sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Especial: Ao pé da Cruz ou As Dores de Maria (Padre Frederick William Faber)

Nota do blogue: É com muita alegria que inicio hoje a divulgação de uma obra inédita do piedoso Padre Frederick William Faber, morto em odor de santidade. Pelo que eu sei não existe tradução para o português desta obra, e uma alma muito generosa, devoto das Santas Dores de Nossa Senhora se dispôs a traduzir esse precioso livro. Deus lhe pague muitíssimo. (Depois o colocarei em PDF)

Aproveito para dizer que dei destaque no blogue para escritos de dois padres, esse que acabo de citar e o Padre Júlio Maria de Lombaerde que tem livros incríveis. 

Que Nossa Senhora das Dores nos conduza nesse vale de lágrimas! 

Saudações, 
A grande guerra
Ao pé da Cruz 

ou 

As Dores de Maria


- Padre Frederick William Faber
(1814-1863)
Doutor em Teologia
Co-Fundador do Oratório de Londres
Morto em odor de santidade
Considerado o maior escritor espiritual do século XIX 

A.   M. D. G. V. M.

(Tradução da versão francesa publicada em Paris no ano de 1880, cujo exemplar original nos foi caridosamente emprestado pelos religiosos do Mosteiro da Santa Cruz de Nova Friburgo – RJ, pelo que muito lhes agradecemos)

Sumário:

                        1. Imensidade das Dores de Maria
                        2. Por que Deus permitiu os sofrimentos de Maria
                        3. As fontes das Dores da Santa Virgem
                        4. Caracteres distintivos das Dores da Santa Virgem
                        6. Como a Igreja põe diante de nossos olhos as Dores da Santa Virgem
                        7. Espírito da devoção às Dores da Santa Virgem

            Capítulo III: A Segunda Dor: A fuga para o Egito
            Capítulo IV: A Terceira Dor: Os três dias de ausência
            Capítulo V: A Quarta Dor: O encontro com Jesus carregando a Cruz
            Capítulo VI: A Quinta Dor: A Crucificação     
            Capítulo VII: A Sexta Dor: A descida da Cruz
            Capítulo VIII: A Sétima Dor: O sepultamento de Jesus
            Capítulo IX: A Compaixão de Maria
                        1. O desígnio divino da Compaixão
                        2. Natureza da Compaixão de Maria
                        3. Efeitos atuais da Compaixão de Maria
                        4. Nossa compaixão para com a Compaixão da Santa Virgem
                        5. Comparação entre a Paixão e a Compaixão
                        6. Excesso aparente da Compaixão [sobre a própria Paixão]
                        7. Grandeza da Compaixão de Maria

            Anexo: A Coroa das Sete Dores

Prefácio do Autor

            O presente tratado foi esboçado pela primeira vez em St. Wilfrid, durante o verão de 1847 – isso há mais de dez anos. Foi depois várias vezes revisto e mais de uma vez refeito inteiramente. Sua forma atual não foi fixada antes da primavera de 1855, pois até então o autor ainda não estava certo de que suas idéias acerca da Santíssima Virgem fossem exatamente conformes àquelas duma rigorosa teologia. Há já algum tempo, pois, que este tratado, completamente pronto, está nas mãos de seu autor. O estado de preparação em que se encontrava sua obra sobre a Paixão [“O Preciosíssimo Sangue ou O Preço da nossa Salvação”] lhe criaram a necessidade de distinguir bem qual parte deste assunto seria destinada às Dores de Maria Santíssima. E ele julgou então melhor compor e levar à impressão o volume que hoje oferece ao público, antes de publicar sua obra sobre a Paixão, a fim de que a harmonia definitiva entre os dois livros pudesse ser mais completa. Mas, como o tempo não permitia publicar o livro das Dores de Maria no lugar que lhe fôra fixado na série de obras projetadas pelo autor, o livro foi então posto de lado até que chegasse a sua vez.

            Faz agora doze anos que o autor foi recebido como membro terciário da antiga Ordem dos Servitas, obrigando-se, assim, a propagar, quanto lhe fosse possível, a devoção às Sete Dores – e ele nunca esqueceu essa obrigação. Quando o Oratório de Londres foi fundado, em 1849, a Coroa das Sete Dores foi adotada como uma de suas práticas públicas e características, e outros meios foram também empregados, com sucesso, para propagar essa devoção. É o caso mesmo de se dizer que as graças e as bênçãos hão acompanhado o humilde apostolado desta prática tão cara a nossa Santa Mãe.

            Nós submetemos o presente tratado, com uma grande desconfiança de nós mesmos, ao julgamento daqueles que amam a honra da Santíssima Virgem e a amplificação de Seu culto. Temos, todavia, a esperança de que eles experimentarão, ao lê-lo, menos decepção do que o autor há tido ao escrevê-lo; de que eles não se verão perseguidos, como o autor o é sem cessar, por um ideal impossível de realizar; e de que eles não sentirão a pena que o autor sente quando, após haver falado de Maria o melhor que lhe era possível, crê sempre haver falado tão mal, que se pergunta se não teria sido melhor ficar calado. O pensamento de amor que há inspirado esses esforços constitui, todavia, uma espécie de compensação pela imperfeição dos resultados obtidos.


Oratório de Londres
- Festa de São Tomás da Cantuária -
1857