sábado, 23 de abril de 2016

3. ANTES DO NASCIMENTO

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.


II. CONDIÇÕES DE ÊXITO
3.      ANTES DO NASCIMENTO 
A educação de uma criança começa 20 anos antes do seu nascimento, pela educação de sua mãe. Não haverá uma parte de verdade nessa frase de Napoleão?
A experiência, de um lado, e os últimos estudos científicos sobre a hereditariedade, de outro, não nos mostram que uma mãe marca profundamente o filho com as suas próprias marcas?
• Se há um período durante o qual a mãe desempenha papel preponderante para o que serão as tendências e os traços morais de seu filho, é o período pré-natal, durante o qual ela pode dizer verdadeiramente: “Eu sou também ele; ele é qualquer coisa de mim”, de tal maneira é íntima a participação orgânica do filho em sua mãe, tão grande é também a interdependência entre o físico e o moral.
• No curso desses nove meses de pré-educação, que a jovem mãe sempre repita: posso ajudar meu filho a tornar-se o que ele deve ser, sendo-o eu mesma; posso ajudar meu filho a ser calmo, permanecendo calma, a ser sorridente, tendo eu o sorriso; a ser forte, sendo eu corajosa; a ser puro, afastando eu todo devaneio malsão; a ser bom, sendo eu benevolente para todos. 
   • No plano sobrenatural, de que manto de graças pode uma jovem mãe envolver o filho por pouco que ela pense, de tempos em tempos, na presença concomitante nela do Cristo pela graça, e do seu rebento pelo sangue, por pouco também que em união com Maria ela ofereça o pequeno ser à luz divina.
Mística, dir-se-á talvez! Simples lógica de nossa fé...
• Não é tempo perdido para uma jovem futura mãe reservar cada dia, por exemplo, no começo da tarde, alguns minutos para repousar, deitada. Ocasião maravilhosa de volta à calma e de aprofundamento interior.
• As melhores condições físicas e psicológicas para que a criança se desenvolva de modo mais sadio possível consistem em que o filho seja o mais desejado possível.
• Certas crianças chegam quase a se sentir culpadas de haverem nascido. A criança não tem apenas necessidade de ser alimentada, tem também necessidade de ser amada. 
• Há crianças que são desejadas pela mãe como compensação de sua infelicidade conjugal; há aí um desejo cativante (por amor de si mesma, o desejo de reencontrar-se no filho), há quase como um papel de filho vingador que se procura fazê-lo desempenhar. Não há como aí encontrar garantias de um feliz desenvolvimento. Ao contrário, as melhores condições se realizam quando o filho é desejado, não tanto como filho, mas como consagração do amor mútuo, quer dizer, quando a mulher deseja um filho “de seu marido” (e o marido “de sua mulher”).