muitas vezes, efeito todo contrário. É que não sabemos sofrer.

Quando a cruz vier abater-se sobre nós, quando os espinhos nos ferirem a testa, não devemos morder nem a cruz nem os espinhos, mas beijá-los, pois trazem a Jesus Cristo, nosso divino Mestre. É preciso saber elevar-se acima das tempestades e da tormenta, submeter-se a Deus humildemente, confiar-se a Ele; é preciso ter paciência e esperar o Sol de Justiça, porquanto a vida do homem é uma vida passageira, cheia de provações e de mudanças; feliz de quem coloca a virtude acima das tempestades e das tormentas que lhe irrompem aos pés.

É preciso sobretudo descansar a sombra da árvore de vida do Calvário, sobre o Peito ardente do Salvador, e procurar viver mais Dele, para Ele e só Nele. É preciso conservar-se ainda mais unido a Deus, à sua sua Santa Cruz, e aguardar amorosamente a hora divina. Bem sei que, quando estamos sobre a cruz, no meio das dores da crucificação, fica-nos apenas um pensamento, um sentimento, o pensamento e o sentimento de sacrifício; tudo sofre então, tudo se torna em sorimento, tudo aumenta as provações. Coragem! É mister amar a Jesus Cristo até a morte, até a sepultura, até a ressurreição, até a ascensão triunfante.

(São Pedro Julião Eymard - pág. 236 e 237 - Volume V)

A caridade proíbe a maledicência

Natureza desse vício - Maldizer é dizer do próximo, sem necessidade ou sem razão suficente, um mal que é verdadeiro mas que se não deve divulgar. Um pintor representou a maledicência como um fera horrenda, com mandíbula e dentes de crocodilo e garras sangrentas que ainda seguravam pedaços de carne. A seus pés, três cadáveres: a honra, a reputação e a amizade. Depois disso, admirai-vos se comparam os maledicentes às sanguessugas, que gostam do sangue corrompido, aos abutres, que se libram sem parar sobre os jardins floridos, e que se atiram sobre cadáveres!

Desdenhando salientar as boas ações do próximo, as pessoas assim dispostas a fazer mau uso da sua lingua só lhes vêem os defeitos ou os vícios, e isso só pela satisfação de fazerem mal ou de parecerem ao corrente das coisas.

Seus danos - pela maledicência:

1º Causais dano ao próximo na sua reputação.
2º Feris a Deus num de seus filhos, pelo qual Ele quis morrer.
3º A vós mesma vos prejudicais, tornando-vos culpada de uma falta que facilmente pode tornar-se grave.

Aliás, refleti bem em que, cometendo uma maledicência,
- vós mesma pecais;
- fazeis pecar os que vos escutam;
- ficais responsáveis pelas conseqüências e pecados que a vossa maledicência produzir.

Que julgamento assim vos preparais! Como se compreendem, depois, disto, o juízo feito pelos Santos! "A maledicência, diz S.Francisco de Sales, é uma espécie de assassínio." "Aquele que fere com a língua, diz S.João Crisóstomo, faz uma chaga mais profunda do que a faria com os dentes. Atenta contra a vossa reputação, faz-vos um mal de que nunca sarareis. Mais criminoso do que o assassino, deve ele contar com um castigo rigoroso."

Suas fontes - A maledicência decorre geralmente ou da leviandade de caráter ou da inveja.

Uma moça inconsiderada fala a torto e a direito, gosta de divagar, de fazer rir as companheiras, diverte-se em criticar o próximo, em lhe atacar a reputação, em lhe revelar as faltas, os defeitos ... Isso faz passar o tempo, diz ela! ... Que triste brinquedo!
Uma moça invejosa é ainda mais culpada, pois quer o que faz e sabe o que diz. Persuadida de que a sua reputação e a sua honra aumentarão na medida em que diminuírem a reputação e a honra do próximo, ela maldiz para se fazer valer. Fala mal da companheira que a incomoda; vinga-se ... semelhante a uma víbora, morde, verte o seu veneno! ...

Se ninguém os escutasse, os maldizentes deixariam de falar. Os que os escutam com prazer são tão culpados como eles. Que procedimento deveis, pois, ter quando alguém maldisser dos outros diante de vós? Há várias maneiras de manifestar a vossa reprovação:

- Calar-vos, absterdes-vos de qualquer participação, não sorrir, não ter atitude alguma que possa ser considerada como uma aprovação.
- Desviar os golpes dados no próximo, levando jeitosamente a conversação para outro terreno.
- Dizer bem daquele a quem atacam, fazer-lhe sobressair as qualidades ou as virtudes ...
- Se a isso os autorizar a vossa posição, imponde silêncio. É melhor melindrar uma má língua do que deixá-la dilacerar diante de vós a reputação do próximo.
- Quando se falar mal de alguém, levantai alguma dúvida que possa atenuar o golpe, desculpai a intenção, manifestai compaixão pelo acusado, exigi que se reconheça a insuficiência de um "dizem" e que se sinta a necessidade de não prescindir de provas. Será pôr o maledicente em grande embaraço, porque as mais das vezes todos os boatos que circulam têm fontes impossíveis de achar.

"Pensai nisso, escrevia o P. Lacordaire: toda palavra tem seu livro, e tudo o que na terra não se escreve pela mão dos homens, é escrito no céu pela mão dos anjos. Cada dia, a cada instante, o inexorável buril da justiça divina recolhe o hálito dos vossos lábios, e grava-o, para vossa glória ou para vossa vergonha, nas tábuas da imortalidade."

(A fomação da donzela - Pe. Baeteman) 

sábado, 12 de setembro de 2009

A batalha contra a sensualidade

Quero, pois, que cada um de vós de divida em duas partes, como inimigas mortais uma da outra: a razão e a sensualidade. A razão deverá armar-se com a espada do ódio (pelo pecado) e do amor (pela virtude). Não deverá ser uma guerra feita de moleza, mas como vigor, porque ocorre matar a sensualidade, que nos faz perder a graça e nos afasta de Deus. Algumas vezes a sensualidade finge-se de morta, para cairmos em falta maior. Ela parecerá estar morta em nós, não sugerindo nenhuma tentação. Então nossas ações e pensamentos se elevam com fervor a Deus. Parece-nos estar no céu.

 Mas, se enfraquecermos a luta, se depusermos a espada e nos decuidarmos, a sensualidade se erguerá mais forte do que nunca, fazendo-nos cair miseravelmente.

Quero que assumais essa guerra, meus filhos, com a intenção de nunca fazer a paz. Ao contrário, que continuamente aumentemos a batalha, dando à sensualidade o que lhe desagrada e jamais o que é do seu agrado. O cão de guarda da consciência dará latidos para acordar a razão, de maneira que o menor sentimento passe pelo coração, sem ser previamente avaliado pela razão. Assim, que nenhum sentimento errado fique sem ser punido e repreendido. A maldosa sensualidade deve ser escrava da razão e esta, sua senhora.

Mas, se fordes negligentes e tíbios, jamais vencereis esta inimiga, a sensualidade, nem os outros dois inimigos, o demônio e o mundo. Foi por isso que disse desejar vos ver lutadores fortes, e sempre vencedores. Coragem, filhos! Tomais aquela espada e conservai-a sempre nas mãos do livre-arbítrio até o dia da morte, pois naquele dia desaparecerá este último inimigo, deixado por Deus para nossa utilidade, ou seja, para que se adquiram as virtudes com suor e o auxílio da graça divina. Nada mais acrescento.

(Cartas de Santa Catarina de Sena - nº 332-3, págs. 1094 e 1095)

PS: grifos meus

Dame Señor (Santo Tomás Moro)

Dame, Señor, un poco de sol,
algo de trabajo y un poco de alegría.
Dame el pan de cada día, un poco de mantequilla,
una buena digestión y algo para digerir.

Dame una manera de ser que ignore el aburrimiento, los lamentos y los suspiros.
No permitas que me preocupe demasiado
por esta cosa embarazosa que soy yo.

Dame, Señor, la dosis de humor suficiente
como para encontrar la felicidad en esta vida
y ser provechoso para los demás.
Que siempre haya en mis labios una canción,
una poesía o una historia para distraerme.

Enséñame a comprender los sufrimientos
y a no ver en ellos una maldición.
Concédeme tener buen sentido,
pues tengo mucha necesidad de él.

Señor, concédeme la gracia,
en este momento supremo de miedo y angustia,
de recurrir al gran miedo
y a la asombrosa angustia
que tú experimentaste en el Monte de los Olivos
antes de tu pasión.

Haz que a fuerza de meditar tu agonía,
reciba el consuelo espiritual necesario
para provecho de mi alma.

Concédeme, Señor, un espíritu abandonado,
sosegado, apacible, caritativo, benévolo, dulce y compasivo.
Que en todas mis acciones, palabras y pensamientos experimente el gusto de tu Espíritu santo y bendito.

Dame, Señor, una fe plena,
una esperanza firme y una ardiente caridad.
Que yo no ame a nadie contra tu voluntad,
sino a todas las cosas en función de tu querer.

Rodéame de tu amor y de tu favor.

Santíssimo nome de Maria

Como era costume entre os judeus, oito dias depois da Virgem SS. nascer, os seus pais deram-Lhe, inspirados por Deus, o nome de Maria. A liturgia, que celebra o SS. Nome de Jesus poucos dias depois do Natal, instituiu esta festa ao Santo Nome de Maria dentro da Oitava da Natividade. A Espanha, por aprovação do Romano Pontífice, concedida em 1513, foi a primeira a celebrar esta festa. Inocêncio XI, em 1683, estendeu-a à Igreja Universal, em ação de graças pela vitória alcançada por João Sobieski, rei da Polônia, sobre os turcos que tinham cercado Viena e ameaçavam o Ocidente.

O nome de Maria, que é hebreu, quer dizer em português, Senhora Soberana. E a Senhora é realmente Soberana, em virtude da soberania que Lhe foi conferida pelo Filho, Rei e Soberano do Universo.

Chamemos a Maria Nossa Senhora, pelo mesmo título que chamamos a Jesus Nosso Senhor. Pronunciar o Seu nome é afirmar o seu domínio, implorar o seu auxílio e colocar-mos debaixo da sua proteção maternal.

(Missal Quotidiano e Vesperal - por Dom Gaspar Lefebvre - 1951 -pág 1599)

"Amor ao ouro" - Esposa do santo e paciente Jó

Quem não conhece a célebre e bíblica mulher do santo e paciente Jô! Amava-o nos tempos de ventura e, ao vê-lo atirado aos horrores da doença, desprezou-o.
- Que ganhaste com tua vida de caridade e de serviço de Deus, marido? Vamos lá: bendize a Deus e morre!

 Foi este o ato de amor da famosa esposa. Por isso, também, um comentador dos Livros Santos assegura que dos flagelos, enviados por Deus ao paciente Jô, foi o maior de todos o haver-lhe deixado ... a mulher.

Não quadra na nobreza de uma esposa cristã amar o marido quando ele é feliz, tem saúde, tem fortuna, tem amigos, tem colocação e lhe pode dar vestidos, conforto, etc. Não; ela o amará na doença e nos reveses, seja lá qual for a sua posição social e econômica. Para São Paulo é natural que, ao sofrer a cabeça, compadeçam com ela todas as partes do corpo. Na família é o marido o chefe e cabeça, com direitos para chamar a si o amor compassivo de sua esposa. Quando te dói a cabeça, leitora, pensas em arrancá-la, em assentá-la na parede? E porque desejar mal ao marido quando se torna pesado à casa? Porque convidá-lo a ... morrer, na amável linguagem da mulher de Jô?

Se o amavas quando era rico e, como pobre, lhe negas afeição, provas que tinhas amor “ao ouro”. É afirmação de Santo Agostinho. Que belo e interesseiro amor esse que se baseava na satisfação de tuas vaidades, de teu conforto! Pobre marido que tem os ouvidos atormentados por recriminações, só porque outra lhe é agora a saúde, a fortuna, a colocação, a sorte, embora lhe seja o mesmo amoroso coração no peito.

Nesse caso, bem se vê que a mão de Deus o prova rudemente. Pois lhe deixou ao lado a esposa que fala “como uma das loucas”.

(As três chamas do lar - Pe. Geraldo Pires de Souza - págs 88 e 89)

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O filho único e a família numerosa

Os esposos que reduzem o número de filhos, sob pretexto de melhor pertencerem-se um ao outro, pretexto e restrição baseados no egoísmo, cria um ambiente familiar susceptível de prejudicar, grandemente, o desabrochar das qualidades morais infantis.

Não se pode comparar a influência espiritual, da casa do filho único, com a do que vive no meio de numerosos irmãos. As condições necessárias, à formação do caráter, são desfavoráveis quando o educando é sozinho a aproveitar os benefícios da vida do lar. Facilmente, ele é levado a crer que tudo lhe é devido, pois, sempre recebe, sem jamais partilhar. Torna-se, exageradamente, mimado por seus pais, que não repartem com outros seus cuidados e suas ternuras.

É da mais alta importância que o ambiente onde evolui a criança, permita a eclosão das boas e das más inclinações, a fim de que, conhecidas desde os primeiros anos, elas possam ser, facilmente, orientadas ou reprimidas. Numa família onde os filhos são numerosos, os caracteres manifestam, desde cedo, suas secretas tendências e cada um acha-se na obrigação de adaptar-se, corrigindo ou dominando seus defeitos. Se não o faz de moto próprio, as reações dos irmãos infligem-se, por bem ou por mal, lições salutares.

A repressão das paixões é facilitada pelo fato de os desentendimentos nascerem espontaneamente nas relações cotidianas da criança. Graças aos choques dos temperamentos, podem os educadores decobrir, ao vivo, as tendências de cada um. Bem longe de serem considerados simples distribuidores de benefícios materiais, como, muitas vezes, os representa o filho único, eles simbolizam a autoridade encarregada se restabelecer a paz, quando esta é pertubada, juízes que atalham, imparcialmente, as contendas, castigando, ou, recompensando, segundo as circunstâncias.

Pelo contrário, o verdadeiro caráter do filho único permanece, muitas vezes, escondido e impenetrável. É uma água adormecida, que não foi agitada pela tempestade das brigas infantis. É, de recear-se, que suas paixões só manifestem-se tardiamente, quando ele deixar o ambiente de casa, para chocar-se com as dificuldades e tentações da vida. Já não será mais tempo de intervir com proveito.

Na família numerosa, a criança, por ser obrigada a prestar serviços à comunidade, forma-se, naturalmente, no esquecimento de si e na generosidade. Enquanto que, sendo única, torna-se propensa no egoísmo por ser, sempre servida, sem jamais ter de pensar nos outros.

(Pequeno tratado de pedagogia - Cônego Jean Viollet - págs 35 e 36)

PS: grifos meus

A educação religiosa dos filhos, começa nos joelhos dobrados da mãe!

A educação não pode ser eficaz sem a instrução religiosa, a qual deve começar nos joelhos da mãe.

Ó mães cristãs, ensinai a vossos filhos a amar a Deus, o Pai nosso bondossímo que está no céu ... que nos criou ... , que nos conserva em vida, que incessantemente nos dá novos benefícios.
Infundi, em seus coraçõezinhos o santo temor de Deus, que sempre está presente, porque está em toda parte, que tudo vê, tudo ouve e a todos recompensa ou castiga.

Oh! inspirai-lhes um grande horror ao pecado, que ofende a Deus, atrai os castigos e merece o inferno.

O coração dos pequenos, como cera mole, receberá impressões salutares, que dificilmente se apagarão. A medida que crescem, continuai a subministrar-lhes uma educação religiosa mais sólida e completa. Habituai-os em tempo à oração, à freqüentar a Igreja, a prática dos Sacramentos. Enviai-os ao Catecismo*, às prédicas e instruções sobre religião. Ensinai-lhes a rezar e exigi que rezem bem: isto é, devagar, recolhidos, devotos, com todo o respeito que se deve a Deus, e ao lugar santo que é a Igreja.

Observai bem: quando e como vossos filhos perdem o amor à Igreja, à oração e aos Sacramentos?

Quando começam a rezar mal, a perder o respeito ao lugar santo, e a aproxirmar-se dos Sacramentos da Confissão e da Comunhão com indiferença e sem respeito. Vós também rezai cada dia com eles, para que o Bom Deus vo-los conserve sempre bons. Os filhos são vossas jóias as mais preciosas.

(Casai-vos bem -  Pe.Luís Chiavarino - págs 114 e 115)

Notra do blog
* É importante conhecer o local onde farão o catecismo e principalmente quem o dará, se faltar a doutrina correta, os pais em caráter emergencial podem e devem se encarregar exclusivamente dessa função, daí a necessidade dos pais educadores conhecerem profundamente o catecismo.

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

La autoridad de la familia - Papa Pio XII

LA AUTORIDAD DE LA FAMILIA:
1) MARIDO Y MUJER

10 de Septiembre de 1941. (Ecclesia, 15 de Oct. de 1941)

Cuando hace unos días, queridos recién casados, bajo la mirada de Dios y en presencia del sacerdote, haciéndoos ministros del gran Sacramento que recibíais, cambiasteis recíprocamente vuestro solemne y libre consentimiento en la obligación de indisoluble comunidad de la vida, sentisteis en ese sagrado acto, dentro de vuestra alma, que estabais y obrabais en condiciones de perfecta igualdad, de manera que el contacto matrimonial ha sido concluido entre vosotros con plena independencia, como entre personas que tienen derechos estrictamente iguales. Allí se manifestó vuestra dignidad humana en toda la grandeza de su libre voluntad. Pero en aquel mismo momento fundasteis una familia.

Ahora bien, toda familia es una sociedad de vida; toda sociedad bien ordenada requiere un jefe; toda potestad de jefe proviene de Dios. Por eso también la familia fundada por vosotros tiene un jefe investido por Dios de autoridad sobre aquella que se le ha dado por compañera para constituir su primer núcleo, y sobre aquellos que con la bendición del Señor vendrán a acrecentarlo y alegrarlo, como vigorosos retoños alrededor del tronco del olivo.

Sí; la autoridad del jefe de la familia viene de Dios, como vino de Dios a Adán la dignidad y la autoridad de primer jefe del género humano, dotado de todos los dones que había de transmitir a su progenie; por eso él fué formado primero, y Eva después; y, como dice San Pablo, Adán no fué engañado, sino que fué la mujer quien se dejó seducir y prevaricó1. La curiosidad de Eva al mirar el hermoso fruto del Paraíso terrestre, y su conversación con la serpiente, ¡cuánto daño causaron al primer hombre, a ella misma, a todos sus hijos y a nosotros! A ella, además de multiplicarle los afanes y los dolores, Dios le dijo que quedaría sometida al marido2. ¡Oh esposas y madres cristia-nas! No cedáis nunca a la sed de usurpar el centro de la familia. Vuestro cetro – cetro de amor – debe ser el que os pone en las manos el Apóstol de las gentes; el salvador, mediante la procreación de los hijos, si os conserváis en la fe, en la caridad y en la santidad, con modestia3.

204. En la santidad, por medio de la gracia, los cónyuges están unidos con Cristo de un modo igual e inmediato. En verdad, aquellos que han sido bautizados en Cristo y se han revestido de Él – escribía San Pablo –, son todos hijos de Dios, y no existe diferencia entre hombres y mujer, porque todos son uno solo en Cristo Jesús4. En cambio, en la Iglesia y en la familia, en cuanto son sociedades visibles, la condición es diferente. Por eso el mismo Apóstol amonestaba: “Quiero que sepáis que la cabeza de todos los hombres es Cristo, y la cabeza de la mujer es el marido, y la cabeza de Cristo es Dios5. Del mismo modo que Cristo, en cuanto hombre, está sometido a Dios, y todo cristiano está sometido a Cristo, del cual es miembro, así la mujer está sometida al hombre, el cual, en virtud del matrimonio, se ha convertido con ella en una sola carne6.

1 I Tim. II, 13-14.
2 Gen. III, 16.
3 I Tim. II, 15.
4 Gal. III, 26-28.
5 I Cor. XI, 3.
6 Mt. XIX, 6.

El gran Apóstol advertía la necesidad de recordar esta verdad y este hecho fundamental a los convertidos de Corinto, porque muchas ideas y costumbres del mundo pagano se los podían haber hecho olvidar fácilmente, o no comprenderlos y desfigurarlos. ¿No sentiría quizá la misma necesidad de sus amonestaciones, si hablara con no pocos cristianos de hoy día? ¿No sopla en nuestros tiempos un aire malsano de paganismo renacido?

205. Las condiciones de vida que se derivan al presente del estado económico y social, por lo que se refiere a la orientación hacia las profesiones, las artes y los oficios, y por la entrada de hombres y mujeres en las fábricas, en las oficinas y en los diversos empleos, tienden a engendrar e introducir prácticamente una amplia paridad de las actividades de la mujer con las del hombre, de tal manera que los esposos se encuentran no pocas veces en una situación que casi raya en la igualdad. Marido y mujer ejercen a menudo profesiones de la misma categoría, aportan con su trabajo personal una contribución casi idéntica al presupuesto familiar, al tiempo que, por su mismo trabajo, se ven obligados a llevar una vida asaz independiente el uno del otro.

Mientras tanto, los hijos que Dios les envía, ¿qué vigilancia reciben, qué custodia, qué educación, qué instrucción? Se les ve, no digamos abandonados, pero sí muy a menudo entregados desde el principio a manos extrañas, formados y guiados por otros más que por su madre, apartada de ellos por el ejercicio de su profesión. ¿Qué de extraño tiene que se debilite y disminuya, hasta perderse, el sentido de la jerarquía familiar, si el gobierno del padre y la vigilancia de la madre no consiguen hacer grata y amable la conveniencia doméstica?

206. Sin embargo, el concepto cristiano del matrimonio, que San Pablo enseñaba a sus discípulos de Éfeso, lo mismo que a los de Corinto, no puede ser más abierto ni mas claro: “Las mujeres deben estar sometidas a sus maridos, lo mismo que al Señor: porque el hombre es la cabeza de la mujer, como Cristo es la cabeza de la Iglesia... Como la Iglesia está sometida a Cristo, así también las mu-jeres deben estarlo a sus maridos en todo. Vosotros, hombres, amad a vuestras mujeres como Cristo amó a la Iglesia y se entregó Él mismo por ella. Cada uno de vosotros ame a su mujer como a sí mismo, y la mujer respete a su marido1.

Esta doctrina y esta enseñanza de Pablo no son otra cosa que la enseñanza y la doctrina de Cristo. El Divino Redentor vino a restaurar de esta manera lo que el paganismo había trastornado. Atenas y Roma, faros de la civilización, aunque derramaron tanta luz de naturaleza sobre los víncu-los familiares, no consiguieron, ni con las altas especulaciones de la filosofía, ni con la sabiduría de la legislación, ni con la severidad de la censura, colocar a la mujer en su verdadero puesto en la familia.

En el mundo romano, a pesar del respeto y la dignidad de que estaba rodeada la madre de familia: “Uxor dignitatis nomen est, non voluptatis2, la mujer estaba jurídicamente sometida, según el antiguo derecho quiritario, a la ilimitada y total potestad del marido o del pater-familias, que tenía el dominio de la casa “qui in domo dominium habet3, porque también ella estaba “in mariti manu mancipioque aut in eius, in cuius mariti manu mancipioque esset4. Por eso el austero censor Catón proclamaba delante del pueblo romano: “Maiores nostri nullam, ne privatam quidem rem agere feminas sine tutore auctore voluerunt; in manu esse parentum, fratrum, virorum5.
Pero en los siglos posteriores, caído en desuso todo el derecho gentilicio de los antiguos6, aquella férrea disciplina desapareció, y las mujeres quedaron prácticamente dependientes de toda autoridad marital.

Es cierto que continuaron dándose nobles ejemplos de mujeres y madres excelentes, imitadoras de las antiguas matronas, como aquella Ostoria, de ilustre familia, de la cual un sarcófago recientemente descubierto en las criptas vaticanas – ya mencionado por Nos en otra ocasión – ha conservado en su inscripción, probablemente del siglo III después de Cristo, este elogio: “Inconparabilis (sic) castitatis et amoris erga maritum exempli feminæ7, documento que sobrevive para demostrar que semejantes virtudes de castidad y de fidelidad conyugal., aun siendo entonces demasiado raras, no cesaban de merecer la estimación de los romanos.

1 Ef. V, 22-25, 33.
2 Spartiani Aelius Verus, %, 12. (N. T.: “el nombre de mujer es nombre de dignidad, no de placer”).
3 Ulpiano, L. 195, 2, De v. s. 50-16. (N. T: “que tiene el dominio en la casa”).
4 Gellii Noctium Attic. XVIII, 69. (N. T.: “en poder y servicio del marido, o de aquel a quien tiene al marido en su poder y servicio”).
5 Títo Livio Ab urbe cond. L. 34, c. 2. (N. T.: “nuestros antepasados prohibieron a las mujeres desempeñar cualquier cargo, aún privado, sin la autorización de un tutor; las querían sujetas a sus padres, a los hermanos, a los hombres”).
6 Gaii Institut. III, 17.
7 N. T.: “mujer de incomparable castidad, modelo de amor hacia su marido”.

Pero a tales caracteres irreprensibles se oponía y contrastaba el número siempre creciente de mujeres, especialmente de la alta sociedad, reacias y esquivas a los deberes de la maternidad, ansiosas de ocupaciones y de aptitudes propias hasta entonces solamente de los hombres, al mismo tiempo que, con la multiplicación de los divorcios, la familia se iba disolviendo, y las costumbres y los afectos femeninos se desviaban del camino recto de la vida virtuosa, hasta el extremo de arrancar a Séneca la conocida amarga lamentación:

"¿Por ventura queda alguna mujer que se ruborice de romper el matrimonio, después que tantas ilustres y nobles damas cuentan sus años no por el número de los Cónsules, sino por el de los maridos, y se divorcian para casarse, y se casan para divorciarse?"1. La, mujer tiene un gran poder sobre la moral pública y privada, por que tiene un gran poder sobre el hombre: recordad que Eva, seducida por la serpiente, dió el fruto prohibido a Adán, y éste también lo comió.

Restablecer en la familia la jerarquía indispensable a su unidad y a su felicidad, y restituir al mismo tiempo el amor conyugal a su primitiva y verdadera grandeza, fué una de las mayores obras del cristianismo desde el día en que Cristo afirmó a la faz de los fariseos y del mundo: “Quod ergo Deus coniunxit, homo non separet2, lo que Dios ha unido, no intente separarlo el hombre. Esta es la jerarquía esencial de naturaleza, insita en la unidad del matrimonio, que la Divina Providencia creadora ha señalado con las cualidades distintas, recíprocamente complementarias, de que quiso dotar al hombre y a la mujer: “Ni el hombre sin la mujer, ni la mujer sin el hombre, según el Señor3, exclamaba San Pablo.

Al hombre la primacía en la unidad, el vigor en el cuerpo, los dones necesarios para el trabajo con que ha de proveer y asegurar el sustento de la familia; a él le fué dicho, en efecto: “Con el sudor de tu frente te ganarás el pan”4. A la mujer le ha reservado Dios los dolores del parto, los trabajos de la lactancia y de la primera educación de los hijos, para los cuales no valdrán nunca tanto los mejores cuidados de personas extrañas, como las afectuosas solicitudes del amor maternal.

Pero sin dejar de mantener firme la dependencia de la mujer respecto al marido, sancionada en las primeras paginas de la Revelación5, el Apóstol de las gentes recuerda que Cristo, todo misericordia para nosotros y para la mujer, ha endulzado ese poco de amargura que aun quedaba en el fondo de la Ley antigua, y ha mostrado, en su divina unión con la Iglesia, desposada con Él “la sangre bendita”, cómo la autoridad del jefe y la sujeción de la esposa, sin que se mermen en nada, pueden ser transfiguradas por la fuerza del amor, de un amor que imite a aquel con que Él se une a su Iglesia; y de que manera la constancia del mando y la docilidad respetuosa de la obediencia pueden encontrar, en un amor activo mutuo, el olvido de sí mismo y el generoso don reciproco, de tal modo que también de aquí nazca y se consolide la paz doméstica que, como una flor del orden y del cariño, fué difundida por San Agustín como la ordenada concordia de mandar y de obedecer entre aquellos que viven juntos: “Ordinata imperandi obediendique concordia co-habitantium”6. Este ha de ser el modelo de vuestras familias cristianas.

Vosotros, maridos, habéis sido investidos de la autoridad. Cada uno de vosotros es el. jefe en vuestro hogar, con todos los deberes y las responsabilidades que este título significa. No dudéis ni vaciléis, pues, en ejercer dicha autoridad; no os sustraigáis a esos deberes, no huyáis de esas responsabilidades. La indolencia, el descuido, el egoísmo y la distracción no os deben hacer abandonar el timón de la navecilla de vuestra casa, confiado a vuestras manos; pero, ¿qué delicadeza, qué respeto, cuánto cariño deberá demostrar y practicar vuestra autoridad, en cualquier circunstancia alegre o triste, respecto a aquella que habéis escogido para compañera de vuestra vida? Como dice el gran Obispo de Hipona antes nombrado, vuestros mandatos deben tener dulzura de consejos, para que la obediencia obtenga de ellos consuelo y estímulo.

En la casa del cristiano, que vive por la fe y es todavía peregrino hacia la ciudad celeste, los mismos que mandan sirven a aquellos sobre los que parecen mandar; porque no mandan por ansia de señorear, sino por oficio de aconsejar; no por soberbia de prevalecer, sino por misericordia de proveer7. Tomad ejemplo de San José. Él contempla ba frente a sí a la Santísima Virgen, mejor, más alta y más excelsa que él mismo; un respeto soberano le hacía venerar en ella a la Reina de los ángeles y de los hombres, a la Madre de Dios: sin embargo, él permanecía y continuaba en su puesto de jefe de la Sagrada Familia, sin faltar a ninguna de las altas obligaciones que le imponía semejante título.

Vosotras, esposas, levantad vuestros ánimos. No os contentéis con aceptar y casi soportar esta autoridad del marido, a que Dios os ha sometido en las ordenaciones de la naturaleza y de la gracia. Debéis amarla en vuestra sincera sumisión, y amarla con el mismo amor respetuoso que tributáis a la misma autoridad de nuestro Señor, de la cual proviene toda potestad de jefatura. Sabemos bien que del mismo modo que la paridad en los estudios, las escuelas, las ciencias, los deportes y las competiciones hace subir el orgullo a no pocos corazones femeninos, así también vuestra susceptible sensibilidad de mujeres modernas, jóvenes e independientes, se plegara, no sin dificultad, a la sujeción casera.

En torno a vosotras, muchas voces os la representarán como una cosa injusta, os sugerirán un dominio más altivo de vosotras mismas; os repetirán que sois iguales en todo a vuestros maridos, incluso superiores a ellos en muchos aspectos. Delante de esas voces serpentinas, tentadoras, no seáis como otras tantas Evas que se dejen desviar del camino que únicamente puede conduciros, incluso aquí abajo, a la verdadera felicidad. La mayor independencia, a la cual tenéis un derecho sagrado, es la independencia de un alma fuertemente cristiana delante de las imposiciones del mal.

Allí donde surja la obligación, y grite y advierta a vuestra mente y vuestro corazón, cuando os halléis frente a cualquier mandato que vaya contra los preceptos inviolables de la ley divina, contra los deberes imprescriptibles de cristianas, de esposas y de madres, allí debéis conservar y defender respetuosamente, tranquilamente, afectuosamente, pero firmemente e irrevocablemente, toda la inalienable Y sagrada independencia de vuestra conciencia.

A veces hay en la vida días en que relampaguea la hora de un heroísmo o de una victoria de la que Dios y los ángeles son, en el secreto, los únicos e invisibles testigos. Pero en todo lo demás, cuando se os pida el sacrificio de un capricho o de una preferencia personal, aun muy legítimas, alegraos de que estas leves renuncias encuentren su compensación ganando cada día más el corazón que se ha dado a vosotras, acrecentando y robusteciendo continuamente aquella íntima unión de pensamientos, de sentimientos y de voluntades que es el único medio que podrá haceros factible y dulce la alta misión que se os ha confiado respecto a vuestros hijos, misión que se perturbaría gravemente por cualquier falta de concordia entre vosotros.

Y puesto que en la familia, como en cualquiera asociación de dos o más personas en atención a un fin, es indispensable una autoridad que la encamine y la dirija hacia ésta, salvaguardando eficazmente la unión, vosotras debéis amar ese vínculo que hace de ambos un solo querer, aunque en el camino de la vida el uno vaya por delante y la otra le siga; debéis amarlo con todo el amor que sentís por vuestro hogar doméstico.

La bendición apostólica que os damos desde el fondo de Nuestro corazón paterno, sea para vosotros, queridos recién casados, prenda de gracias cada vez más abundantes cuanto más avancéis en el sendero de la vida, gracias que os ayudarán a perseverar en esta unión de vuestras almas y en la fidelidad absoluta a vuestros recíprocos deberes.

1 Séneca, “De Beneficiis”, L. III, 16, 2.
2 Mt. XIX, 6.
3 I cor. II, 11.
4 Gen. III, 19.
5 Gen. III, 16.
6 De Civ. Dei, L. 19, c. 14. (N.T.: la armonía, ordenada en el mandar y obedecer de los que conviven juntos”).
7 San Agustín, loc. cit.

(Papa Pio XII y la familia cristiana - Discursos del Papa a los recién casados ente los años 1939 y 1943)

PS: Grifos meus

Treinem as Jovens

O prurido de independência das moças modernas não prognostica harmonia no lar. Todos reconhecem com Pio XI, que “a submissão da mulher ao marido pode variar quanto ao grau e ao modo, conforme a condição das pessoas, dos lugares e dos tempos”. Mas as leis naturais não se desfazem nem se aniquilam – e o homem continuará sempre a presidir a família, cuja estrutura obedece às leis estabelecidas por Deus.

Na lamentável mania de copiar a América do Norte, não falta quem aponte como um ideal a independência das moças americanas. Mas não lhe ocorre que é o pais em que são mais numerosos os divórcios. E há relação entre essa independência e o divórcio:  nas classes em que as esposas são menos “emancipadas”, os divórcios são menos freqüentes, como também o são entre os imigrantes, cujas mulheres guardam o regime doméstico natural.

Às moças importa, pois, acalmar os pruridos de independência. A liberdade de que gozam em solteiras tem de sofrer restrições no matrimônio. Acostumem-se a esta idéia, que é a verdadeira. Num inquérito realizado por mim com numerosas moças casadouras, quase todas pensavam em continuar “trabalhando fora” quando casassem, a fim de manter a própria independência! O trabalho da mulher fora do lar já de si tão contra-indicado, agrava-se com este novo perigo.

Aprendam a submeter-se. Aceitem conselhos, para ... segui-los. Ouçam com calma e sem amargores as admoestações. Recebam ordens sem se irritar, e procurem cumpri-las com prontidão, ainda quando não correspondam a seus desejos. Conformem-se com papéis subordinados. E sobretudo abram mão do desejo de dominar.

Muitas jovens pensam na “felicidade” de governar o marido. Num interessante estudo sobre o sucesso ou fracasso no matrimônio, o Prof. Cotrell Júnior chegou a conclusões muito curiosas, ditadas por ampla pesquisa. São muito mais infelizes os casamentos em que o marido é mais fraco; mais mesmo do que quando o marido é muito mais forte. Sim, um ditador em casa é horrível; mas um moleirão, um palerma, deve ser pior. E não pensem que o mais desejável seja o equilíbrio de forças. De fato, quando o marido e esposa são iguais, os índices de felicidade matrimonial foram bem altos. Mais altos, porém, foram quando o marido é um tanto mais forte.

Está indicado o caminho para a aprendizagem necessária à “ordem do amor” no futuro lar, cujos cuidados requerem a presença da esposa e constituem seu dever específico.

(Noivos e esposos - Pe. Álvaro Negromonte)
PS: grifos meus