sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

A Mãe segundo a vontade de Deus/ XX- De alguns outros defeitos das crianças

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos, 
do célebre Padre J. Berthier, M.S
Edição de 1927


XX- De alguns outros defeitos das crianças

A sabedoria do mundo, diz S. Gregório, consiste em ocultar, por meio de mil invenções e subterfú­gios, tudo o que temos no coração, velando os sen­timentos sob as palavras... Mas a sabedoria dos justos consiste, pelo contrário, em nada esconder, sobre falsos exteriores, servindo-se da palavra, para ser a intérprete do pensamento. É preciso, escrevia Fénelon, que todas as palavras, que se dizem às crianças, sirvam para lhes fazer amar a verdade, e para lhes inspirar o desprezo de todas as dissimula­ções. Por isso não é bom servir-se de qualquer fin­gimento para sossegá-los, ou para fazê-los persuadir de qualquer assunto. Nem se devem fazer promessas ou ameaças, que eles conheçam não deverem ter execução (Rollin). Seria ensiná-los a ter dissimulações.

A Mãe segundo a vontade de Deus/ XIX- Da vanglória

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos, 
do célebre Padre J. Berthier, M.S
Edição de 1927


XIX- Da vanglória

A sede das honras é também um dos defeitos dominantes do nosso século. Uma mãe segundo a vontade de Deus fará notar a seus filhos o nada das glórias deste mundo, cujo brilho enganador fascina tantas almas; ensinar-lhes-á a amar um gênero de vida simples e modesto, e a contentar-se com a condição de seus pais, sem procurar ele­var-se à força de intrigas. «A senhora Acarie nada desprezava, para inspirar a humildade a seus filhos, porque ela considerava essa virtude, como o fun­damento da vida cristã. Posto que pertencessem a uma família nobre, nunca os tratava, nem deixava que os outros os tratassem, senão pelo nome do batismo.»

Por maior que fosse a vontade que os seus criados tivessem de lhe servir os filhos, ela queria muitas vezes, que estes se servissem a si próprios.

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXXVI

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


LAPIDAÇÕES DE AMOR

Almas Minhas, que tanto desejais a perfeição, vou hoje mostrar-vos que Meu amor é o cinzel sagrado, que vai lapidar vossa alma, para que as Minhas divinas perfeições em vós se reflitam. As muralhas da Pátria amada, disse João no seu Apo­calipse, são formadas de pedras preciosas. Sim, é por esta linguagem que podereis compreender as riquezas, que se acham no Céu...

Vou hoje, amadas Minhas, dizer-vos que vós sois também pedras preciosas, que um dia haveis de ornar a Minha cidade santa; mas é preciso que estas pedras sejam de valor e bem lapidadas, formando já neste mundo as muralhas de Minha Santa Igreja, para que os Meus inimi­gos nela não entrem.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

A Mãe segundo a vontade de Deus/ XVIII- Da bondade para com os iguais e os inferiores

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

A Mãe segundo a vontade de Deus ou Deveres da Mãe Cristã para com os seus filhos, 
do célebre Padre J. Berthier, M.S
Edição de 1927


XVIII- Da bondade para com os iguais e os inferiores

Pai da revolta contra a autoridade, o orgulho também cria, para com os iguais, a dureza de cora­ção, e o desprezo para com os inferiores.

Se nada há mais nobre do que sacrificar-se a si próprio, com seus gostos e interesses, por dedicação para com o próximo, nada há mais vil do que tudo querer para si. Uma mãe cristã, atenta a formar em seus filhos uma grande bondade de coração, e em destruir neles o egoismo, falar-lhes-á muitas vezes daquele que, por amor dos homens, se aniqui­lou a ponto de tomar a forma de escravo, e até de morrer sobre uma cruz. Far-lhes-á contrair o cos­tume de fazerem às outras crianças todos os servi­ços que lhes poderem fazer, e sobretudo de terem um terno amor para com seus irmãos e irmãs.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXXV

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


DO GETSÊMANI AO CALVÁRIO

Alma ditosa, o que desejas? Ouço que Me dizes: Amar-te, Senhor, como vós Me amais! Sim, alma Minha, este teu desejo Me é muito agradável. Perguntas-me se é difícil Me amar? Não, alma ventu­rosa, não é difícil, pois amar-Me depende somente de tua boa vontade. Escuta como os anjos cantam na terra paz aos homens de boa vontade! Vejo, Minha filha, que está ansiosa para que te ensine a Me amar. Como isto Me agrada. Ouve bem, retira-te à solidão de Meu Coração, porque o teu é muito pequenino, para encerrar a Minha imensidade.

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXXIV

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


IMITAÇÃO DE MARIA

Estará já completa a nossa alma?

Ah! não; Esposa Minha, para ser perfeita a nossa obra, falta ainda a imitação de Maria, Minha Mãe; não só deves imitá-lA, mas ainda para ser completa a nossa obra, por amor, tomarás a obrigação de falar desta Mãe a quem tanto amo, e da qual fiz a distribuidora de Meus divinos favores. Eis porque, depois de seres fiel imitadora das virtudes de Maria, deves, por amor, falar desta que foi escolhida, entre todas as mulheres, para ser a Minha escada, para descer até vós e para vos livrar do cativeiro do pecado.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXXIII

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


O ZELO

Está, porventura, completa a nossa obra? Ah! não ainda; é também necessário o zelo pela Minha glória, sem o qual a mansidão não se tornaria agradável a mim. Eis porque, ó Filha Minha, a mansidão deve ser aliada ao zelo, dizendo: O zelo de meu Jesus devora-me, impulsiona-me. Fazei que Eu arda no desejo e na prática deste zelo. Este zelo, uma alma, que Me ama, deve ter.

Foi o zelo pela glória de meu Pai, que Me levou a tanto sacrifício, não poupando nem mesmo um coração de Mãe!

Exercícios Espirituais para Crianças - PARTE SEGUNDA (Via iluminativa) - IV. A HUMILDADE

Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI.

Fr. Manuel Sancho, 
Exercícios Espirituais para Crianças
1955
PARTE SEGUNDA A Imitação de Cristo
(Via iluminativa)


VI. VIDA OCULTA DE CRISTO

1. Conexão desta meditação com as anteriores. 2. História da vida oculta de Cristo. —3. Humildade que nela resplandece. — 4.Sua obediência: a) Na vida oculta Ele praticou especialmente esta virtude; b) Quem obedece; c) Porque obedece; d) Como obedece.

1. — Tereis observado que, desde que começamos a segunda semana de Exercícios, isto é, desde a consideração do Reino de Cristo, caminhamos sempre de olhos voltados para Ele, o que é ir pela via iluminativa. Na última explicação falei-vos da humildade, virtude que Cristo tão excelentemente nos ensinou na Sua Encarnação e no Seu nascimento. Mas, como essa virtude é tão necessária e se aplica a todos os atos da vida espiritual, não é de estranhar que hoje, ao falar-vos da vida oculta de Cristo, sejam a humildade e a obediência as virtudes que na época mais longa da vida de Cristo resplandecem. Por isto, quadra neste lugar a explicação que hoje nos ocupa, explicação que indubitavelmente chegará ao vosso coraçãozinho, por tratar de Cristo na época em que Ele era mais parecido convosco, na épo­ca da infância e da Sua primeira juventude.

quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXXII

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


A MANSIDÃO

Mostrei-te, filha Minha, como deves praticar os conse­lhos evangélicos, mas, para te tornares uma copia perfeita de teu Jesus Crucificado, é necessário que possuas todas as dualidades de Meu Coração. Eis porque vou te mostrar como deves copiar-Me na mansidão. “Aprendei de mim que sou manso e humilde de Coração.”

Alma que Me lês, todas as palavras que proferi devem ser ouvidas e cumpridas, portanto, se disse: Aprendei de mim que sou manso, é porque esta virtude acarreta a quem a pratica merecimentos inauditos e incompreensíveis a um mortal.

O BOM COMBATE NA ALMA GENEROSA - Parte XXXI

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI.

O BOM COMBATE 
NA
ALMA GENEROSA

Missionárias de Jesus Crucificado de Campinas


OBEDIÊNCIA PERFEITA

Se desejas, ó alma que Me escutas, ser uma copia per­feita de teu Jesus Crucificado, deves ser obediente em tudo e esta obediência há de ser perfeita, quanto te seja possível.

A obediência é perfeita, quando obedeces, somente guiada por este espírito de fé, que te dá tanto merecimento, dizendo: Por amor, meu Deus, obedeço a esta superiora autoritária, muitas vezes até indelicada! Sim, a tua obediência se torna perfeita se obedeces a esta superiora, por meu amor, sem reparar se é autoritária ou indelicada.

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Orações (Final)

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUICom esse post encerro a divulgação desse livro. Para baixá-lo, clique AQUI.

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


O R A Ç Õ E S

Para tornarmos a ver no Céu as pessoas  que nos são queridas

I

Oração à Santíssima e adorável Trindade

Um só Deus em três Pessoas que se conhecem e se amam, fizestes-nos à vossa imagem, dando-nos o conhecimento e o amor, com o vivo desejo de sermos sempre unidos. Não permitais que este traço de semelhança convosco seja destruído pela morte, em nenhuma daquelas pessoas que tenho conhecido e amado neste mundo. E, visto que vos dignastes unir-nos pelos laços da família, e nos permitistes ligarmo-nos ainda por uma estreita amizade, não consintais que tudo quanto tendes unido jamais se separe!

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Sétima carta/ Parte 3

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


III

O reconhecimento no Céu é um estímulo para o zelo. – Zelo para o alívio de nossos queridos defuntos. – Zelo para conversão dos pecadores. – Zelo para a nossa própria santificação. – O Céu começa no tempo e continua na eternidade. A glória só fará desenvolver o gérmen da graça. – Nós saberemos tudo o que alguma pessoa fizer em nosso beneficio, e a nossa felicidade, como a sua, será por isso maior. – Cada florão da coroa duma mãe será uma alegria a mais para todos os seus filhos. 

Finalmente, que a esperança de torná-los a ver no Céu, de reconhecê-los e de serdes por eles reconhecida, reanime o vosso zelo e vos faça trabalhar com mais ardor no alívio destas pobres almas, na conversão dos pecadores e na vossa própria santificação.

As almas do Purgatório são tão reconhecidas, que as pessoas que as têm aliviado, têm recebido provas da sua gratidão, antes de se lhes reunirem na bem-aventurança. Foi mesmo concedido muitas vezes a Santa Gertrudes, mui zelosa em aliviar as almas do Purgatório, ver, durante a sua vida, e mesmo entreter-se com aquelas que havia socorrido[1].

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Sétima carta/ Parte 2

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


II

A esperança de nos reconhecermos no Céu é um alivio para a dor. – Exemplo e palavras de Fénelon. – É-nos útil entretermo-nos com os nossos virtuosos e queridos defuntos. – Podemos até invocá-los. – Prática de S. Francisco Xavier, de S. Luís Bertrand, de M. Emery. – As almas do Purgatório pedem por nós. 

Poucos homens têm sido tão sensíveis à perda dos seus amigos, como o amável Arcebispo de Cambrai. Eis uma prova disto nas suas próprias palavras:

“Seria tentado a desejar que todos os bons amigos esperassem para morrerem juntos no mesmo dia. Aqueles que não amam pessoa alguma quereriam enterrar todo o gênero humano com os olhos secos e o coração alegre; tais pessoas, porém, não são dignas de viver. Custa muito ser sensível à amizade; mas aqueles que têm esta sensibilidade envergonhar-se-iam se a não tivessem; desejam antes sofrer do que serem insensíveis”[1].

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Sétima carta/ Parte 1

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


S É T I M A  C A R T A

Conclusões práticas

I

O conhecimento das criaturas, comparado ao do Criador, é muito diminuto. – É todavia uma parte da bem-aventurança acidental. – Os bem-aventurados sabem todos os mistérios do passado, e deles se regozijam. – Sabem especialmente o que se refere aos seus parentes e amigos. – Nuvem luminosa dos testemunhos que o provam. – Os contraditores fazem um grande mal. 

Tudo quanto vos tenho escrito até aqui não deve fazer-vos esquecer que a essência da bem-aventurança é a clara visão ou a intuição do próprio Deus.

domingo, 19 de janeiro de 2014

A Realeza de Cristo sobre a História - Pe. Julio Meinvielle

Fonte: Grupo Dom Bosco


Há uma verdade fundamental da dogmática cristã que a chamada nova teologia busca obscurecer ou debilitar. É a Realeza universal de Cristo sobre toda a criação e por isso mesmo sobre a história. Sem embargo, esta verdade constitui a substancia mesmo do kerygma evangélico, que consiste na pregação do Reinado de Deus e de seu Cristo sobre a terra. A Nova Teologia obscurece e diminui a luz desta verdade porque ela se opõe diretamente ao laicismo da vida e da história que em sua versão liberal, socialista e comunista impera hoje sobre os povos. O laicismo constitui a substancia do mundo moderno e a nova busca pactuar com o mundo moderno. Logo se vê impelida a ofuscar e a diminuir uma verdade que tão radicalmente se opõe à sua intenção profunda.

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Sexta carta/ Parte 3

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


III

Cada um de nós reconhecerá o seu anjo da guarda, e será também reconhecido por ele. – Alegria que disto resultará. – Os santos comparados por Dante com as flores e os anjos, com as faíscas. – Todos os santos comparados a uma rosa somente, e os anjos, às abelhas. – 0 Céu comparado por Jesus Cristo a um banquete. – Troca recíproca entre os anjos e os santos.

As doçuras da santa união formada na Pátria Celeste entre os anjos e os homens, foram-nos desenhados pelos grandes gênios católicos.

S. Tomás de Aquino faz-nos perceber que os anjos põem uma parte da sua felicidade em reinar cada um com o bem-aventurado que lhe foi confiado, em assentar-se no mesmo trono, em cingir-se, por assim dizer, com a mesma coroa e em fazer juntamente com ele um só coração e uma só alma: pois que todo o homem deve ter no Céu um anjo para reinar com ele, ou, no inferno, um demônio para o atormentar – Habebit in regno Angelum conregnantem, in inferno daemonem punientem[1].

sábado, 18 de janeiro de 2014

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Sexta carta/ Parte 2

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha

 

II

Não estaremos mais absortos do que os anjos, na contemplação do Criador. – Como eles, contemplaremos as criaturas, e poderemos entreter-nos com elas. – Veremos os condenados. – Reconhecer-nos-emos tão facilmente como se reconhecem os puros espíritos. – Nada teremos de oculto, segundo S Bernardo, S. Gregório e Santo Agostinho. – Todavia os nossos pensamentos, assim como os dos anjos, não serão conhecidos contra nossa vontade. 

Esta mistura dos homens e dos anjos nas mesmas hierarquias e nos mesmos coros, permite-nos responder a algumas dificuldades, cuja solução parece estar na semelhança que teremos com os puros espíritos.

sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Sexta carta/ Parte 1

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


S E X T A   C A R T A 

O homem conhece os anjos, ou a união dos anjos e dos homens no Céu 

I

Deus renovará o Céu e a terra para que gozemos dos seres materiais. – Comparação de S. Tomás. – Comparação de S. João Crisóstomo. – Quanto mais nos fará ele gozar dos puros espíritos! – No Céu, estaremos colocados entre os anjos. – As crianças formarão como que um décimo coro. – Visão de santa Francisca Romana. 

SENHORA,

Deus não se contenta de nos conceder somente a bem-aventurança essencial, a visão e o gozo do bem incriado, que é Ele mesmo.

Está tão longe de nos recusar a parte da bem-aventurança acidental, que é o conhecimento e o amor dos nossos parentes e amigos, que multiplicará as alegrias e prazeres para os olhos, língua, gosto, olfato, tato e ouvidos; numa palavra, para todos os sentidos do nosso corpo[1]. “Renovará mesmo o Céu e a terra” (Isai. LXV, 17). – (Apoc., XXI, 1) para que gozemos tanto pelos nossos sentidos como pelo nosso espírito, dos seres privados de razão.

NO CÉU NOS RECONHECEREMOS - Quinta carta/ Parte 3

Nota do blogue: Acompanhe esse especial AQUI

NO CÉU NOS
RECONHECEREMOS

Pelo

Pe. F. Blot, da Companhia de Jesus
Versão 19.ª edição francesa

pelo
Pe. Francisco Soares da Cunha


III

Podemos mesmo excitar-nos ou animar-nos pela esperança de nos unirmos a um amigo junto de Deus. – Grandes santos foram sensíveis a esta esperança. – Confissão de S. Francisco Xavier. – União sobrenatural de dois corações. – Gradação no parentesco espiritual das almas. – Fraternidade inteiramente espiritual e de escolha.

Podeis ainda ir mais longe. Depois de vos terdes primeiramente consolado, de alguma sorte, pela firme esperança de que a vossa amiga oraria mais eficazmente por vós, se fosse a primeira a subir ao Céu, regozijar-vos-eis também de ali vos reunirdes a ela com o pensamento, e lhe direis: Estaremos um dia reunidas no Paraíso, sim, reunidas junto de Deus: quanto mais nos amaremos então!

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA - XI. DIÁLOGO ENTRE O DIRETOR E O ESCRUPULOSO

Nota do blogue: Acompanhe esse Especial AQUI


TRATADO DOS ESCRÚPULOS DE CONSCIÊNCIA
PELO
ABADE GRIMES
1854


XI. DIÁLOGO ENTRE O DIRETOR E O ESCRUPULOSO

O diretor. Conheço os males de que a vossa pobre alma sofre; compadeço-me deles do fundo de minhas entranhas; qui­sera curá-los; mas sabeis qual seria o meio disso, depois de tudo o que acabais de ler?

O escrupuloso. Não; ignoro-o, e desejo vivamente que mo ensineis.

O diretor. Tende uma confiança sem li­mites na misericórdia divina pela me­diação de Nosso Senhor Jesus Cristo, que derramou o Seu sangue por vós, que vos procurou como uma ovelha desgarrada através das sarças e dos espinhos, e que quis expiar pessoalmente os vossos peca­dos para vos dar a paz e a salvação. Poderíeis desesperar e perder confiança à vista do que Deus fez por vós dando-vos Seu Filho, que se fez a Si mesmo vítima por vós? Que há que não obtenhais pela mediação de Jesus Cristo? Que há que não acheis n’Ele? Força, luz, justiça, santidade, con­solação, perseverança; porquanto Jesus Cristo é um dom universal em quem estão encerrados todos os outros dons e todos os tesouros da graça. “Dando-nos seu Filho, diz S. Paulo, Deus não nos deu todas as coisas com Ele?” (Rom 8, 33). Deu-no-lo para ser o suplemento universal de todas as nossas misérias, de toda a nossa in­dignidade. E que quereríamos que Deus fizesse a mais para nos inspirar sentimentos de confiança e de amor? Que pode Ele acres­centar a admirável economia da redenção, da religião, dos sacramentos, da mediação da SS. Virgem, de tantos caminhos abertas à vossa confiança?