segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

CONFIANÇA: CONTAR COM DEUS

Fonte: Blog do [Cultor]

Conta somentcom Deus



Firmeza inquebrantável é, pois, a primeira característica da confiança. A segunda qualidade dessa virtude é ainda mais perfeita. “Leva o homem a não contar com o auxílio de criaturas, quer se trate de um auxílio que venha de si mesmo, do seu espírito, da sua ciência, dos seus critérios, das suas aptidões, das suas próprias riquezas, créditos, amigos, parentes ou qualquer outra coisa sua; quer se trate do socorro que possa, talvez, esperar dos outros: reis, príncipes ou qualquer outra criatura; porque sente e conhece a fraqueza e vaidade de todo o amparo humano. Vê-os como o que realmente são. Como Santa Teresa tinha razão de chamá-los ramos secos de Gene­bra, que se rompem ao serem carregados”
Mas essa teoria, dirão alguns, não procederá de um falso misticismo? Não conduzirá ao fatalismo ou, pelo menos, a uma perigosa passividade? De que serve multiplicar esforços com a intenção de vencer as dificuldades, se todos os apoios hão de romper-se em nossas mãos? Cruzemos os braços, esperando pela intervenção divina!
Não, Deus não quer que nos entorpeçamos na inércia; Ele exige que O imitemos. Sua perfeita atividade não tem limites: Ele é o puro ato. Devemos, pois, agir; mas somente n’Ele devemos esperar a eficácia de nossa ação: “Ajuda-te a ti mesmo, que o Céu te ajudará”. Eis aqui a economia da Providência.
Preparemo-nos para a luta! Trabalhemos com afinco, mas com o espírito e o coração voltados para o alto. Em vão vos levantais antes de o sol nascer (Sl 126,2), diz a Escritura, se o Senhor não vos ajudar, nada conseguireis. De fato, nossa impotência é radical: Sem mim, nada podeis (Jo 15,5), diz o Salvador.
Na ordem sobrenatural, esta impotência é absoluta. Prestai atenção ao ensinamento dos teólogos. Sem a graça, o homem não consegue observar durante muito tempo e na sua totalidade os Mandamentos de Deus. Sem a graça, não pode resistir a todas as tentações, por vezes tão violentas, que o assaltam. Sem a graça, não podemos ter um só bom pensamento, e nem ao menos fazer a mais curta oração; sem ela, nem sequer podemos invocar piamente o nome de Jesus.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

21. A EDUCAÇÃO DO BOM HUMOR

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21. A EDUCAÇÃO DO BOM HUMOR

A fim de que as energias da criança não corram o risco de fraquejar, uma educação forte deve ser ao mesmo tempo uma educação alegre.

• Para transformar a vida em algo de belo, é preciso, com a graça de Deus:

1. Ser uma consciência.
2. Ser um caráter.

3. Possuir uma boa dose de otimismo que permitirá, em qualquer circunstância, encarar homens e coisas pelo seu lado bom.

• O otimismo, e bom-humor, o caráter alegre são expressões semelhantes — ressalvados certos matizes — de uma realidade preciosa que permite afrontar a vida com o máximo de possibilidades de êxito para si próprio, e de felicidade para os outros.

• Uma atitude positiva em face de uma situação difícil permite conservar a lucidez e o sangue frio necessários para encontrar as soluções mais vantajosas. A atitude negativa só pode aumentar os riscos do fracasso e do aniquilamento. 

• Desde os primeiros anos, é preciso habituar a criança a ter um sorriso para tudo: para os pais, sem dúvida, para os amigos, para as visitas; mas também para a vida com as suas contrariedades, suas dificuldades, seus obstáculos.

• Não é cerrando os punhos e batendo numa rocha que obstrui o caminho que conseguiremos afastá-la. Usamos inutilmente os nervos e os músculos. Olhar o obstáculo com um sorriso far-nos-á descobrir mais facilmente o meio de contorná-lo.

sábado, 21 de janeiro de 2017

20. A EDUCAÇÃO DA VONTADE - Segunda parte

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• Evitemos educar as crianças numa “caixa de algodão”. É claro que podemos dar-lhes gulodices de quando em vez; faz parte da idade e o que contém açúcar lhes é útil. Mas, é preciso evitar todo excesso. Cumpre ensinar-lhes a que possam passar sem doces, deles se privando mesmo, voluntariamente, uma vez ou outra.

• Um dos melhores serviços a prestar às crianças é acostumá-las ao esforço e até mesmo levá-las a sofrer sem que se queixem.
Conheci uma mãe admirável. Quando solteira havia estudado os problemas da educação. Sabia como agir para despertar nos seus garotos o gosto e a prática do esforço, o senso do belo, o hábito da franqueza, da ordem, das orações regulares, do bom humor... Pedia aos filhos que se esforçassem até a vitória, determinando-lhes um objetivo elevado, prático, capaz de emocioná-los. Fazia cora que se interessassem pelos doentes, pelos padres do interior, pelos agonizantes que necessitassem de graças... por um retiro de almejado sucesso. Ela apaixonava os filhos com um “fim”. Depois, lhes dizia: “É preciso que ao chegar a noite vocês tenham feito sacrifícios”. As crianças sentiam-se estimuladas, vigiavam, lutavam. À noite, a mãe os fazia sentir as alegrias que gozamos quando praticamos o bem. As crianças prestavam atenção. Observavam que o mal torna a gente infeliz, que há, pelo contrário, alegrias sublimes no cumprimento do dever. Confiavam em si mesmas e faziam a própria conquista; sentiam-se orgulhosas com isto.[1]
• Um dos melhores meios de desenvolver a vontade da criança é o de proceder por afirmações que serão articuladas sempre que se oferecer a ocasião de um esforço a realizar: “Trabalho pesado! Isto me agrada. — Isto vai custar, mas vou fazer. — É difícil, tanto melhor!” Tornamo-nos fortes à custa de esforços.

sábado, 14 de janeiro de 2017

20. A EDUCAÇÃO DA VONTADE - Primeira parte

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20. A EDUCAÇÃO DA VONTADE

Um padre que exerceu profunda influência na sua paróquia — o Padre Marc, vigário de Saint-Nicolas de Troyes — escreveu um dia aos pais e mães de família uma carta aberta que começava por estas palavras:

“Vejo muitos pais... Eles me suplicam fazer “qualquer coisa” de seus filhos. Vejo também muitas crianças... conheço-as. O que a todas falta é o hábito do esforço. Não receberam formação a esse respeito; não se lhes exige bastante... transige-se... capitula-se... mas, elas são boas, possuem imensos recursos. Muita coisa se podia tirar de sua boa índole. Infelizmente, deixam-se viver... não têm vontade bastante... é o mal da época. É absolutamente preciso remediá-lo... desenvolver a energia das crianças. É urgente. Todo o futuro está nelas.”
• É um fato. Em numerosas famílias tem-se medo de pedir esforços à criança, e isto sob os mais fúteis pretextos: receio de contrariá-la, de fazê-la sofrer, medo de complicações, de vê-la amuada. É uma educação mesquinha e, mesmo, às avessas; porque as crianças que não sabem dominar-se, renunciar, preocupar-se com os outros de um modo mais ou menos adaptado à sua idade, serão mais tarde vencidas pela vida, quando não se tornam os carrascos dos que lhes ensinaram a se transformar em tiranos.

• Uma dirigente de colônia de férias escrevia em seu relatório: