O INFERNO
O inferno com seus tormentos
seus gemidos, seus lamentos
não me faz estremecer!
Mas sim ver que me condeno
em penas do fogo eterno
sempre a Deus a aborrecer!
Do meu Deus já separado
que direi, já condenado?
Qual será minha aflição?
Só terei cruéis horrores,
tristeza, penas e dores
raiva e desesperação!
Pois não posso já salvar-me
nem sequer aliviar-me
das penas que vou sofrendo!
O tempo choro perdido,
em que pude, arrependido,
conquistar o Céu, querendo!
Triste inferno só ganhei,
trocando de Deus a lei
por um vil prazer, fugaz!
Neste fogo, ardendo sempre,
sem descaso, eternamente,
nunca mais posso ter paz!
(Sagrada Família, por um padre redentorista, 1910)
Nota: Aproveitamos para indicar a leitura deste excelente livro de Santo Afonso Maria de Ligório: