quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Religião e caráter

Caráter varonil! A jóia mais bela e mais preciosa do mundo! Um homem que descortina claramente seu fim, que sabe vencer as tentações, que se não se desvia do caminho nem para direita nem para a esquerda, que conserva puro seu coração, que é amável e dedicado para com seu próximo, mas que permanece firme às suas convicções - eis um caráter varonil! Coisa rara, hoje em dia ...

Mas não o queres ser?
Sabes que é a verdadeira e profunda religiosidade que, sobretudo, te ajudará a consegui-lo?

O jovem religioso preza o seu valor. Saber que somos filhos de Deus é fonte de justificada ufania no conceito próprio. Prezo minha alma conservo-a insenta de culpa, adorno-a com boas obras, porque sei que ela é um bem mais precioso do que a natureza inteira.

Cuido porém, igualmente do meu corpo, não permito que se rebaixe ao serviço de hábitos pecaminosos, porque sei que é templo do Espírito Santo, ao qual devo preservar da profanação.
Elevado conceito de si próprio só o pode ter o homem religioso. Somente aquele que sabe incluinar-se diante de Deus, pode andar de cabeça erguida.

A religiosidade e a boa consciência não nos tornam orgulhosos e impertinentes, mas dão-nos firmeza inquebrantável, em face da moral inconsistente de hoje. Olha em derredor: os que se manifestam estouvadamente contra Deus e a religião, dobram-se, geralmente, submissos ante interesses materiais e fins egoísticos.

O jovem religioso não é oportunista. Nunca há de renegar covardemente seus princípios e convicções, embora esteja entre pessoas de parecer diferente. Não compartilha os conceitos dos libertinos, não adota o modo de ver dos motejadores, não duvida com os incrédulos, só "para que não sorriam compadecidos de mim". Ademais, não é escravo de caprichos...

O jovem religioso não é egoísta. Ele sabe cuidar de suas inclinações e desejos e dominá-los. Sabe que além dele há outros homens no mundo, que não é em redor dele que tudo gira, mas, que em suas ações e omissões deve tomar em consideração dos demais....Trabalha, estuda, com todas as forças busca progredir, mas somente com meios honestos. Nada de adulações e lisonjas para alcançar fins egoísticos. Não procura obter a simpatia das pessoas contra sua convicção. Ao contrário, quando for preciso, ele sabe "obedecer antes a Deus do que os homens".

O jovem religioso, não é casmurro, mal humorado, susceptível. Quem traz sua alma em paz com Deus, tem o pleno direito de ser alegre e bem disposto.

(A religião e a juventude - Mons. Tihamer Toth)
PS: Grifos meus