quarta-feira, 19 de março de 2014

Vaidade exterior x Magnificat

L.d.P


A minha alma engrandece ao meu Senhor
E meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador!
Porque olhou para a humildade de sua pobre serva;
Doravante todas as gerações me chamarão bendita,
Porque o Poderoso fez em mim maravilhas, Santo é o seu nome!
(Lucas 1, 46-49)

Pregar a modéstia é uma coisa, vivê-la é outra.

O demônio usa de uma arma muito poderosa contra as mulheres, a vaidade exterior. Não que os homens não sejam vaidosos (hoje principalmente a vaidade exterior masculina é muito comum), mas a mulher foi feita por Deus para agradar ao homem, ela o completa com suas formas delicadas e é justamente nesse ponto, que deveria ser sua força, que o demônio vem oferecer a maldição à mulher. Sim, quando falo que deveria ser sua força, digo que uma beleza criada por Deus quando velada (não exposta) com o véu da modéstia ela se torna agradável a Deus e aos homens de boa alma... E infelizmente vemos que até mesmo onde a modéstia é pregada, ou seja, o meio tradicional, sua vivência, em muitos casos, não passa de atos externos.

Nossa Senhora no lindo Magnificat revela como devemos viver verdadeiramente a modéstia. Sendo a mais bela criatura, a mais agraciada, tendo a fronte iluminada pela modéstia falou de Si apenas para apresentar Seu Filho e render louvores a Deus.

Uma virtude quando corrompida torna-se o pior defeito. A mulher tendo a possibilidade de ser uma verdadeira filha de Nossa Senhora velando sua beleza exterior para que Nosso Senhor brilhe em seus olhos, em seu sorriso, em suas palavras e gestos quando se deixa seduzir pelo demônio perde sua beleza. Não há beleza onde o próprio eu ofuscou Nosso Senhor.

“Doravante todas as gerações me chamarão bendita.”

Que verdadeira modéstia pregada e vivida em Nossa Senhora.


sábado, 15 de março de 2014

Reflexão de Columba Marmion para a Sexta-Feira Santa


Tudo é perfeito no sacrifício de Jesus; tanto o amor que O inspira, como a liberdade com a qual Ele o conclui. Perfeito também no dom oferecido: Cristo Se oferece a Si mesmo, inteiro: a alma e o corpo são moídos pelas dores; não há dor que Jesus não tenha conhecido.

Havia tomado para Si todas as iniquidades dos homens e como que as vestira, e no Jardim das Oliveiras, durante a terrível agonia, sentia pesar sobre Si toda a cólera da justiça divina. Previa que para muitos homens Seu sangue seria derramado em vão, e essa visão levava ao cúmulo o amargor de Sua santa alma.

Se lermos com atenção o Evangelho, veremos que os sofrimentos de Jesus foram dispostos de tal sorte, que todos os membros do Seu corpo sagrado foram atingidos, todas as fibras de Seu coração foram rasgadas pela ingratidão da multidão, o abandono dos Seus, as dores de Sua mãe; que a Sua santa alma sofreu todas as avanias e todas as humilhações que se possam infligir a um homem.

Mas Cristo aceitou tudo.